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Título: Anatomia foliar de espécies de Myrtaceae : contribuições à taxonomia e filogenia
Autor(es): Gomes, Sueli Maria
Somavilla, Nádia Sílvia
Bezerra, Kadja Milena Gomes
Miranda, Sabrina do Couto de
Carvalho, Plauto Simão de
Ribeiro, Dalva Graciano
Assunto: Anatomia foliar
Taxonomia
Filogenia
Data de publicação: 2009
Referência: GOMES, Sueli Maria et al. Anatomia foliar de espécies de Myrtaceae: contribuições à taxonomia e filogenia. Revista Acta Botanica Brasilica, v. 23, n. 1, p. 223-238, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abb/v23n1/v23n1a24.pdf>. Acesso em: 22 out. 2010. doi: 10.1590/S0102-33062009000100024.
Resumo: Trabalhos taxonômicos e filogenéticos têm utilizado informações anatômicas e para contribuir com estes estudos examinaram-se cortes paradérmicos e transversais da porção mediana foliar de Campomanesia adamantium (Camb.) O. Berg, Myrcia cordiifolia DC., M. decrescens O. Berg e M. torta D.C. Os caracteres anatômicos foram comparados com os de outras espécies descritas na literatura. São características comuns às quatro espécies examinadas: epiderme uniestratificada, tricomas unicelulares, folhas hipoestomáticas, estômatos paracíticos, cavidades secretoras em ambas as faces, mesofilo dorsiventral e nervura mediana com feixes bicolaterais. Destacam-se os seguintes caracteres úteis para a taxonomia da família: formato das células comuns da epiderme, tricomas dibraquiados ou não, camadas celulares incolores subepidérmicas e formato da nervura mediana. O formato e número das células teto das glândulas foliares têm utilidade taxonômica. O exame de 144 exsicatas evidenciou que a glabrescência é um fenômeno comum. A queda dos tricomas pode ser devido à sua base estreita e à ausência de célula pedal nos mesmos. Analisaram-se os caracteres à luz de estudos filogenéticos recentes e do ponto de vista ecológico, destacando a hipótese relacionada às células e pidérmicas com possível função de célula de transferência. As características anatômicas forneceram dados para análises comparativas mais amplas entre os táxons de Myrtaceae e possibilitaram a construção de um cladograma, onde espécies de Leptospermum e Eucalyptus ocuparam posição basal, em consonância com filogenias relatadas na literatura. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT
Taxonomical and phylogenetical studies have used anatomical information. In order to contribute to these studies, paradermal and cross sections of the median leaf blade portion of Campomanesia adamantium (Camb.) O. Berg, Myrcia cordiifolia DC., M. decrescens O. Berg and M. torta D.C. were examined. The anatomical characters were compared to the other species described in the literature. Some characteristics were irrespective of the four examined species: unistratified epidermis, unicellular trichomes, hypostomatic leaves, paracytic stomata, oil glands on both sides, dorsiventral mesophyll and bicollateral bundles on the midrib. The following characters appear to be taxonomically useful in the family: epidermal common cell format, presence of dibrachiate trichomes, presence of colorless subepidermal cell layers and midrib shape. The morphology and number of overlying cells associated with the glands have taxonomic utility. The 144 exsicates examination showed that the glabrescence is a widespread phenomenon in the Myrtaceae. The trichome fall can be due to its narrow base and to the foot cell absence. The characters were analyzed in the light of recent phylogenetic studies, highlighting the hypothesis related to the presence of epidermal cells with possible transfer cell function. The anatomical features provided data for wider comparative analysis amongst Myrtaceae taxa and ensured the construction of a cladogram, where Leptospermum and Eucalyptus species occupied the basal position, in line with reported phylogenies.
DOI: https://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062009000100024
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