Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Klein, Stefan Fornos | pt_BR |
dc.contributor.author | Gil, Igor Motta | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2024-10-24T21:06:45Z | - |
dc.date.available | 2024-10-24T21:06:45Z | - |
dc.date.issued | 2024-10-24 | - |
dc.date.submitted | 2024-06-20 | - |
dc.identifier.citation | GIL, Igor Motta. Entre utopias e distopias: a imaginação de futuro sob a lógica do capitalismo tardio. 2024. 122 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/50727 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, 2024. | pt_BR |
dc.description.abstract | Esta pesquisa analisa e interpreta como as distopias, subgênero das utopias que imagina
futuros socialmente pessimistas e totalitários, nasceram e atravessaram diferentes etapas de
um processo de teorização que engatilhou suas proliferações e consequente popularização,
simultâneo às reverberações e desdobramentos de tais ficções que as colocam como entes
sociológicos dentro da estrutura de sentimento do capitalismo tardio. Identifico-as como
frutos específicos de tal etapa do capitalismo, como também narrativas que se comportam de
forma diletante e que agregam diferentes elementos das ciências humanas em suas
construções ficcionais, exigindo uma análise que aborde tais múltiplas características de
diferentes áreas, quando atreladas aos universos das ficções científicas, delineando esta
pesquisa como interdisciplinar, tendo a sociologia como base empírica e fio condutor que
interliga os argumentos e desdobramentos apresentados, entrelaçando os estudos culturais,
estudos marxistas e a teoria crítica. Por meio de tais referenciais teóricos, as distopias
adquiriram singularidades sociais a partir do argumento que se disseminaram por meio dos
próprios trajetos de tal fase do sistema capitalista, como apogeu da indústria cultural, na
segunda metade do século XX e nas primeiras décadas do século XXI, e as formas de
massificação e homogeneização impulsionadas pelo audiovisual e suas historiofotias
reificadas, o atlas mnemosyne obscuro, possibilitando novas formas à dominação ideológica
do capital, como a recontextualização de narrativas historiográficas e historiofóticas, e a
concatenada instrumentalização dessas como ferramentas de soft power na generalização de
totalitarismos, na criação da inevitabilidade distópica do total e no fortalecimento da profecia
autorealizada que figura o capitalismo como única opção frente aos totalitarismos genéricos.
Entretanto, na medida em que o conceito de distopia atravessa seu processo de teorização,
adquire novas características sociais, geográficas e históricas, potencializado pela tradução
dessas ficções para diferentes mídias e suas linguagens, aumentando suas complexidades e
vozes que as compõem, possibilitando novas abordagens críticas que agora ecoam antigos
medos e temores, antes silenciados. Paulatinamente, o progresso técnico gera um
descompasso da relação de reciprocidade entre o passado, o presente e o futuro, exibindo os
próprios movimentos totalizantes do capitalismo tardio por meio da indústria cultural e dos
totalitarismos genéricos que, uma vez efetivos, são agora pastiches da ideia de totalitarismo e
são preenchidos pelas próprias concepções do capital, autoreferenciando-se, e abrindo
estruturas de oportunidades políticas. Considerando as ficções distópicas como aporias, na
medida em que as estruturas de oportunidades políticas abertas não são necessariamente
ocupadas e não se desdobram em progressos sociais, somado a falta de agendas políticas,
também se desdobram em efeitos contraproducentes, o que igualmente não anula a existência
de um pessimismo militante que aponte resquícios de um impulso no imaginar de futuro. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Entre utopias e distopias : a imaginação de futuro sob a lógica do capitalismo tardio | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Capitalismo tardio | pt_BR |
dc.subject.keyword | Indústria cultural | pt_BR |
dc.subject.keyword | Distopias | pt_BR |
dc.subject.keyword | Futuro | pt_BR |
dc.subject.keyword | Utopias | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | This research analyzes and interprets how dystopias, a subgenre of utopias that imagine
socially pessimistic and totalitarian futures, were born and went through different stages of a
theorization process that triggered their proliferation and consequent popularization,
simultaneously with the reverberations and developments of such fictions that place them as
sociological entities within the structure of feeling of late capitalism. I identify them as
specific fruits of this stage of capitalism, as well as narratives that behave in a dilettante way
and that add different elements of the human sciences in their fictional constructions,
demanding an analysis that addresses such multiple characteristics of different areas, when
linked to the universes of science fiction, outlining this research as interdisciplinary, with
sociology as the empirical basis and guiding thread that interconnects the arguments and
developments presented, intertwining cultural studies, Marxist studies and critical theory.
Through such theoretical references, dystopias acquired social singularities based on the
argument that they were disseminated through the paths of such a phase of the capitalist
system, such as the heyday of the cultural industry, in the second half of the 20th century and
the first decades of the 21st century, and the forms of massification and homogenization
driven by the audiovisual and its reified historiophoties, the obscure mnemosyne atlas,
enabling new forms of the ideological domination of capital, such as the recontextualization
of historiographic and historiophotic narratives, and the concatenated instrumentalization of
these as tools of soft power in generalization of totalitarianisms, in the creation of the
dystopian inevitability of the total and in the strengthening of the self-fulfilling prophecy that
represents capitalism as the only option in the face of generic totalitarianisms. However, as
the concept of dystopia goes through its theorization process, it acquires new social,
geographical and historical characteristics, enhanced by the translation of these fictions into
different media and their languages, increasing their complexities and the voices that compose
them, enabling new critical approaches, which now echo old fears and fears, previously
silenced. Gradually, technical progress generates a disconnection of the reciprocal relationship
between the past, the present and the future, exhibiting the totalizing movements of late
capitalism through the cultural industry and generic totalitarianisms that, once effective, are
now pastiches of the idea of totalitarianism and are filled by capital's own conceptions, selfreferencing, and opening structures of political opportunities. Considering dystopian fictions
as aporias, insofar as open political opportunity structures are not necessarily occupied and do
not result in social progress, added to the lack of political agendas, they also result in
counterproductive effects, which equally does not nullify the existence of a militant
pessimism that points to remnants of an impulse in imagining the future. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Ciências Sociais (ICS) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Sociologia (ICS SOL) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Sociologia | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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