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dc.contributor.advisorScherre, Maria Marta Pereira-
dc.contributor.authorAndrade, Carolina Queiroz-
dc.date.accessioned2011-03-03T15:02:37Z-
dc.date.available2011-03-03T15:02:37Z-
dc.date.issued2011-03-03-
dc.date.submitted2010-05-31-
dc.identifier.citationANDRADE, Carolina Queiroz. Tu e mais quantos?: a segunda pessoa na fala brasiliense. 2010. 135 f. Dissertação (Mestrado em Linguística)-Universidade de Brasília, Brasília, 2010.en
dc.identifier.urihttp://repositorio.unb.br/handle/10482/7005-
dc.descriptionDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguistica, Português e Línguas Clássicas, 2010.en
dc.description.abstractO presente trabalho trata da variação pronominal que ocorre em Brasília entre as formas você/cê/tu. Os pressupostos teórico-metodológicos utilizados foram baseados na Teoria da Variação e Mudança Linguística, preconizada por Weinreich, Labov e Herzog (1968). Com base nessa teoria, verificamos que a variação não é aleatória, mas ocorre de forma organizada, segundo um conjunto de fatores internos e externos à língua. Foram analisadas amostras de fala de crianças e adolescentes entre 7 a 15 anos, com foco especial para a Vila Planalto, a fim de verificar se, já nos primeiros anos, as crianças usariam a variante tu que, em Brasília, figura como variante inovadora. Além disso, investigamos se a variante tu vem assinalando uma expansão em falas femininas. Verificamos, por fim, se a variante cê figura como uma forma de esquiva, usada para evitar pronomes que possam soar muito formais, como “senhora”, por um lado, ou muito informais, como tu ou você, por outro. A hipótese sobre a aquisição em tenra idade da variante tu foi confirmada na amostra da Vila Planalto (onde foram coletados cerca de 70% dos dados), uma vez que essa variante ocorreu de forma semelhante nas faixas etárias de 7-11 e de 12 a 15 anos. Uma variável que atua paralelamente à faixa etária é a relação entre os interlocutores. Se simétrica, tende a favorecer o uso do tu; se assimétrica, tende a favorecer o uso de você ou cê. A hipótese sobre a expansão do pronome tu em falas femininas foi apenas parcialmente confirmada, pois, apesar de sua ocorrência em números absolutos e percentuais ser superior, se comparada com resultados de trabalhos realizados anteriormente, os efeitos em termos de pesos relativos ficaram apenas equivalentes nessa comparação. A hipótese sobre o cê ser uma forma de esquiva também se confirmou, uma vez que, quando houve preocupação quanto ao uso dos pronomes, as formas escolhidas foram senhora e cê. Na análise dos dados, a origem dos pais emergiu como uma variável importante no entendimento do surgimento do tu na fala brasiliense, sendo a origem nordestina um fator fundamental neste processo.Contudo na Vila Planalto, a naturalidade brasiliense dos pais já assume seu papel de expansão e fixação do tu no rol dos pronomes de segunda pessoa. Os resultados alcançados também indicaram que a fala de Brasília, apesar de ainda incipiente em relação a ter uma variedade linguística típica, vem assinalando um desenvolvimento de características da oralidade, e o tu, como uma forma marcada, faz parte dessa focalização. Além das forças sociais e interacionais analisadas, forças internas, comuns a outras pesquisas de segunda pessoa se mostraram relevantes no entendimento deste processo variável, entre as quais destacamos a função sintática, o tipo de referência e o paralelismo linguístico. No complexo jogo entre as variantes você/cê/tu, foi possível verificar que a abordagem estatística que dá conta de forma mais completa dos dados é a que considera individualmente as três variantes, ou seja, é a análise eneária, tendo em vista que, a depender das forças em jogo, você e cê se opõem a tu; ou você e tu se opõem a cê; ou você, cê e tu apresentam comportamentos distintos. __________________________________________________________________________________________ ABSTRACTen
dc.description.abstractThis dissertation deals with the variation in Brasilia on the usage of the pronominal forms “você” / “cê” / “tu”. The theory and methodology were based on the “Theory of Language Variation and Change”, developed by Weinreich, Labov and Herzog (1968). Based on this theory, we found that the variation is not random, but occurs in an organized way, according to internal and external factors of the language. We analyzed speech data of children and teenagers aged between 7-15 years old, with special focus on Vila Planalto, to determine whether, in the first years, children would use the variant “tu”, which is the innovative variant in Brasilia. Furthermore, we investigated whether the variant “tu” is expanding in the speech of women. We verified, finally, whether the variant ”cê” appears as a form of avoidance, used to prevent the use of pronouns that may sound very formal, like "senhora" or very informal, like “você” or “tu”. The hypothesis about the acquisition in an early age of “tu” was confirmed in the sample of Vila Planalto (where 70% of the data were collected), since this variant was similar in the age groups from 7 to11 and 12 to 15. A variable that acts in parallel with the age group is the relationship between the interlocutors, if symmetrical, it tends to favor the use of “tu”, if asymmetrical, it tends to favor the use of “você” or “cê”. The hypothesis of the expansion of the pronoun “tu” in female speech was only partially confirmed because, despite the fact that in frequency it is higher when compared to previous works, the effects are similar when the weights calculated by GoldVarb are compared. The hypothesis of “cê” working as a form of avoidance was also confirmed, because when there was concern about the use of pronouns, the forms chosen were either “senhora” or “cê”. In the analysis of the data, the geographic origin of the parents has emerged as an important variable in understanding the emergence of “”tu” in the speech of Brasília: the Northeast region is shown as an essential factor in this process, but in Vila Planalto, where parents are natural from Brasilia, this factor has taken the role of expansion and fixation of “tu” as one of the choices of second person pronouns. The results also indicated that the speech of Brasilia, although still incipient in relation to having a typical linguistic variety, has developed characteristics that shows it has its own orality, and “tu”, as a marked form, is part of this dialect focalization. Beyond the social forces and interactional analysis, internal forces, common to other studies of second person pronouns, were found to be relevant in understanding this variation process, among which we highlight the syntactic function, the type of reference and linguistic parallelism. In the complex interplay between on the forms você/ cê/ tu, we observed that the statistical approach that better accounts for the use of these variants is the one which considers the three of them individually, that it is the n-ary analysis, because, depending on the forces in play, “você” and “cê” oppose “tu”, or “você” and “tu” are opposed to “cê”, or “você”, “tu” and “cê” present different behavior.en
dc.language.isoPortuguêsen
dc.rightsAcesso Abertoen
dc.titleTu e mais quantos? : a segunda pessoa na fala brasilienseen
dc.typeDissertaçãoen
dc.subject.keywordSociolinguística - Distrito Federal (Brasil)en
dc.subject.keywordLíngua portuguesa - português faladoen
dc.subject.keywordLíngua portuguesa - dialetosen
dc.description.unidadeInstituto de Letras (IL)pt_BR
dc.description.unidadeDepartamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas (IL LIP)pt_BR
dc.description.ppgPrograma de Pós-Graduação em Linguísticapt_BR
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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