Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Oliva, Anderson Ribeiro | pt_BR |
dc.contributor.author | Martins, Ana Cláudia Alves | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2024-12-26T18:01:40Z | - |
dc.date.available | 2024-12-26T18:01:40Z | - |
dc.date.issued | 2024-12-26 | - |
dc.date.submitted | 2024-07-30 | - |
dc.identifier.citation | MARTINS, Ana Cláudia Alves. (In)disciplinando os cânones diálogos entre Maria Beatriz Nascimento e Carolina Maria de Jesus. 2024. 94 f., il. Dissertação (Mestrado em História) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/51244 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, Programa de Pós-Graduação em História, 2024. | pt_BR |
dc.description.abstract | A pesquisa agora apresentada versa sobre a conexão histórica de duas mulheres negras,
ambientada na segunda metade do século XX. Estas mulheres, a partir de suas produções
intelectuais, desnudaram narrativas outras, complementares e até mesmo contrárias às
produzidas pelas lógicas brancas, eurocêntricas e patriarcais. A partir de suas inserções na
intelectualidade compartilharam de uma experiência histórica particular, tendo por norte os
desdobramentos do racismo no pós-abolição. Nesse sentido, analisarei estes interditos que
versam sobre suas produções intelectuais a partir de questões produzidos pelo debate
interseccional sobre raça, classe e gênero. Maria Beatriz Nascimento permeia o campo da
História. Carolina Maria de Jesus, da Literatura. Destarte, temos duas intelectuais que
possivelmente não se conheciam, todavia experienciaram situações próximas, dadas as
condições históricas dos negros e negras no país. Para além disso, é certo que fizeram de suas
vivências constructo de sua produção intelectual, constituindo uma maneira outra de se pensar
e escrever história/literatura. Todavia, os debates raciais, de gênero e classe influenciaram na
marginalização de suas produções, principalmente, no que tange às elites cultural, racial, social
e governamental brasileiras. Desse modo, as narrativas históricas e literárias convencionais,
resultantes das relações de poder assimétricas em nossa sociedade, silenciaram estes
corpos/sujeitas que colocavam em xeque seus epistemes constituídos. Nessa perspectiva,
analisei como estas sujeitas estavam sendo percebidas historicamente através da narrativa
literária e historiográfica. Outro passo da pesquisa versou em estabelecer o diálogo entre as
duas intelectuais eleitas para a pesquisa. Sabe-se que Beatriz Nascimento, com suas produções,
desterritorializou os quilombos no Brasil estabelecendo conexões com a subjetividade dos
sujeitos negros e negras. Ademais, pontuou uma continuidade histórica “dos quilombos às
favelas”. Carolina Maria de Jesus foi habitante da favela do Canindé (SP), onde escreveu sua
obra mais conhecida, Quarto de Despejo (1960). Outra possibilidade que de conexão ocorreu
por meio do conceito de transmigração de Beatriz Nascimento, o que viabilizou uma análise
das migrações compulsórias de Carolina Maria de Jesus em diferentes regiões do Brasil, tanto
como um olhar minucioso sobre suas produções escritas fragmentárias. Em seguida, analisei
como os conceitos e categorias de gênero, raça e classe podem ser lidos através de suas obras.
Por fim, investigar as contribuições da história vivida e escrita pelas autoras, no que tange aos
pensamentos feministas negros. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | (In)disciplinando os cânones diálogos entre Maria Beatriz Nascimento e Carolina Maria de Jesus | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Intelectuais negras | pt_BR |
dc.subject.keyword | Mulheres negras | pt_BR |
dc.subject.keyword | Interseccionalidade | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | The research now presented is about the historical connection of two black women, set in the
second half of the 20th century. These women, through their intellectual productions, uncovered
other narratives, complementary and even contrary to those produced by white, Eurocentric and
patriarchal logics. From their insertions in the intelligentsia, they shared a particular historical
experience, having as their guide the developments of racism in the post-abolition period. In this
sense, I will analyze these prohibitions that deal with their intellectual productions based on
questions produced by the intersectional debate on race, class and gender. Maria Beatriz
Nascimento permeates the field of History. Carolina Maria de Jesus, from Literature. Thus, we
have two intellectuals who possibly did not know each other, but experienced similar situations,
given the historical conditions of black men and women in the country. Furthermore, it is certain
that they made their experiences a construct of their intellectual production, constituting another
way of thinking and writing history/literature. However, racial, gender and class debates
influenced the marginalization of their productions, mainly with regard to Brazilian cultural,
racial, social and governmental elites. In this way, conventional historical and literary narratives,
resulting from asymmetric power relations in our society, silenced these bodies/subjects that put
their constituted epistemes into question. From this perspective, I analyzed how these subjects
were being perceived historically through literary and historiographical narrative. Another step
of the research was to establish dialogue between the two intellectuals chosen for the research. It
is known that Beatriz Nascimento, with her productions, deterritorialized the quilombos in Brazil,
establishing connections with the subjectivity of black subjects. Furthermore, it highlighted a
historical continuity “from quilombos to favelas”. Carolina Maria de Jesus was an inhabitant of
the Canindé favela (SP), where she wrote her best-known work, Quarto de Despejo (1960).
Another possibility of connection occurred through Beatriz Nascimento concept of
transmigration, which made possible an analysis of Carolina Maria de Jesus's compulsory
migrations in different regions of Brazil, as well as a detailed look at her fragmentary written
productions. Next, I analyzed how the concepts and categories of gender, race and class can be
read through their works. Finally, investigate the contributions of the history lived and written by
the authors, with regard to black feminist thoughts. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Ciências Humanas (ICH) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de História (ICH HIS) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em História | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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