http://repositorio.unb.br/handle/10482/21639
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
2016_MicheleCandianiSantos.pdf | 9,01 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Passos em volta do Seminário A identificação: a lógica da constituição do sujeito e a abertura ao campo do (im)possível |
Outros títulos: | Stepping around the seminar the identification : the logic of the constitution of the subject and the opening the field of the (im)possible |
Autor(es): | Santos, Michele Candiani |
Orientador(es): | Chatelard, Daniela Scheinkman |
Assunto: | Lacan, Jacques, 1901-1981 - crítica e interpretação Erotismo Sujeito (Psicologia) |
Data de publicação: | 1-Nov-2016 |
Data de defesa: | 30-Jun-2016 |
Referência: | SANTOS, Michele Candiani. Passos em volta do Seminário A identificação: a lógica da constituição do sujeito e a abertura ao campo do (im)possível. 2016. 134 f., il. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica e Cultura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016. |
Resumo: | Esta pesquisa tem por objetivo apreender como Jacques Lacan concebeu a abertura do campo do possível ao sujeito, e sua relação ao impossível, a partir do Seminário IX: A Identificação (1961-2), apresentando uma lógica da constituição do sujeito do significante em três tempos — referidos às formas da negação ou falta de objeto (privação, frustração e castração) — e suportada por uma unidade diferencial, que é o conceito de traço unário (privação). A negação e a unidade diferencial, na teoria lacaniana, esclarecem a diferença, discutida por Freud em 1934, entre a identificação do sujeito e a escolha de objeto; a identificação será a condição para que o sujeito possa estabelecer relações de identidade na realidade. Juntos, negação e traço marcam o que Freud chama por objeto perdido (das Ding, a Coisa materna), e abrem a perspectiva de uma erótica. Esta perspectiva é montada para que o sujeito possa compreender o que se encontra à sua frente: como não há acesso imediato ao real, o homem necessita do artifício simbólico para fazer do real uma realidade, tramada, então, pelo discurso, abrindo o campo do possível a ele, sob a forma da repetição da demanda (frustração). Lacan aproximará a falta de objeto (-1), essencial e constitutiva do sujeito na neurose, à falha no universo do discurso que a formalização da lógica-matemática conseguiu demonstrar, através da formação de paradoxos lógicos, os quais estabelecem um limite à função simbólica. A constituição do campo do possível só poderá ser concluída quando o sujeito reencontra, dentro dele, o impossível, momento onde o Outro é barrado (castração). O sujeito, localizando o ponto limite da função significante (desejo do Outro), separa-se deste campo, e encontra o campo de seu desejo, tornando-se desejante: portador de uma questão que o introduz no real. A localização é feita através do falo (φ), como significante da falta e pivô entre os campos. No instante de separação, o sujeito será suportado pelo objeto (a). Há um tempo variável de apreensão, singular a cada sujeito, para sua constituição como desejo. Será na ausência (-1) da resposta do Outro (1) à demanda que o sujeito articulará a diferença entre mensagem (enunciado) e questão (enunciação), formalizada por Lacan em seu grafo do desejo, resultando na matriz simbólica da fantasia e sua lógica. Apenas no momento da castração a perspectiva de uma erótica desvela-se, a partir de uma imagem da identificação, como pura forma, (im)possível, do desejo. |
Abstract: | This research aims to aprehend how Jacques Lacan conceived the opening of the field of the possible to the subject, and its relationship with the impossible, based on the Seminar IX: The Identification (1961-1962) and, in doing so, to present a logic of the constitution of the subject in three times — related to the forms of negation or lack of object (privation, frustration and castration) — and underpined by a differential unit, which is the concept of the unary trait (privation). The negation and the differential unit, according to lacanian theory, clarify the difference, discussed by Freud in 1934, between the identification of the subject and the choice of the object; the identification will be the condition on the grounds of which the subject can establish identity relations in reality. Together, negation and trait mark what Freud calls the lost object (das Ding, the maternal thing), and open the perspective of an erotic. This perspective is set up so that the subject can understand what is front of him: since there is no direct access to the real, a human person requires the artifice of the symbolic to turn the real into a reality, woven, then, by the discourse, opening the field of the possible to him, in the form of the repetion of the demand (frustration). Lacan will aproximate the lack of the object (-1), essencial and constitutive of the subject in the neurosis, to the failure in the universe of discourse that the formalization of mathematical logic was able to demonstrate, through the setting of logic paradoxes which impose a limit to the symbolic function. The constitution of the field of the possible can only be completed when the subject finds, within himself, the impossible, moment where the Other is barred (castration). The subject, finding the limit point of the function of the signifier (desire of the Other), separates himself from this field, and finds the field of his desire, thus becoming desiring: carrying a question that introduces himself in the real. The location is made through the phallus (φ) as a signifier of the lack and a pivot between the fields. In the moment of separation, the subject will be supported by the object (a). There is a variable time of apprehension, unique to each subject, to his constitution as desire. It will be in the absence (-1) of the response of the Other (1) to the demand that the subject will articulate the difference between message (enunciating) and question (enunciation), as formalized by Lacan in his graph of the desire, thus resulting in the symbolic matrix of fantasy and its logic. Only at the moment of the castration the perspective of an erotic will reveal itself, stemming from an image of identification, as pure form, (im)possible, of desire. |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Psicologia (IP) Departamento de Psicologia Clínica (IP PCL) |
Informações adicionais: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica, 2016. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura |
Licença: | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. |
DOI: | http://dx.doi.org/10.26512/2016.06.T.21639 |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.