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Título: As respostas do Estado às demandas sociais e étnico-raciais : particularidades no Brasil entre 2003 e 2013
Autor(es): Paulo, Carlos Alberto Santos de
Orientador(es): Boschetti, Ivanete Salete
Coorientador(es): Theodoro, Mário Lisboa
Assunto: Escravidão
Racismo
Política social
Relações étnico-raciais
Data de publicação: 23-Fev-2016
Referência: PAULO, Carlos Alberto Santos de. As respostas do Estado às demandas sociais e étnico-raciais: particularidades no Brasil entre 2003 e 2013. 2015. 166 f., il. Tese (Doutorado em Política Social)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Resumo: A presente tese de doutorado tem como ponto de partida a análise do caráter complementar da dominação europeia e da estruturação das bases do capitalismo na formação da nação brasileira. Procurou-se mostrar como o longo período de escravidão deitou a base histórica para a explicação dos sistemas de relações sociais brasileira, cuja estruturação, atualização e manutenção remonta aos 297 anos do período da experiência escravista colonial (1535 a 1822), aos 66 anos da experiência nacional escravocrata (1822 a 1888), e aos 126 anos da experiência republicana (1889 a 2015). Nesse processo histórico as relações étnico-raciais tiveram papel marcante na configuração de uma nação aos moldes europeus e a herança escravocrata veio a se tornar um empecilho às pretensões de uma sociedade igualitária. Procuramos evidenciar as estratégias de naturalização da história brasileira a partir da fragmentação e colonização do saber científico ora nega, ora invisibiliza, ora diminui, ora distorce o papel do processo escravista como um momento formativo de nossa história presente. As diversas estratégias constituídas para negar a presença negra terminaram por adiar a solução de uma questão que ficou em aberto e que hoje se configura em uma dimensão maior, inalcançável pelo tratamento meramente pontual da reinserção da população negra através de referenciais residuais de políticas simbólicas. O fulcro do trabalho é a compreensão do período recente de elaboração de políticas públicas voltadas para a população negra, principalmente após a Constituição de 1988. Neste curto período da vida republicana, visualizamos pelo menos três níveis de políticas raciais no Brasil – culturalista, legalista e desenvolvimentista –, com as quais o estado brasileiro tentou responder às demandas do movimento negro, mas sem rompimento revolucionário com a matriz eurocêntrica.
Abstract: This doctoral thesis has as its starting point the analysis of the complementary nature of European domination and structuring foundations of capitalism in the consolidation of the Brazilian nation. The attempt was to show how the long period of slavery laid the historical basis for the explanation of Brazilian social relations systems in which its structuring, updating and maintenance dates back 297 years from the period of colonial slave experience (1535-1822), to 66 years of the slave national experience (1822-1888), and the 126 years of the Republican experience (1889-2015). In this historical process, the racial relations had a strong role in shaping the nation to European molds and the slave heritage was to become a hindrance to the claims of an egalitarian society. It was the intent here to highlight the naturalization strategies of Brazilian history from the fragmentation and colonization of scientific knowledge that denies, turns invisible, sometimes decreases and other times distorts the role of the slavery process as a formative moment in our present history. The several strategies made to deny the black presence ended up postponing the solution of a question that remains unanswered and which is now set on a larger scale, unreachable by the occasional treatment of the reintegration of the black population through residual references of symbolic policies. The core of the work is the understanding of the recent period of elaboration of public policies for the black population, mainly after the 1988 Constitution In this short period of republican life. It is noticeable at least three levels of racial policies in Brazil - culturalist, legalistic, developmental – in which the Brazilian state tried to respond to the demands of the black movement, but without any trace of a revolutionary break with the Eurocentric matrix.
Unidade Acadêmica: Instituto de Ciências Humanas (ICH)
Departamento de Serviço Social (ICH SER)
Informações adicionais: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Ciência Política, 2015.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Política Social
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
DOI: http://dx.doi.org/10.26512/2015.08.T.19554
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