http://repositorio.unb.br/handle/10482/6946
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2010_ArmandoHirohumiTanimoto.pdf | 853,56 kB | Adobe PDF | Voir/Ouvrir |
Titre: | A economia medida pela Análise de Fluxo de Massa (AFM) : a desmaterialização da economia nos países desenvolvidos sustentada pelos recursos naturais dos países emergentes, a exemplo do Brasil |
Auteur(s): | Tanimoto, Armando Hirohumi |
Orientador(es):: | Caldeira-Pires, Armando de Azevedo |
Assunto:: | Desenvolvimento econômico - aspectos ambientais Desenvolvimento sustentável Economia ambiental |
Date de publication: | 25-fév-2011 |
Data de defesa:: | 25-fév-2010 |
Référence bibliographique: | TANIMOTO, Armando Hirohumi. A economia medida pela Análise de Fluxo de Massa (AFM): a desmaterialização da economia nos países desenvolvidos sustentada pelos recursos naturais dos países emergentes, a exemplo do Brasil. 2010. 155 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável)-Universidade de Brasília, Brasília, 2010. |
Résumé: | Esta tese tem o objetivo de analisar se o processo da desmaterialização da economia nos países desenvolvidos acontece com a transferência de impactos ambientais para os países emergentes, principalmente os exportadores de bens primários como o Brasil. Para isso foi necessário um melhor entendimento da ferramenta Análise de Fluxo de Massa – AFM, cuja aplicação para os anos de 1997, 2001 e 2005 resultaram em indicadores mássicos dos principais macrofluxos da economia nacional. A aplicação da AFM indica que 63% do que é extraído e usado para movimentar a economia brasileira são de recursos naturais renováveis (forragem para alimentação animal, oleaginosas, extração vegetal, silvicultura e pescados), e 37% de não renováveis (minerais e combustíveis fósseis). Isso aproxima a economia brasileira do desejado eixo da sustentabilidade. É praticamente independente de fluxos externos, pois as importações representam somente 3% do que é consumido. Sua balança comercial é amplamente favorável, sendo o fluxo mássico de exportações cinco vezes maior do que o de importações. Porém, como os produtos da pauta de exportações são basicamente de bens primários, (commodities minerais e da agropecuária), o indicador de eficiência (t/US$) mássica – financeira diminuiu no período estudado (1997 – 2005). Comparando seus indicadores com os de países industrializados, os países europeus ocidentais precisam de três quilos de material bruto para transformá-lo em um US$ de PIB (base 1991), o Brasil, 14 anos depois, ainda necessita de cinco quilos (base 2005). Isso é conseqüência da transferência dos impactos ambientais causados pelo alto padrão de consumo das economias desenvolvidas, que importam os recursos naturais, já escassos em seus territórios, de países emergentes, como o Brasil. A pesquisa também aponta uma mudança no perfil importador de alguns países (Japão e Alemanha) na década de 90, quando estes passaram a substituir os bens primários por produtos manufaturados. Com isso, diminuíram não só a demanda energética interna como também as emissões de poluentes para o meio ambiente local. Com uma menor entrada mássica e baseada numa economia de serviços, a relação uso de matéria versus riqueza gerada (t/PIB) tornou-se descendente, e esse fato é divulgado como uma desmaterialização relativa da economia local. O Brasil, pela sua riqueza de recursos naturais, é um fornecedor de bens primários para os países em déficit, porém é preciso rever sua política econômica, em que pouco se paga pelo muito que se retira, na forma de commodities. |
Abstract: | This thesis aims to analyze whether the process of dematerialization of the economy in developed countries is done with the transfer of environmental impacts to developing countries, especially exporters of primary goods such as Brazil. It required a better understanding of Mass Flow Analysis - MFA tool, which applications for the years 1997, 2001 and 2005 resulted in main indicators of mass flows of the national macro-economy. The application of MFA indicates that 63% of which are extracted and used to move Brazilian economy is from natural resources (fodder for animal feed, oilseeds, vegetal extraction plant, forestry and fisheries), and 37% from non-renewable resources (minerals and fossil fuels). This brings the Brazilian economy to the desired axis of sustainability. It is almost independent of external flows, because imports account for only 3% of what is consumed. Its trade balance is largely favorable, and the mass flow of exports is 5 times greater than imports. However, as the products of the exports are mainly primary goods, (mineral and vegetables commodities) the efficiency indicator (t / US$) weight - financial decreased during the period