Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Bensusan, Hilan Nissior | pt_BR |
dc.contributor.author | Fonseca, Bárbara de Barros | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2025-02-19T18:37:29Z | - |
dc.date.available | 2025-02-19T18:37:29Z | - |
dc.date.issued | 2025-02-19 | - |
dc.date.submitted | 2024-11-29 | - |
dc.identifier.citation | FONSECA, Bárbara de Barros. ENTRE A TERRA E O SOL: BATAILLE E A INSURGÊNCIA DO EXCESSO NO ANTROPOCENO. 2024. 222 f. Tese (Doutorado em Filosofia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/51670 | - |
dc.description.abstract | A proposta desta tese é analisar, a partir da obra de Georges Bataille, a relação entre os conceitos de
economia geral, economia restrita, e o Antropoceno. Argumentamos que o manejo do excesso e a
colonização do dispêndio improdutivo, tal como realizados na modernidade, implicam na catástrofe
ecológica presente. Desta forma, lançaremos mão de um arcabouço conceitual para investigarmos a
dinâmica energética geral do Antropoceno, passando pelas noções de energia, entropia e biosfera.
Bataille parte de uma crítica ao utilitarismo, central para a economia liberal clássica, que se
organiza pelo princípio da escassez. Em oposição, a economia geral se pauta por uma lógica do
excesso de energia, que origina o movimento energético do globo e não pode ser exaurido pelas
atividades humanas, necessitando ser dissipado. O "dispêndio improdutivo", que inclui atividades
como festas, sacrifícios e o potlatch, é compreendido como uma função essencial para lidar com
este excedente, no seio de uma economia cósmica que ultrapassa o pensamento antropocêntrico. A
tese, então, articula esses conceitos com o Antropoceno e o Capitaloceno, discutindo como a
modernidade e o capitalismo têm gerido esse excesso de maneira catastrófica, ao tratar e
transformar a biosfera em recurso energético, o que leva à crise ecológica atual. O conceito de
Capitaloceno posiciona o sistema capitalista como agente responsável pela destruição dos
ecossistemas, diferentemente da noção de Antropoceno, que dilui esta responsabilidade em uma
humanidade abstrata, genérica e não-situada. A tese analisa como a escravidão e a exploração dos
corpos negros foram essenciais para a construção dessa economia colonial que se baseia na
expropriação de terras e corpos. É ainda examinado o potencial que modos de habitar o mundo
como o aquilombamento e o bem-viver oferecem enquanto alternativas de resistência existencial ao
colapso sistêmico, propondo uma leitura do Antropoceno a partir das margens, com uma
perspectiva decolonial e afrodiaspórica. A discussão envereda por argumentos que ligam o
pensamento energético de Bataille à necessidade de repensar a economia restrita do capitalismo,
estabelecendo uma crítica à pretensão de progresso e produção infinita em um planeta finito. E
especula sobre a possibilidade de um outro manejo do excesso, que melhor se afine a uma economia
geral batailleana, em ressonância com o fluxo implacável do cosmos. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Entre a terra e o sol : Bataille e a insurgência do excesso no antropoceno | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Excesso | pt_BR |
dc.subject.keyword | Economia restrita | pt_BR |
dc.subject.keyword | Economia | pt_BR |
dc.subject.keyword | Bataille, Georges, 1897-1962 | pt_BR |
dc.subject.keyword | Antropoceno | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | The purpose of this thesis is to analyze, based on the work of Georges Bataille, the relationship
between the concepts of general economy, restricted economy and the Anthropocene. We argue that
the management of excess and the colonization of unproductive expenditure, as carried out in
modernity, imply the present ecological catastrophe. We will therefore use a conceptual framework
to investigate the general energy dynamics of the Anthropocene, including the notions of energy,
entropy and the biosphere. Bataille starts from a critique of utilitarianism, central to classical liberal
economics, which is organized by the principle of scarcity. In contrast, the general economy is
guided by a logic of excess energy, which originates the energy movement of the globe and cannot
be exhausted by human activities, but needs to be dissipated. “Unproductive expenditure”, which
includes activities such as festivals, sacrifices and the potlatch, is understood as an essential
function for dealing with this surplus, within a cosmic economy that goes beyond anthropocentric
thinking. The thesis then articulates these concepts with the Anthropocene and the Capitalocene,
discussing how modernity and capitalism have managed this excess in a catastrophic way, by
treating and transforming the biosphere into an energy resource, which has led to the current
ecological crisis. The concept of the Capitalocene positions the capitalist system as the agent
responsible for the destruction of ecosystems, unlike the notion of the Anthropocene, which dilutes
this responsibility into an abstract, generic and non-situated humanity. The thesis analyzes how
slavery and the exploitation of black bodies were essential to the construction of this colonial
economy based on the expropriation of land and bodies. It also examines the potential that ways of
inhabiting the world, such as aquilombamento and buen vivir, offer as alternatives for existential
resistance to systemic collapse, proposing a comprehension of the Anthropocene from the margins,
with a decolonial and Afrodiasporic perspective. The discussion engages in arguments that link
Bataille's energetic thinking to the need to rethink capitalism's restricted economy, establishing a
critique of the pretension of progress and infinite production on a finite planet. And it speculates on
the possibility of another way of handling excess, one that is more in tune with a general Bataillean
economy, in resonance with the relentless flow of the cosmos. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Ciências Humanas (ICH) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Filosofia (ICH FIL) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Filosofia | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
|