A rigidez do reto femoral e vasto lateral avaliado pela elastografia em indivíduos saudáveis, é influenciado pelo comprimento muscular?

Abstract

A rigidez muscular desempenha um papel crítico na função e no desempenho muscular, afetando fatores como fadiga, atividade metabólica e respostas eletromiográficas. Este estudo teve como objetivo investigar a rigidez dos músculos reto femoral (RF) e vasto lateral (VL) em diferentes ângulos articulares (60° e 20° de flexão do joelho) e posições do corpo (supino e sentado) utilizando Elastografia. Trinta participantes saudáveis foram incluídos em um estudo randomizado cruzado, com idade de 21,98 ± 2,92 anos, altura de 1,70 ± 0,10 metros e peso de 62,35 ± 13,73 quilos. A rigidez muscular foi avaliada utilizando a elasticidade da onda de cisalhamento (kPa) e a velocidade da onda de cisalhamento (m/s), com medidas realizadas nas regiões superficial, intermediária e profunda dos músculos RF e VL. Os resultados indicaram valores de rigidez significativamente maiores no SUP60 (em decúbito dorsal com joelho a uma flexão de 60°) (p<0,001) em comparação com outras posições para os músculos RF e VL, medidos pelas variáveis kPa e m/s. A rigidez foi consistentemente maior nas regiões superficiais (p<0,001) dos músculos em comparação às regiões intermediárias e profundas em todas as posições. As análises estatísticas revelaram interações significativas entre posição e tipo muscular, bem como entre posição e profundidade, destacando o impacto matizado do ângulo articular e posição corporal na rigidez muscular. Nossos achados de Elastografia indicam que tanto o reto femoral, quanto o vasto lateral apresentam maior rigidez quando posicionadas em SUP60 em comparação com SUP20, SIT60 e SIT20. Além disso, observamos maior rigidez nas regiões superiores desses músculos em todas as posições testadas, em contraste com as regiões intermediárias e profundas.