studied (1997 - 2005). Comparing its indicators with those of industrialized countries, the Western European countries need three kilograms of raw material to turn it into a U.S. $ of GDP (base 1991), Brazil, 14 years later, still needs five (base 2005) . This is the result of the transfer of environmental impacts caused by the high consumption pattern of developed economies that import natural resources, scarce in their territory, from emerging countries like Brazil. This thesis also identified a change in the profile of some importing countries (i.e. Japan and Germany) in ‘90, who came to replace the primary goods for manufactured products. Thus, those countries not only decreased the internal energy demand but also emissions of pollutants into the local environment. With a lower mass entry and based on the service economy, the relationship between the use of material versus richness generated (t / GDP) has downward, and this fact is announced as a relative dematerialization on the local economy. Brazil, for its wealth of natural resources, is a primary supplier of goods for countries in deficit, but it is necessary to review its economic policy where little is paid by much offering in the form of commodities. Esta tese tem o objetivo de analisar se o processo da desmaterialização da economia nos países desenvolvidos acontece com a transferência de impactos ambientais para os países emergentes, principalmente os exportadores de bens primários como o Brasil. Para isso foi necessário um melhor entendimento da ferramenta Análise de Fluxo de Massa – AFM, cuja aplicação para os anos de 1997, 2001 e 2005 resultaram em indicadores mássicos dos principais macrofluxos da economia nacional. A aplicação da AFM indica que 63% do que é extraído e usado para movimentar a economia brasileira são de recursos naturais renováveis (forragem para alimentação animal, oleaginosas, extração vegetal, silvicultura e pescados), e 37% de não renováveis (minerais e combustíveis fósseis). Isso aproxima a economia brasileira do desejado eixo da sustentabilidade. É praticamente independente de fluxos externos, pois as importações representam somente 3% do que é consumido. Sua balança comercial é amplamente favorável, sendo o fluxo mássico de exportações cinco vezes maior do que o de importações. Porém, como os produtos da pauta de exportações são basicamente de bens primários, (commodities minerais e da agropecuária), o indicador de eficiência (t/US$) mássica – financeira diminuiu no período estudado (1997 – 2005). Comparando seus indicadores com os de países industrializados, os países europeus ocidentais precisam de três quilos de material bruto para transformá-lo em um US$ de PIB (base 1991), o Brasil, 14 anos depois, ainda necessita de cinco quilos (base 2005). Isso é conseqüência da transferência dos impactos ambientais causados pelo alto padrão de consumo das economias desenvolvidas, que importam os recursos naturais, já escassos em seus territórios, de países emergentes, como o Brasil. A pesquisa também aponta uma mudança no perfil importador de alguns países (Japão e Alemanha) na década de 90, quando estes passaram a substituir os bens primários por produtos manufaturados. Com isso, diminuíram não só a demanda energética interna como também as emissões de poluentes para o meio ambiente local. Com uma menor entrada mássica e baseada numa economia de serviços, a relação uso de matéria versus riqueza gerada (t/PIB) tornou-se descendente, e esse fato é divulgado como uma desmaterialização relativa da economia local. O Brasil, pela sua riqueza de recursos naturais, é um fornecedor de bens primários para os países em déficit, porém é preciso rever sua política econômica, em que pouco se paga pelo muito que se retira, na forma de commodities. |
Resumen: | Esta tesis tiene como objetivo analizar si el proceso de desmaterialización de la economía en los países desarrollados sucede con la transferencia de impactos ambientales a los países emergentes, principalmente los exportadores de bienes primarios como Brasil. Para eso, se hizo necesario un mejor entendimiento de la herramienta Análisis de Flujo de Masa – AFM, cuya aplicación para los años 1997, 2001 e 2005 resultaron en indicadores másicos de los principales macro-flujos de la economía nacional. La aplicación de AFM indica que el 63% de lo que es extraído y usado para mover la economía brasileña proviene de recursos naturales renovables (forraje para alimentación animal, oleaginosas, extracción vegetal, silvicultura y pescados), y que el 37% proviene de recursos no renovables (minerales y combustibles fósiles). Eso aproxima a la economía brasileña al deseado índice de sostenibilidad. Es prácticamente independiente de flujos externos, pues las importaciones