Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Costa, Arthur Trindade Maranhão | pt_BR |
dc.contributor.author | Lima, Débora Nunes de Sousa | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2024-10-24T21:06:44Z | - |
dc.date.available | 2024-10-24T21:06:44Z | - |
dc.date.issued | 2024-10-24 | - |
dc.date.submitted | 2024-02-19 | - |
dc.identifier.citation | LIMA, Débora Nunes de Sousa. O sistema de justiça criminal e os aprisionados por furto em Alagoas : trajetórias, audiências de custódia e decisões – 2013-2019. 2024. 366 f., il. Tese (Doutorado em Sociologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/50725 | - |
dc.description | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, 2024. | pt_BR |
dc.description.abstract | Esta tese tem como objeto de pesquisa o processo de incriminação e aprisionamento provisório
de um contingente de pessoas acusadas por furto no estado de Alagoas, entre os anos de 2013
e 2019. Este trabalho objetivou compreender as razões para que o aprisionamento sem
condenação no estado tenha se mantido acima da média nacional durante as últimas duas
décadas, não obstante o advento da lei das cautelares (Lei nº 12.403/2011), e das medidas
alternativas à prisão provisória que essa lei instituiu, bem como apesar da implementação das
audiências de custódia (2015). Para responder a essa questão, tomamos como objeto de estudo
o crime de furto, que, conforme o artigo nº 155 do Código Penal, trata-se de uma conduta pouco
ofensiva e não violenta, cuja pena média decorrente de uma condenação, em regra, não enseja
numa pena privativa de liberdade em regime fechado, regime no qual os presos provisórios são
mantidos. Para tanto, fizemos um levantamento documental de 330 processos sobre furto nos
quais 345 pessoas tinham sido presas provisoriamente e requerido a liberdade, via habeas
corpus, junto ao Tribunal de Justiça do estado de Alagoas (TJ-AL). A análise desse contingente
de processos de furto nos permitiu construir um perfil do acusado que apontava para
características socioeconômicas muito desfavoráveis e para situações de extrema
vulnerabilidade social no qual essas pessoas se encontravam quando foram presas. A pesquisa
documental demonstrou que as prisões provisórias eram mantidas por juízes e promotores na
maioria desses casos de furto e, quando demandado, o TJ-AL tendia a negar a maioria dos
habeas corpus, mesmo em processos de tentativa de furto. Nosso argumento principal,
fundamentado na teoria da prática de Pierre Bourdieu, em resposta à realidade pesquisada, é de
que a distância social, econômica, moral, educacional e simbólica entre julgadores e julgados,
incorporada nas trajetórias-disposições-corpos desses agentes, impedia ou dificultava a
formação de sensibilidades e visões de mundo capazes de incidir no processo decisório dos
agentes do sistema de justiça criminal e arrefecer o contingente de prisões sem condenação.
Entendemos que essas distâncias são as principais fontes sociológicas para compreender o
punitivismo e a seletividade penal. Para tanto, realizamos 14 entrevistas com esses agentes e
traçamos suas trajetórias e narrativas, com o intuito de amparar esse argumento. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | O sistema de justiça criminal e os aprisionados por furto em Alagoas : trajetórias, audiências de custódia e decisões – 2013-2019 | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Furto | pt_BR |
dc.subject.keyword | Sistema de Justiça Criminal | pt_BR |
dc.subject.keyword | Prisão provisória | pt_BR |
dc.subject.keyword | Medidas cautelares | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | This thesis has as its research object the process of incrimination and provisional imprisonment
of a contingent of people accused of theft in the state of Alagoas, between the years 2013 and
2019. This work aimed to understand the reasons why imprisonment without conviction in the
state has remained above the national average during the last two decades, despite the advent
of the precautionary law (Law nº 12,403/2011), and alternative measures to provisional
imprisonment. that this law established, as well as despite the implementation of custody
hearings (2015). To answer this question, we take as our object of study the crime of theft,
which, according to article no. 155 of the Penal Code, is a non-offensive and non-violent
conduct, whose average penalty resulting from a conviction, as a rule, is does not give rise to a
custodial sentence in a closed regime, a regime in which provisional prisoners are kept. To this
