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Título: Entre apartes e quiproquós : a malandragem no Império de Martins Pena (Rio de Janeiro 1833-1847)
Autor(es): Almendra, Renata Silva
Orientador(es): Brasil, Vanessa Maria
Assunto: Pena, Martins, 1815-1948
Teatro brasileiro - império
Rio de Janeiro (Estado) - história
Data de publicação: 18-Mai-2011
Referência: ALMENDRA, Renata Silva. Entre apartes e quiproquós: a malandragem no Império de Martins Pena (Rio de Janeiro 1833-1847). 2006. 141 f. Dissertação (Mestrado em História)-Universidade de Brasília, Brasília, 2006.
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo fazer uma leitura da prática da malandragem entre homens e mulheres livres no Rio de Janeiro na primeira metade do século XIX, utilizando como fontes as comédias escritas por Martins Pena entre os anos de 1833 e 1847. Tal período, que abarca alguns anos da Regência e os primeiros anos do Segundo Reinado, foi marcado por um grande crescimento urbano do Rio de Janeiro que, como capital do império e sede da monarquia, buscou romper com seu passado colonial, dando à cidade um ar mais moderno e civilizado através de inúmeras reformas urbanas, estabelecimento de leis para “implantar a ordem” e consumo de uma cultura européia. A tentativa de implementação de um projeto modernizador deparava-se com as tradições coloniais, a ordem deparava-se com a desordem, o lícito com o ilícito, o rural com o urbano, o público com o privado, a escravidão com o pensamento liberal, gerando uma série de contradições e possibilidades. O malandro, sujeito astuto, esperto e sagaz, fazia um movimento de oscilação entre esses paradoxos da sociedade carioca, estabelecendo entre eles relações dialéticas e demonstrando maneiras criativas de se dar bem nessa sociedade que pretendia civilizar-se e modernizar-se a todo custo. Os personagens que Martins Pena colocou nos palcos da Corte nos mostram um pouco do jogo de cintura e do “jeitinho” necessários para transformar as desvantagens em vantagens e, assim, sobreviver de modo criativo nessa sociedade tão marcada pela dialética da ordem e da desordem. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT
The present research consists of an analysis of the practice of hustling among free men and women in Rio de Janeiro in the first half of the nineteenth century, taking as a source the comedies written by Martins Pena from his works of 1833 until those of 1847. That age, which includes some years of the Regency period and also the first years of the Second Reign, was distinguished to be of large urban growing in Rio de Janeiro, which as the capital of the Empire and the Monarchy's headquarters, tried to break its colonial past giving the city a more modern and civilized aspect, through innumerous urban reforms, establishment of laws "to instill the order" and the consumption of the European culture. The attempt to implement a modernizing project met the colonial traditions, order met the disorder, licit met the illicit, rural met the urban, public met the private, slavery met the Liberal thought bringing up both contradictions and possibilities. The hustler, an astute, smart and sagacious character had a movement of oscillation between these paradoxes in the native society of Rio de Janeiro, settling creative ways to make a living within this society that intended to become civilized and modern at any cost. The characters Martins Pena has put on the stages of the court show us a little of the so called "jeitinho" (the Brazilian manners, a way to make a living) needed to transform the disadvantages into advantages and to survive in a creative way in this society so distinguished by the dialectics of order and disorder.
Unidade Acadêmica: Instituto de Ciências Humanas (ICH)
Departamento de História (ICH HIS)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)-Universidade de Brasília, Departamento de História, 2006.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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