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Titre: Sistemas de informações geográficas (SIGs) : uma nova ferramenta para avaliar epidemiologia em acromegalia baseada em dados clínicos e análise espacial
Auteur(s): Dantas, Lara Benigno Porto
Orientador(es):: Naves, Luciana Ansaneli
Coorientador(es):: Rosa, José Wilson Corrêa
Assunto:: Sistemas de informação geográfica
Epidemiologia
Saúde pública - Brasil
Informática na medicina
Date de publication: 12-avr-2013
Référence bibliographique: DANTAS, Lara Benigno Porto. Sistemas de informações geográficas (SIGs): uma nova ferramenta para avaliar epidemiologia em acromegalia baseada em dados clínicos e análise espacial. 2012. 63 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2012.
Résumé: Introdução: Os Sistemas de Informação Geográfica (SIGs) emergiram como ferramentas inovadoras que têm se mostrado bastante úteis para projetos em epidemiologia. Este é o primeiro estudo brasileiro que se propõe a descrever o padrão geográfico de distribuição espacial da acromegalia e a avaliar se o acesso ao Sistema de Saúde poderia influenciar a evolução da doença. Objetivos: Descrever a distribuição espacial, quanto ao local de residência, dos pacientes acromegálicos acompanhados no ambulatório de Neuroendocrinologia do Hospital Universitário de Brasília (HUB), visando identicar fatores externos que possam estar relacionados ao surgimento da doença. Validar um método capaz de vincular informações de um banco de dados eletrônico contendo o registro clínico de pacientes acromegálicos com programas de SIGs. Avaliar a dificuldade de acesso ao Sistema de Saúde e seu impacto no atraso para o diagnóstico e no tamanho tumoral na avaliação inicial. Métodos: A Unidade de Neuroendocrinologia do HUB dispõe de registro eletrônico próprio (Access, Microsoft, Bellevue, WA), em programa desenvolvido para armazenar dados relacionados ao acompanhamento de pacientes com doença hipofisária, sendo esse o centro de referência para acompanhamento dessas patologias no Distrito Federal (DF). Informações referentes a 112 pacientes portadores de acromegalia, diagnosticados 1995-2012, foram incorporadas a um formato de planilha (Excel 2003, Microsoft, Bellevue, WA) e os endereços residenciais foram plotados no software de SIG para análise espacial (ArcGIS 9.3 e Arcview 3.2, ESRI, Redlands, CA). Resultados: O diagnóstico da acromegalia tem aumentado na última década, superando o crescimento populacional. A idade ao diagnóstico também se elevou ao longo do tempo. A distribuição espacial mostrou que 38,1% dos pacientes residem entre 0,33 e 8,66 km; 17,7% entre 8,67 e 18,06km; 22,2% entre 18,07 e 25,67km e 22,0% entre 25,68 e 36,70km de distância do centro de referência para tratamento. Verificou-se que migração ocorreu em 26 casos, a partir de cidades localizadas em outros estados do Centro-Oeste e em diferentes regiões do país. Não houve correlação significativa entre o afastamento do domicílio e o atraso no diagnóstico (r = 0,43 p = 0,3), assim como também não houve correlação significativa entre distância da residência dos pacientes ao centro médico de referência e o volume tumoral (r = 0,57 p = 0,15). Conclusões: Este estudo validou a aplicação dos SIGs em dados clínicos de pacientes portadores acromegalia. Não foram encontradas diferenças espaciais relevantes na distribuição dos pacientes. Brasília é uma cidade urbana com baixa concentração de fatores ambientais nocivos e indústria, talvez por esse motivo não tenham sido identificadas diferenças significativas. Dados epidemiológicos de importância podem se tornar aparentes com a aplicação de técnicas de geoprocessamento em uma maior coorte de pacientes. Quanto ao acesso ao Sistema de Saúde, embora a distância entre o hospital e os domicílios dos pacientes não tenha repercutido no tempo para realização do diagnóstico e nem no volume tumoral, refletindo um acesso relativamente equânime ao centro de referência, a oferta de serviços precisa ser melhorada, pois pacientes oriundos de regiões distantes do DF necessitaram de atendimento no HUB. _______________________________________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT
Introduction: Geographic Information Systems (GIS) have emerged as innovative tools that have proven to be very useful for projects in epidemiology. This is the first Brazilian study that purports to describe the geographical pattern of spatial distribution of acromegaly and evaluate whether access to the Health System could influence disease progression. Objectives: To describe the spatial distribution of acromegalic patients treated in the Neuroendocrinology Unit of the University Hospital of Brasília, aiming to assess the presence of external factors that could be related to the emergence of the disease. To validate a method able to link information from an electronic database containing the clinical records of acromegalic patients with GIS programs. Appraise the difficulty of access to the Health System and its impact on delay to diagnosis and tumor size at baseline. Methods: The Neuroendocrinology Unit of the University Hospital of Brasília, which is the reference center for treatment of pituitary diseases in the Federal District, has its own electronic record (Access, Microsoft, Bellevue, WA), in a program designed to store data related to the attendance of patients with this kind of pathology. Information regarding 112 patients with acromegaly, diagnosed from 1995 to 2012, were incorporated into a spreadsheet format (Excel 2003, Microsoft, Bellevue, WA) and residential addresses were plotted in GIS software for spatial analysis (ArcGIS 9.3 and Arcview 3.2, ESRI, Redlands, CA). Results: The diagnosis of acromegaly has increased in the last decade, outpacing population growth. Age at diagnosis also increased over time. The spatial distribution showed that 38.1% of the patients resided between 0.33 and 8.66 km, 17.7% between 8.67 and 18.06 km, 22.2% between 18.07 and 25.67 km and 22.0% between 25.68 and 36.70 km away from the reference center for treatment. It was found that migration occurred in 26 cases, from cities located in other states in the Midwest and in different regions of the country. There was no significant correlation between the distance from patient´s home to the medical referral center and delayed diagnosis (r = 0.43 p = 0.3), as well as no significant correlation between distance of residence and tumor volume (r = 0.57 p = 0.15). Conclusions: This study validated the application of GIS in clinical data of patients with acromegaly. There were no relevant differences in the spatial distribution of patients. Brasília is an urban city with low concentration of harmful environmental factors and industry, perhaps for that reason there were no significant differences. Epidemiological data of relevance may become apparent with the application of GIS techniques in a larger cohort of patients. Regarding to the access to the Health System, although the distance between the hospital and patients' homes do not have resulted in a larger tumor volume or in a longer time for correct diagnosis, reflecting a relatively equitable access to the referral center, the provision of health services need to be improved because patients from distant regions of the Federal District required attendance at the University Hospital of Brasília.
metadata.dc.description.unidade: Faculdade de Ciências da Saúde (FS)
Description: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2012.
metadata.dc.description.ppg: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
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Collection(s) :Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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