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Título: Avaliação in planta de genes oriundos de espécies silvestres de Arachis potencialmente envolvidos na resistência a Sclerotinia sclerotiorum
Autor(es): Ferreira, Deziany da Silva
Orientador(es): Miller, Robert Neil Gerard
Assunto: Plantas transgênicas
Mofo branco
Genes de resistência
Data de publicação: 13-Nov-2024
Referência: FERREIRA, Deziany da Silva. Avaliação in planta de genes oriundos de espécies silvestres de Arachis potencialmente envolvidos na resistência a Sclerotinia sclerotiorum. 2024. 134 f., il. Tese (Doutorado em Fitopatologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024.
Resumo: O fungo Sclerotinia sclerotiorum, causador do mofo branco e de doenças de podridão do caule em diversas culturas, é um organismo necrotrófico que utiliza proteínas e metabólitos secretados para matar as células do hospedeiro. Estudos indicam que atualmente existem 425 espécies documentadas como hospedeiras desse fungo altamente destrutivo. S. sclerotiorum é conhecido por causar danos significativos às culturas, resultando em perdas econômicas substanciais, especialmente em condições ambientais favoráveis. A total falta de resistência do hospedeiro e a vasta gama de plantas suscetíveis contribuem para os impactos prejudiciais dessa patologia no campo. A presença de micélio branco nos tecidos afetados é um sinal identificável, mas não há sintomas exclusivos comuns em todos os hospedeiros. A resistência a S. sclerotiorum torna-se crucial, e os parentes silvestres do amendoim surgem como fontes valiosas de genes de resistência a doenças. As espécies silvestres, como A. duranensis e A. stenosperma, apresentam altos níveis de resistência a doenças. Estudos usando abordagem transcriptômica têm sido realizados para entender suas respostas a estresses bióticos e/ou abióticos. O presente estudo examinou os efeitos da superexpressão de genes candidatos de espécies selvagens de Arachis, potencialmente envolvidos em respostas de defesa a estresses bióticos. Utilizando Arabidopsis thaliana e Nicotiana tabacum como plantas modelo, o objetivo foi compreender como esses genes influenciam a interação com S. sclerotiorum por meio de avaliações fenotípicas e subsequentes avaliações moleculares. Uma metodologia de inoculação foi inicialmente estabelecida para folhas destacadas, com bioensaios conduzidos utilizando seis genes Expansina (AdEXLB8), Gene NLR truncado (TNx.) (AsTIR19), Endoquitinase (AsECHI1), Alene oxidase ciclase (AsAOC3), Lipocalina (AsTIL) e Estilbeno sintase (AsSTS4) de ambas as espécies, A. duranensis e A. stenosperma. A superexpressão de AdEXLB8 mostrou aumento na tolerância, sugerindo seu potencial como gene candidato para fortalecer a resistência. A análise de AsTIR19 destacou a complexidade da interação planta-patógeno, revelando insights sobre a indução de espécies reativas de oxigênio, e ressaltando a engenharia genética como uma ferramenta promissora para melhorar a resistência. No que diz respeito ao gene AsECHI1, que codifica uma enzima endoquitinase, tanto isolado quanto em combinação com AdEXLB8, também levou a uma redução significativa nas lesões fúngicas, indicando a eficácia das estratégias de piramidação de genes na expansão do espectro de resistência. Por outro lado, a superexpressão dos transgenes AsAOC3, AsTIL e AsSTS4, de A. stenosperma, não apresentou impacto significativo na progressão da doença evidenciando a complexidade das interações gene-patógeno e a necessidade de abordagens mais abrangentes. A superexpressão desses genes pode oferecer uma abordagem eficaz no desenvolvimento de variedades resistentes para mitigar as perdas causadas por S. sclerotiorum, destacando a importância da investigação genética e da utilização de parentes silvestres no melhoramento de culturas.
Abstract: The fungus Sclerotinia sclerotiorum, which causes white mold and stem rot diseases in various crops, is a necrotrophic organism that employs secreted proteins and metabolites to kill host cells. Studies indicate that there are currently 425 species documented as hosts of this highly destructive fungus. S. sclerotiorum is known to inflict significant damage to crops, resulting in substantial economic losses, especially under favorable environmental conditions. The complete absence of host resistance and the wide range of susceptible plants contribute to the detrimental impacts of this pathology in the field. The presence of white mycelium in affected tissues is an identifiable sign, but there are no unique symptoms common to all hosts. Resistance to S. sclerotiorum is crucial, and wild peanut relatives represent a valuable source of disease resistance genes. Wild species, such as Arachis duranensis and A. stenosperma, exhibit high levels of resistance to certain diseases. A number of studies have been conducted utilizing a transcriptomic approach to comprehend their responses to biotic and/or abiotic stresses. The present study investigated the effects of overexpression of candidate genes identified from wild Arachis species that are potentially involved in defense responses to biotic stresses. Using Arabidopsis thaliana and Nicotiana tabacum as model plants, the objective was to understand how these genes influence the interaction with S. sclerotiorum through phenotypic assessments and subsequent molecular evaluations. An inoculation methodology was initially established for detached leaves, with bioassays conducted using six genes Expansin (AdEXLB8), Truncaded NLR gene (TNx.) (AsTIR19), Endochitinase (AsECHI1), Allene oxide cyclase (AsAOC3), Lipocalin (AsTIL) e Stilbene synthase (AsSTS4) from both A. duranensis and A. stenosperma. Overexpression of AdEXLB8 resulted in increased tolerance, suggesting its potential as a candidate gene to bolster resistance. Analysis of AsTIR19 highlighted the complexity of the plant-pathogen interaction following introgression of this gene, providing insights into the molecular mechanisms activates, such as the induction of reactive oxygen species, and underscoring genetic engineering as a promising tool for enhancing resistance. Overexpression of the AsECHI1 gene, which encodes an endochitinase enzyme, both alone and in combination with AdEXLB8, also resulted in a significant reduction in fungal lesions, indicating the effectiveness of gene pyramiding strategies in broadening the resistance spectrum. Conversely, overexpression of the AsAOC3, AsTIL, and AsSTS4 transgenes from A. stenosperma did not significantly impact disease progression, emphasizing the complexity of gene-pathogen interactions and the necessity for more comprehensive approaches. In conclusion, the overexpression of certain candidate genes may offer an effective approach in developing resistant varieties to mitigate losses caused by S. sclerotiorum, highlighting the importance of genetic investigation and the utilization of wild relatives in crop improvement.
Unidade Acadêmica: Instituto de Ciências Biológicas (IB)
Departamento de Fitopatologia (IB FIT)
Informações adicionais: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Fitopatologia, 2024.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Agência financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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