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Título: | Gênero e família em uma sociedade justa : adesão e crítica à imparcialidade no debate contemporâneo sobre justiça |
Outros títulos: | Gender and family in a just society : adherence to and critique of impartiality in the contemporary debate on justice Genre et famille dans une société juste : adhésion et critique à l'impartialité dans le débat contemporain sur la justice |
Autor(es): | Tokarski, Flávia Millena Biroli |
Assunto: | Justiça Gênero Família Liberalismo |
Data de publicação: | Jun-2010 |
Referência: | BIROLI, Flávia. Gênero e família em uma sociedade justa: adesão e crítica à imparcialidade no debate contemporâneo sobre justiça. Rev. Sociol. Polit., Curitiba, v.18, n. 36, jan. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsocp/v18n36/05.pdf>. Acesso em: 23 fev. 2011. doi: 10.1590/S0104-44782010000200005. |
Resumo: | O artigo analisa o debate sobre justiça e suas implicações para a crítica feminista. O foco está na discussão sobre a necessidade de um ponto de vista imparcial para a produção de critérios de justiça nas obras de John Rawls e Susan Okin. A crítica e a adesão de Okin à abordagem de Rawls envolvem a defesa, pela autora, da conciliação entre o recurso à imparcialidade e a crítica feminista, em busca de relações de gênero mais justas. Em Rawls, a justiça depende da suspensão de interesses e afetos ligados às diferentes posições dos indivíduos na estrutura social e do desinteresse mútuo, juntamente com a falta de conhecimento da própria posição. Para Okin, o recurso à imparcialidade não exclui a empatia, a consideração das diferenças e o cuidado com os outros. Expostas essas posições, o artigo discute criticamente o valor da imparcialidade e conclui que a adesão aos pressupostos liberais restringe o potencial de uma teoria feminista da justiça. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT This article analyzes debates on justice and their implications for feminist critique. Our focus is on discussions of the need for an impartial point of view for producing criteria of justice, as they emerge from the works of John Rawls and Susan Okin. Okin's critique, as well as her adherence to Rawl's perspective, defends conciliating impartiality and feminist critique, in search of fairer gender relations. In Rawls, justice depends on the suspension of interests and affects linked to individuals' different positions within the social structure and their mutual possibilities to lay self-interest aside, together with (lack of) knowledge of each one's own position. For Okin, recourse to impartiality does not exclude empathy, the consideration of difference and care for others. Expounding these positions, the article offers a critical discussion of the value of impartiality and concludes that adherence to liberal premises restricts the potential of a feminist critique of justice. _______________________________________________________________________________ L'article analyse le débat sur la justice et ses implications pour la critique féministe. L'accent est mis sur la discussion sur la nécessité d'un point de vue impartial pour la production de critères de justice dans les oeuvres de John Rawls et Susan Okin. La critique et l'adhésion d'Okin à l'approche de Rawls impliquent la défense, par l'auteur, de la conciliation entre l'appel à l'impartialité et la critique féministe, à la recherche de relations de genre plus justes. Chez Rawls, la justice dépend de la suspension d'intérêts et affections liées aux différentes positions des individus dans l'estructure sociale et du désentérêt mutuel, ainsi que le manque de connaissance de leur propre position. Pour Okin, l'utilisation de l'impartialité n'exclut pas l'empathie, la considération des différences et le soin avec les autres. Exposées ces positions, l'article discute critiquement la valeur de l'impartialité et conclut que l'adhésion aux buts libéraux limite le potentiel d'une théorie féministe de la justice. |
DOI: | https://dx.doi.org/10.1590/S0104-44782010000200005 |
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