EducaIndex e HIV/Aids : estratégia de educomunicação para jovens de 15 a 24 anos da região Centro-Oeste

Abstract

Em 1981 nos Estados Unidos, surgiram os primeiros relatos de Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, mais conhecida como Aids, notificados no Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Em 1983, foi identificado o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) que é o agente etiológico da síndrome (Rachid, 2017). Segundo boletim epidemiológico de HIV/Aids, do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde (DCCI/SVS/MS), publicado em dezembro de 2023, com base nos dados coletados até junho de 2022, registrou-se 114.593 (23,4%) de casos em jovens entre 15 e 24 anos sendo 25% em homens e 19,6% em mulheres. O que mostra a importância de políticas públicas direcionadas a esse grupo. Em indivíduos de 13 anos ou mais, a principal forma de exposição em pessoas do sexo masculino, foi a de HSH, com 52,6% e no feminino, a prática heterossexual registrou 86,4% dos casos. A pesquisa visa analisar as características educomunicativas das produções temáticas sobre HIV/Aids produzidas pelo Ministério da Saúde dirigidas ao público jovem. E conta com abordagem qualitativa realizada em oficina com jovens de 15 a 24 anos das cinco regiões do Brasil, mas a presente pesquisa apresenta um recorte somente da região Centro Oeste. A abordagem qualitativa é realizada com aplicação de três instrumentos, o primeiro é o perfil dos participantes que busca conhecer os jovens, e a relação deles com o tema HIV/Aids, IST e hepatites virais, e onde eles buscam informações que possam contribuir na promoção da saúde e prevenção das doenças; o segundo é o EducaIndex cujo objetivo é avaliar três campanhas do Ministério da Saúde em formatos diferentes, sendo um cartaz, um jingle/áudio e um vídeo. O EducaIndex é dividido em três eixos centrais de avaliação, o primeiro é voltado para abordagens conceituais levando em consideração as variáveis de importância e conteúdo; o segundo, é voltado para a abordagem pedagógica, composto pela variável de usabilidade, aplicabilidade e adequação ao público que se destina; o terceiro e último eixo é o comunicacional, que tem como variável a disponibilidade e linguagem utilizadas nas produções. O terceiro instrumento quantitativo é a avaliação metodológica da oficina que valida o roteiro executado em campo. A análise qualitativa é realizada no desenvolvimento da oficina, que tem duração de aproximadamente 1 hora e 30 minutos, com no mínimo três e no máximo 20 participantes. A pesquisa conversou com 643 jovens, a região Centro-Oeste contou com 258 participantes, sendo 82 homens e 175 mulheres. E segundo a avaliação deles, a peça de comunicação avaliada com menor qualidade é o vídeo, mas essa avaliação muda ao avaliar por eixo.