end, we carried out a documentary survey of 330 theft cases in which 345 people had been
provisionally arrested and requested their release, via habeas corpus, at the Court of Justice of
the state of Alagoas (TJ-AL). The analysis of this contingent of theft cases allowed us to build
a profile of the accused that pointed to very unfavorable socioeconomic characteristics and
situations of extreme social vulnerability in which these people found themselves when they
were arrested. Documentary research demonstrated that provisional arrests were maintained by
judges and prosecutors in most of these theft cases and, when requested, the TJ-AL tended to
deny the majority of habeas corpus requests, even in attempted theft cases. Our main argument,
based on Pierre Bourdieu's theory of practice, in response to the researched reality, is that the
social, economic, moral, educational and symbolic distance between judges and those judged,
incorporated in the trajectories-dispositions-bodies of these agents, prevented or it made it
difficult to form sensibilities and worldviews capable of influencing the decision-making
process of agents of the criminal justice system and reducing the number of arrests without
conviction. We understand that these distances are the main sociological sources for
understanding punitivism and penal selectivity. To this end, we carried out 14 interviews with
these agents and traced their trajectories and narratives, with the aim of supporting this
argument. | pt_BR |
dc.description.abstract3 | Cette thèse a pour objet de recherche le processus d'incrimination et d'emprisonnement
provisoire d'un contingent de personnes accusées de vol dans l'État d'Alagoas, entre les années
2013 et 2019. Ce travail visait à comprendre les raisons pour lesquelles l'emprisonnement sans
condamnation dans l'État a est resté au-dessus de la moyenne nationale au cours des deux
dernières décennies, malgré l'avènement de la loi de précaution (loi n° 12.403/2011) et les
mesures alternatives à l'emprisonnement provisoire que cette loi a instituées, ainsi que malgré
la mise en œuvre d'audiences de garde à vue (2015). Pour répondre à cette question, nous
prenons comme objet d'étude le délit de vol, qui, selon l'article n° 155 du Code pénal, est un
comportement non offensant et non violent, dont la peine moyenne résultant d'une
condamnation, comme en règle générale, cela ne donne pas lieu à une peine privative de liberté
en régime fermé, régime dans lequel sont détenus des prisonniers provisoires. À cette fin, nous
avons réalisé une enquête documentaire sur 330 cas de vol dans lesquels 345 personnes avaient
été provisoirement arrêtées et ont demandé leur libération, par habeas corpus, auprès de la Cour
de Justice de l'État d'Alagoas (TJ-AL). L'analyse de ce contingent de cas de vol nous a permis
de dresser un profil des accusés qui mettait en évidence des caractéristiques socio-économiques
très défavorables et des situations d'extrême vulnérabilité sociale dans lesquelles se trouvaient
ces personnes au moment de leur arrestation. Des recherches documentaires ont démontré que
les arrestations provisoires étaient maintenues par les juges et les procureurs dans la plupart de
ces affaires de vol et, lorsque cela était demandé, le TJ-AL avait tendance à rejeter la majorité
des demandes d'habeas corpus, même dans les affaires de tentative de vol. Notre argument
principal, basé sur la théorie de la pratique de Pierre Bourdieu, en réponse à la réalité
recherchée, est que la distance sociale, économique, morale, éducative et symbolique entre les
juges et les jugés, incorporée dans les trajectoires-dispositions-corps de ces agents, a empêché
ou rendu difficile la formation de sensibilités et de visions du monde capables d’influencer le
processus décisionnel des agents du système de justice pénale et de réduire le nombre
d’arrestations sans condamnation. Nous comprenons que ces distances sont les principales
sources sociologiques pour comprendre le punitivisme et la sélectivité pénale. Pour cela, nous
avons mené 14 entretiens avec ces agents et retracé leurs trajectoires et récits, dans le but
d’étayer cette thèse. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Ciências Sociais (ICS) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Sociologia (ICS SOL) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Sociologia | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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