Equipes de engenharia clínica no Brasil: uma análise do perfil sob a perspectiva dos engenheiros que atuam na área

Abstract

Os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS), de modo a garantir a qualidade e segurança na utilização dos Equipamentos Médico-Hospitalares (EMH), assim como reduzir os custos de aquisição e manutenção, devem possuir uma equipe de Engenharia Clínica (EC), seja ela própria, terceirizada ou mista. Essa equipe é responsável por elaborar e executar planos de aquisição, manutenção e desfazimento de EMH e, como em outras áreas regidas pela gestão da qualidade, possui indicadores característicos, os quais podem variar de acordo com as características do EAS e de suas equipes de EC, e que permitem monitorar a eficiência, eficácia e efetividade dos serviços executados. Este estudo tem por objetivo apresentar o perfil das equipes de EC e analisar como alguns indicadores de desempenho se relacionam com a composição dos setores de EC e as características dos EAS. No que diz respeito às ferramentas metodológicas, foram enviados questionários para engenheiros clínicos de todas as unidades da Federação, pertencentes a um grupo do WhatsApp chamado "Engenharia Clínica Brasil". O questionário reúne informações sobre a formação dos engenheiros, as características dos estabelecimentos de saúde, o perfil das equipes de engenharia clínica, bem como indicadores de qualidade relacionados com as atividades de manutenção. Os resultados sugerem que a composição das equipes de engenharia clínica e as características das instituições de saúde podem ter um impacto significativo na eficácia e eficiência das atividades de manutenção. Portanto, é crucial que os EAS monitorem o desempenho de suas equipes de EC e tomem as medidas necessárias para garantir a qualidade e segurança dos EMH, e possibilitam a redução dos custos de aquisição e manutenção.