representan solamente 3% de lo que es consumido. Su balanza comercial es ampliamente favorable, siendo el flujo másico de exportaciones cinco veces mayor que el de las importaciones. Sin embargo, como los productos de la pauta de exportaciones son básicamente de bienes primarios (commodities minerales y vegetales), su eficiencia (t/US$) másica – financiera disminuyó en el período estudiado (1997-2005). Comparando sus indicadores con los de los países industrializados, los países europeos occidentales precisan tres kilogramos de material bruto para transformarlo en un US$ de PIB (base 1991); Brasil, 14 años más tarde, todavía necesita de cinco (base 2005). Tiene como consecuencia la transferencia de los impactos ambientales causados por el alto padrón de consumo de las economías desarrolladas, que importan los recursos naturales, ya escasos en sus territorios, de países emergentes como Brasil. Fue identificado también un cambio en el perfil importador de algunos países (Japón y Alemania) en los años de 90, cuando pasaron a reemplazar bienes primarios por productos manufacturados. De esa manera, disminuyeron no sólo la demanda energética interna sino también las emisiones contaminantes para el medio ambiente local. Con una menor entrada másica y basada en una economía de servicios, la relación uso de materia versus riqueza generada (t/PIB) se torno descendente, y ese hecho es divulgado como una desmaterialización de la economía local. Brasil, por su riqueza de recursos naturales, es un proveedor de bienes primarios para los países en déficit. Sin embargo, es necesario rever su política económica, donde se paga poco por lo mucho que se retira, en la forma de commodities. |
Résumé: | Cette thèse a pour objectif d'évaluer si le processus de dématérialisation de l’économie des pays développés se déroule avec le transfert des impacts environnementaux aux pais émergents, surtout les exportateurs de biens primaires comme le Brésil. Pour cela, il a été nécessaire de mieux comprendre l’outil Analyse de Fluxe de Masse – AFM, dont l’application pour les années 1997, 2001 et 2005 a mené a des indicateurs massiques des principaux macro fluxes de l’économie régionale. L’application de l’AMF indique que 63% de ce qui est extrait et utilisé pour bouger l’économie brésilienne est originé de ressources naturelles renouvelables (fourrage pour l’alimentation des animaux, oléagineuses, extraction végétale, sylviculture et poissons), et 37% de nonrenouvelables (minéraux et combustibles fossiles). Cela approxime l’économie brésilienne de l’axe de la durabilité. C’est pratiquement indépendant des fluxes externes, puisque les importations ne représentent que 3% de ce qui est consommé. Sa balance commerciale est largement favorable, dès que le fluxe massique des exportations est 5 fois plus grand que celui des importations. Cependant, comme les produits exportables sont surtout de biens primaires (commodities minérales et végétales), leur éfficacité (t/US$) massique – financière s’est réduite dans la période étudiée (1997-2005). En comparant leurs indicateurs avec ceux des pays industrialisés, les pays européens occidentaux ont besoin de trois kilos de matière brute pour les transformer en un US$ de PIB (base 1991); le Brésil, 14 ans plus tard, a encore besoin de cinq kilos (base 2005). Cela est une conséquence du transfert des impacts environnementaux créés par le haut niveau de consommation des économies développées, qu’importent des ressources naturelles, déjà rares dans leurs territoires, des pays émergents, comme le Brésil. On a identifié aussi le changement du profil importateur de quelques pays (Japon et l’Allemagne), quant ils ont commencé à remplacer les biens primaires par des produits manufacturés. Avec cela, la demande énergétique interne et les émissions polluantes de l’environnement local ont été réduites. Avec une entrée massique inférieure et basée dans une économie de services, la relation utilisation de matière versus richesse gérée (t/PIB) est devenue descendante, et ce fait est diffusé comme une dématérialisation relative de l’économie locale. À cause de sa richesse de ressources naturelles, le Brésil a une vocation de fournisseur des biens primaires pour les pays en déficit. Cependant, il est nécessaire de revoir sa politique économique où peut est payé et beaucoup est extrait sous la forme de commodities. |
metadata.dc.description.unidade: | Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) |
Description: | Tese (doutorado)-Universidade de Brasília, Centro de Desenvolvimento Sustentável, 2010. |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável |
Collection(s) : | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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