Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Andrade, Liza Maria Souza de | pt_BR |
dc.contributor.author | Paulino, Mariane da Silva | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2024-10-29T18:45:39Z | - |
dc.date.available | 2024-10-29T18:45:39Z | - |
dc.date.issued | 2024-10-29 | - |
dc.date.submitted | 2023-02-28 | - |
dc.identifier.citation | PAULINO, Mariane da Silva. Afrorruralidades e políticas territoriais: o bem viver e identidade do território do Quilombo Mesquita como instrumentos de planejamento urbano regional. 2023. 275 f., il. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/50761 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, 2023. | pt_BR |
dc.description.abstract | As comunidades quilombolas são considerados povos tradicionais brasileiros pois são
grupos culturalmente diferenciados que tem sua formação iniciada na luta contra o
sistema escravagista e contra a violência do processo colonizatório, tendo sua
trajetória atravessada pela invisibilização e negação de diretos. Em busca de uma
organização social comunitária com relações ancestrais, os quilombos se configuram
como território com identidade étnica dotada de especificidades e pautados pela
relação estreita com as suas terras que constituem elemento fundamental para a sua
reprodução física, social, econômica e cultural. Contudo, as problemáticas
relacionadas ao acesso à terra são questões pungentes para as comunidades negras
rurais. Menos de 15% de todas as 3.502 comunidades quilombolas reconhecidos no
território brasileiro são titulados, ou seja, dos mais de 1,16 milhões de quilombolas
brasileiros, a maioria não possui a posse definitiva de suas terras – apesar deste ser
um direito garantido pela Constituição Federal de 1988. Este é a situação do Quilombo
Mesquita localizado majoritariamente no município da Cidade Ocidental (Goiás), com
uma porção no Distrito Federal. Esta comunidade negra rural possui sua certificação
enquanto comunidade remanescente de quilombo desde 2006 e seu território foi
delimitado pelo INCRA no ano de 2011, contudo, até a publicação deste trabalho, a
comunidade não possui suas terras tituladas. Possuindo um território delimitado de
4.292 hectares, a ocupação destas terras por quilombolas atualmente ocupa menos
de 18% deste território delimitado, sendo o restante do território ocupado em sua maior
parte pelo agronegócio e explorado pela especulação imobiliária. As grandes áreas
de monocultura, o avanço de loteamentos urbanísticos e o planejamento territorial
geram impactos socioambientais no território quilombola devido ao racismo ambiental.
A fragmentação territorial é agravada pelo planejamento urbano do município que
legitima as ocupações não quilombolas no território delimitado pelo INCRA, onde o
plano diretor da Cidade Ocidental contribui com os interesses do setor privado sendo
assim um impeditivo para o modo de viver comunitário tradicional que necessita das
terras para sua subsistência. Com isto, esse trabalho buscar compreender as
especificidades territoriais e identitárias desta comunidade quilombola afrorrural a fim
de proporcionar ferramentas de auxílio para políticas de planejamento territorial
visando a salvaguarda do território do Quilombo Mesquita e alinhamento com
princípios de sustentabilidade econômica, social e ambiental. Para isto, este estudo
utilizou uma metodologia quanti-qualitativa através de pesquisa teórica, documental e
mapeamentos para análises territoriais. Primeiramente, através de pesquisa
documental e teórica foi compreendido o histórico de formação e caracterização atual
do Quilombo Mesquita e analisado o seu padrão de ocupação territorial e a sua
inserção no Plano Diretor da Cidade Ocidental. Posteriormente foram compreendidos
os fatores de racismo ambiental a que está exposto o Quilombo Mesquita e foram
mapeados os impactos da ocupação não quilombola no território através da
quantificação da poluição difusa e do uso e cobertura do solo. Com base em todos
estes dados analisados foram relacionados estes padrões de ocupação quilombola
com os parâmetros do Bem Viver resultando em diretrizes de políticas territoriais
baseadas nos princípios da sustentabilidade para o Quilombo Mesquita. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Afrorruralidades e políticas territoriais : o bem viver e identidade do território do Quilombo Mesquita como instrumentos de planejamento urbano regional | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Povos tradicionais | pt_BR |
dc.subject.keyword | Quilombo Mesquita (GO) | pt_BR |
dc.subject.keyword | Território quilombola | pt_BR |
dc.subject.keyword | Políticas públicas territoriais | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | Quilombos communities are considered traditional Brazilian peoples because they are
culturally differentiated groups that have their formation initiated in the fight against the
slave system and against the violence of the colonization process and the quilombos
have their trajectory crossed by the invisibilization and denial of rights. in the pursuit of
community social organization with ancestral relationships, the quilombos are
configured as a territory with an ethnic identity endowed with specificities and guided
by the close relationship with their lands, which constitute a fundamental element for
their physical, social, economic and cultural reproduction. However, issues related to
the right to urban and rural land are poignant issues for rural black communities. Less
than 15% of all 3,502 Brazilian Quilombola communities own their lands, that is, more
than 1.16 million Brazilian Quilombolas do not have definitive possession of their lands
– despite this being a right guaranteed by the Federal Constitution.. This is the situation
of Quilombo Mesquita located mostly in the municipality of Cidade Ocidental (Goiás),
with a portion in the Federal District. This rural black community has been certified as
a remaining quilombo community since 2006 and the territory was delimited by INCRA
in 2011, however, until the date of publication of this work, the community does not
have title to its lands. The Mesquita Quilombo had a delimited territory of 4,292
hectares, the occupation of these lands by Quilombolas currently occupies less than
18% of this delimited territory, the rest of the territory is mostly occupied by
agribusiness and explored by real estate speculation. The large areas of monoculture,
the advance of urban subdivisions and territorial planning generate socioenvironmental impacts in the quilombola territory due to environmental racism. The
territorial fragmentation is aggravated by the urban planning of the municipality that
legitimizes the non-quilombola occupations in the territory delimited by INCRA, where
the master plan of the Cidade Ocidental contributes to the interests of the private
sector, being an impediment to the traditional community way of life that needs the
land for their subsistence. Therefore, this work aims to understand the territorial and
identity specificities of this afro-rural quilombola community in order to provide tools to
territorial planning aimed at safeguarding the territory of Quilombo Mesquita and
alignment with principles of economic, social and environmental sustainability. For this,
this work used a quanti-qualitative methodology through theoretical and documentary
research and mapping for territorial analysis. Firstly, through documental and
theoretical research, the history of formation and current characterization of Quilombo
Mesquita was understood and its pattern of territorial occupation and its insertion in
the Master Plan of the Western City were analyzed. Subsequently, the factors of
environmental racism to which Quilombo Mesquita is exposed were understood and
the impacts of non-quilombo occupation in the territory were mapped through the
quantification of diffuse pollution and the use and cover of the soil. Based on all these
analyzed data, these quilombola occupation patterns were related to the parameters
of Good Living resulting in territorial policy guidelines based on the principles of
sustainability for Quilombo Mesquita. | pt_BR |
dc.description.unidade | Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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