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Título : Adubação potássica na qualidade e nas propriedades antioxidantes de polpa e de folhas de Passiflora setacea
Autor : Ibiapina, Maria do Desterro Pereira Ferreira
Orientador(es):: Alencar, Ernandes Rodrigues de
Coorientador(es):: Oliveira, Lídia de Lacerda de
Assunto:: Passiflora setacea
Adubação potássica
Qualidade química
Antioxidantes
Fecha de publicación : 30-jul-2016
Citación : IBIAPINA, Maria do Desterro Pereira Ferreira.Adubação potássica na qualidade e nas propriedades antioxidantes de polpa e de folhas de Passiflora setacea. 2016. 64 f., il. Dissertação (Mestrado em Agronomia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Resumen : O gênero Passiflora possui um grande número de espécies que tem uso popular associado a benefícios à saúde, sendo que somente no Brasil são mais de 150 espécies. Entretanto, apesar de tanta riqueza de diversidade e benefícios, apenas o maracujá-amarelo ou azedo (Passiflora edulis Sims.) é cultivada em escala comercial, representando mais de 95% dos pomares, devido à qualidade dos seus frutos, vigor, produtividade e rendimento em suco. Dentre as espécies pouco conhecidas, destaca-se o maracujá-sururuca ou maracujá-do-sono (Passiflora setacea DC). Uma espécie silvestre pouco estudada, especialmente em relação à propagação, germinação e condições de armazenamento, porém, possui potencial para o mercado de fruta in natura e/ou para processamento na forma de sucos ou outro tipo de alimento. Diante do exposto, objetivou-se com este trabalho avaliar a qualidade química e as propriedades antioxidantes de P. setacea sob diferentes doses de adubação potássica. A variedade de P. setacea utilizada no estudo foi a BRS Pérola do Cerrado. O ensaio foi conduzido em vasos de 50 L de volume contendo amostra de solo típico de cerrado. A adubação potássica foi realizada utilizando-se cloreto de potássio, como fonte tradicional de potássio, e duas rochas fontes de potássio. As rochas utilizadas foram biotita xisto, com 3,5% de K2O e fonolito, com 8,0% de K2O. Na adubação com cloreto de potássio, foram adotadas as seguintes doses: 50, 100, 150 e 200 mg de K dm-3. Na adubação com as rochas fontes de potássio foram testadas doses equivalentes a 50 e 100 mg de K dm-3. No tratamento controle não foi realizada adubação potássica. Na avaliação da qualidade de P. setacea analisaram-se a polpa dos frutos e as folhas. Na avaliação da polpa dos frutos foram determinados sólidos solúveis totais, pH, acidez titulável, relação entre sólidos solúveis totais e acidez titulável, coloração, teor de potássio, teor de carotenoides totais, teor de ácido ascórbico, teor de compostos fenólicos, atividade antioxidante in vitro por DPPH e FRAP. Na avaliação das folhas foram determinados a concentração de compostos fenólicos e o atividade antioxidante in vitro por DPPH e FRAP. Avaliou-se o teor de potássio no solo antes da coleta dos frutos e das folhas de tal forma o obter possível correlação com as diferentes variáveis qualitativas analisadas. Adotou-se Delineamento em Blocos Casualizados, sendo 9 tratamento, com quatros blocos. Os resultados foram submetidos à análise de variância e posteriormente ao Teste de Tukey para comparação das médias entre os tratamentos. Realizou-se análise de correlação entre o teor de potássio no solo antes da colheita e as variáveis qualitativas da polpa e das folhas. A qualidade química da polpa e as propriedades antioxidantes de P. setacea não foram influenciadas significativamente pela adubação potássica, exceto pelas variáveis diferença de cor e atividade antioxidante in vitro por FRAP. Com relação às propriedades antioxidantes nas folhas, houve diferença significativa no atividade antioxidante in vitro por FRAP. Quando se analisou possível correlação entre o teor de potássio no solo antes da colheita e as variáveis relacionadas a qualidade de polpa e das folhas não foram obtidos coeficientes significativos, exceto para a variável teor de ácido ascórbico na polpa e atividade antioxidante in vitro por FRAP nas folhas. A partir dos resultados obtidos, nas condições adotadas no trabalho, é possível concluir que, a adubação potássica não afeta as variáveis relacionadas à qualidade química e propriedades antioxidantes da polpa e das folhas de P. setacea. Além disso, as folhas de P. setacea se destacam por apresentar elevado teor de compostos fenólicos totais e potencial antioxidante, podendo ser consideradas importantes alternativas para a indústria química e indústria farmacêutica.
Abstract: The genus Passiflora has a large number of species that are associated with health benefits, and in Brazil are more than 150 species. However, despite its large diversity and benefits, only the yellow passion fruit (Passiflora edulis Sims.) is cultivated on a commercial scale, representing more than 95% of the orchards due to the quality of its fruit, productivity and the yield of its juice. Among the lesser-known species, there is the sururuca passion fruit or (Passiflora setacea DC). A wild species that is poorly studied, specially in relation to spread, germination and storage conditions, but has potential for fresh fruit market and/or juice processin or a large amount of other type of food. Given the above, the objective of this study was to evaluate chemical and antioxidant properties of P. setacea under different doses of potassium fertilizer. The variety of P. setacea used in the study was the BRS Pérola do Cerrado. The test was conducted in 50L plant vases containing typical Cerrado soil. K fertilization was carried out using potassium chloride as traditional potassium source, and two rocks as potassium sources. The two rocks used were biotite schist with 3.5% of K2O and phonolite with 8.0% K2O. In the fertilization with potassium chloride, the following doses were adopted: 50, 100, 150 and 200 mg of K dm-3. In the fertilization with the two rocks equivalent doses were tested at 50 and 100 mg of K dm-3. In the control treatment, the potassium fertilization was not performed. To evaluate the quality of P. setacea, the pulp of the fruit and the leaves were analyzed. For the pulp, soluble solids, pH, titratable acidity, ratio of total soluble solids and titratable acidity, color, potassium content, total carotenoid content, ascorbic acid content, content of phenolic compounds, antioxidant potential in vitro by DPPH and FRAP were determined. And, for the leaves, the concentration of phenolics and antioxidant activity in vitro by DPPH and FRAP were determined. The potassium content of the soil was evaluated before the harvest of the fruits and leaves so the most possible correlation with the different qualitative variables was obtained. It was adopted the experimental delineation in randomized blocks with 9 treatment and four blocks. The results were submitted to ANOVA and subsequently Tukey test for comparison of means between treatments. It carried out correlation analysis between the content of potassium in the soil before harvest and qualitative variables of the pulp and the leaves. The chemical pulp quality and antioxidant properties of P. setacea were not significantly influenced by potassium fertilization, except for the color and antioxidant potential in vitro by FRAP. Regarding the antioxidant properties in the leaves, there was significant difference in vitro antioxidant capacity by FRAP. When the correlation between the potassium before harvest and the variables related to quality of the pulp and the leaves were analysed, no significant coefficients were not obtained, except for the variable ascorbic acid content in the pulp and antioxidant potential in vitro by FRAP in the leaves. From the results obtained, is possible to conclude that, in general, the potassium fertilization does not affect the variables related to chemical quality and antioxidant properties of the pulp and the leaves of the P. setacea. In addition to that, the leaves of P. setacea stand out by a high content of phenolic compounds and antioxidant potential and may be considered an important alternative for the chemical industry and pharmaceutical industry.
Descripción : Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, 2016.
Licença:: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
DOI: http://dx.doi.org/10.26512/2016.02.D.21106
Aparece en las colecciones: Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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