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dc.contributor.advisorTokarski, Flávia Millena Biroli-
dc.contributor.authorFrança, Ruhana Luciano de-
dc.date.accessioned2024-10-21T17:02:56Z-
dc.date.available2024-10-21T17:02:56Z-
dc.date.issued2024-10-21-
dc.date.submitted2024-05-23-
dc.identifier.citationFRANÇA, Ruhana Luciano de. Entre significação e silenciamento: o ativismo pelo enfrentamento da violência no parto e a mobilização reativa da classe médica no Brasil. 2024. 98 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Política) - Universidade de Brasília, Brasília, 2024.pt_BR
dc.identifier.urihttp://repositorio.unb.br/handle/10482/50638-
dc.descriptionDissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciência Política, Programa de Pós-Graduação em Ciência Política, 2024.pt_BR
dc.description.abstracttindo do questionamento sobre a atuação da classe médica nos entraves à construção de uma agenda de combate à violência obstétrica no Brasil, essa pesquisa teve como objetivo analisar os discursos da classe médica organizada em oposição ao movimento de humanização do parto durante o governo Jair Messias Bolsonaro (2019-2022). Utilizando como marco teórico a discussão sobre governança reprodutiva e os estudos sobre “backlash” de gênero, com destaque para a dinâmica relacional entre movimentos e contramovimentos, a disputa sobre o parto e as formas de assistência apareceu como uma disputa pelo Estado, que mobiliza questões sobre pluralidade, participação, cidadania e reconhecimento de demandas por parte de diferentes sujeitos. Ao perceber que parte importante dessa disputa se dá no campo discursivo, onde significação e silenciamento representam a conformação de interesses distintos, utilizo como ferramenta a análise de discurso de ofícios, resoluções, pareceres e despachos de conselhos de medicina publicados entre os anos de 2012 e 2022. Aponto que a estratégia de silenciamento por parte da classe médica a partir de 2019 se dá através de mecanismos de retrocesso democrático, convertendo-se em deslegitimação discursiva, reformulação de políticas públicas ligadas ao parto humanizado e a erosão de mecanismos de inclusão e accountability. Concluo que, ao buscar despolitizar a agenda em prol do parto respeitoso, a classe médica atua para garantir a perpetuação de sua autoridade às custas da autonomia das mulheres gestantes e parturientes. A reprivatização do tema da violência obstétrica se aproxima do que tem sido visto como tendência neoliberal de desresponsabilização estatal e, ao ser operacionalizada durante um governo de extrema-direita, mostra os contornos autoritários da seletividade estatal.pt_BR
dc.description.sponsorshipConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).-
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.titleEntre significação e silenciamento : o ativismo pelo enfrentamento da violência no parto e a mobilização reativa da classe médica no Brasilpt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.subject.keywordViolência obstétricapt_BR
dc.subject.keywordMédicospt_BR
dc.subject.keywordAtivismopt_BR
dc.rights.licenseA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.pt_BR
dc.description.abstract1Based on the questioning of the role of the medical profession in hindering the construction of an agenda to combat obstetric violence in Brazil, this research aimed to analyze the discourses of the organized medical profession in opposition to the movement to humanize childbirth during the Jair Messias Bolsonaro administration (2019-2022). Using the discussion on reproductive governance and studies on gender “backlash” as a theoretical framework, with emphasis on the relational dynamics between movements and countermovements, the dispute over childbirth and forms of medical care appeared as a dispute over the state, which mobilizes questions about plurality, participation, citizenship and recognition of demands by different subjects. Realizing that an important part of this dispute takes place in the discursive field, where signification and silencing represent the conformation of different interests, I use discourse analysis of documents from medical organizations published between 2012 and 2022 as a tool of research and analysis. I point out that the strategy of silencing by the medical profession from 2019 onwards takes place through mechanisms of democratic regression, translating into discursive delegitimation, reformulation of public policies linked to humanized childbirth and the erosion of mechanisms of inclusion and accountability. I conclude that by seeking to depoliticize the agenda in favor of respectful childbirth, the medical profession is acting to ensure the perpetuation of its authority at the expense of the autonomy of pregnant and parturient women. The reprivatization of the issue of obstetric violence is close to what has been seen as a neoliberal trend of state de-responsibility and, by being operationalized during a far-right government, shows the authoritarian contours of state selectivity.pt_BR
dc.description.unidadeInstituto de Ciência Política (IPOL)pt_BR
dc.description.ppgPrograma de Pós-Graduação em Ciência Políticapt_BR
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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