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Título: Avaliação da catastrofização da dor em mães de neonatos : impacto da presença materna em evento doloroso de seus filhos
Autor(es): Vargas, Lucas Albanaz
Orientador(es): Castro, Luiz Claudio Gonçalves de
Assunto: Frequência cardíaca
Recém-nascidos
Cortisol
Dor
Mães
Data de publicação: 25-Fev-2025
Referência: VARGAS, Lucas Albanaz. Avaliação da catastrofização da dor em mães de neonatos: impacto da presença materna em evento doloroso de seus filhos. . 2024. 87 f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024.
Resumo: Introdução: A catastrofização é um padrão cognitivo em que o indivíduo antecipa o pior desfecho possível de um evento, muitas vezes sem evidências suficientes para tal comportamento. Especificamente, a catastrofização da dor neonatal pela mãe pode envolver uma resposta cognitivo-afetiva desfavorável à dor, uma amplificação de seu valor real e pode interferir na percepção de autoeficácia pela mãe. O comportamento parental diante de um evento doloroso de seu filho pode também influenciar a experiência de dor pela criança. Objetivos: Este estudo teve como objetivos avaliar como a visualização de um evento doloroso nos neonatos pelas mães impacta sua expressão de catastrofização da dor e o nível de estresse dos neonatos ao evento doloroso de acordo com a presença ou ausência materna. Metodologia: Estudo observacional com 130 díades mãe-neonato realizado no período imediato pós-parto. As mães participantes foram randomizadas em dois grupos. No grupo I, as mães acompanharam seus neonatos durante a punção venosa para o teste de triagem neonatal e no Grupo II as mães foram informadas sobre a ocorrência da punção, mas não estavam presentes no procedimento. Foram administrados quatro questionários: formulário de coleta de dados clinicodemográficos, Escala de Percepção de Autoeficácia Parental (PAEPM), Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS) e Escala de Catastrofização Parental (ECS-P). Variáveis fisiológicas como cortisol salivar materno e neonatal, variabilidade da frequência cardíaca (VFC) materna e neonatal e atividade de condutância elétrica (ACP) materna também foram coletadas e analisadas quanto à possibilidade de serem potenciais parâmetros de avaliação da intensidade de catastrofização da dor pelas mães e de nível de estresse dos neonatos ao evento doloroso. Resultados: Não houve diferenças significativas nos escores de catastrofização materna entre os grupos (p = 0,98). As mães de ambos os grupos apresentaram escores elevados na PAEPM, com médias de 63,6 (DP ± 9,9) no grupo I e 64,0 (DP ± 8,8) no grupo II. As mães do grupo II apresentaram concentrações mais altas de cortisol salivar nos períodos pré (p = 0,00) e pósevento doloroso (p = 0,01). Não foram observadas diferenças significativas na VFC materna. As mães do grupo I exibiram maior ACP. Nos neonatos, não houve diferenças nos níveis de cortisol entre os períodos pré e pós-evento, mas a variação foi maior no grupo II (p = 0,00). O grupo II também apresentou maior VFC neonatal. Conclusão: Este estudo sugere que o padrão de catastrofização observado em mães que testemunham a experiência dolorosa de seus neonatos não é diretamente influenciado pela exposição visual do evento. Entretanto a presença materna no procedimento correlacionou-se positivamente a parâmetros fisiológicos que indicam menor nível de estresse materno e neonatal.
Abstract: Introduction: Catastrophizing is a cognitive pattern in which individuals anticipate the worst possible outcome of an event, often without sufficient evidence for such behavior. Specifically, maternal neonatal pain catastrophizing may involve an unfavorable cognitive-affective response to pain, an amplification of its actual value, and can interfere with the mother's perception of self-efficacy. Parental behavior in the face of a painful event can also influence the child's pain experience. Objective: This study aims to evaluate how the visualization of a painful event in neonates by their mothers impacts the maternal expression of pain catastrophizing and the level of neonates’ stress to the painful event according to the presence or not of their mothers. Methodology: Observational study with 130 mother-neonate dyads in the immediate postpartum period. Participants were randomized into two groups. In Group I, mothers accompanied their neonates during venipuncture for neonatal screening tests, and in Group II the mothers were informed about the venipuncture but were not present during the procedure. Four questionnaires were administered: a demographic and clinical data collection form, the Parental Self-Efficacy Perception Scale (PAEPM), the Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS), and the Parental Catastrophizing Scale (ECS-P). Physiological variables such as maternal and neonatal salivary cortisol, maternal and neonatal heart rate variability (HRV), and maternal skin conductance activity (SCA) were also assessed and evaluated as potential parameters for evaluating the intensity of pain catastrophizing by mothers and the stress level of neonates to the painful event. Results: There were no significant differences in maternal pain catastrophizing scores between groups (p = 0.98). Mothers in both groups showed high scores on PAEPM, with means of 63.6 (SD ± 9.9) in group I and 64.0 (SD ± 8.8) in group II. Mothers in group II had significantly higher salivary cortisol concentrations in both the pre (p = 0.00) and post-pain event (p = 0.01) periods. No significant differences were observed in maternal HRV. Mothers in group I exhibited higher SCA. Regarding the neonates, there were no significant differences in salivary cortisol levels between pre- and post-pain event periods, but variation was greater in group II (p = 0.00). Additionally, group II showed higher neonatal HRV. Conclusion: This study suggests that the pattern of catastrophizing observed in mothers witnessing their neonates undergoing a painful experience is not directly influenced by visual exposure to the event. However, the maternal presence during the pain event correlated positively with physiological parameters indicative of lower level of stress among mothers and neonates.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Medicina (FM)
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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