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Título: Análise dos níveis de compostos sulfurados voláteis e sua relação com rinossinusite crônica
Autor(es): Miranda, Priscila Carvalho
Orientador(es): Amorim, Rivadávio Fernandes Batista de
Coorientador(es): Rocha, Denise Pinheiro Falcão da
Assunto: Halitose
Sinusite
Rinossinusite crônica
Sulfurados voláteis
Data de publicação: 10-Jan-2017
Referência: MIRANDA, Priscila Carvalho. Análise dos níveis de compostos sulfurados voláteis e sua relação com rinossinusite crônica. 2016. 82 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Resumo: Introdução: A rinossinusite crônica (RSC) é uma doença inflamatória que acomete a mucosa nasossinusal e tem como sintomas cardinais a obstrução nasal, rinorreia, dor facial e hipo/anosmia. A halitose pode ser definida como uma alteração na qualidade do odor do ar exalado e causa ansiedade e constrangimento social. Os compostos sulfurados voláteis (CSV) são produtos da degradação de aminoácidos e uma das causas do mau odor bucal. Apesar de a RSC ser citada frequentemente como causa de halitose, pouco se sabe na literatura sobre a prevalência ou associação desta condição à RSC. Objetivo: comparar os níveis de CSV oral e nasal de pacientes com e sem RSC. Objetivos secundários: analisar o odor bucal dos pacientes com e sem RSC por meio do teste organoléptico e medida de CSV oral; avaliar se a prevalência de halitose nos pacientes com RSC é maior que a de pacientes sem RSC. Métodos: Neste estudo observacional transversal, foram selecionados 26 pacientes com diagnóstico médico de RSC atendidos consecutivamente em dois serviços terciários de Otorrinolaringologia (Hospital Universitário de Brasília e Hospital de Base do Distrito Federal) e 26 pacientes sem RSC provenientes dos mesmos serviços. Todos os pacientes foram avaliados por uma médica otorrinolaringologista e por um cirurgião dentista, quando era realizada coleta de dados demográficos e clínicos, exame físico otorrinolaringológico, halimetria (teste organoléptico, CSV oral e nasal), sialometria e avaliação periodontal. Os resultados foram analisados por meio do teste de Shapiro-Wilk, teste t de Student para amostras independentes e teste qui-quadrado considerando o valor de p<0,05 para significância estatística. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significante na concentração de CSV oral ou nasal entre os grupos. A prevalência de halitose ao teste organoléptico no grupo RSC foi 30,8%, significativamente superior à do grupo controle, 7,7% (p=0,035). A prevalência de pacientes com CSV > 75 partes por bilhão (ppb) no grupo RSC foi 11,5% e a do grupo controle 19,2% (p=0,44). Conclusão: A prevalência de halitose foi significativamente maior no grupo dos pacientes com RSC, demonstrando associação entre essas condições. Não houve diferença estatisticamente significante entre os CSV de cavidade bucal ou fossas nasais entre os grupos, o que sugere que a maior prevalência de halitose se deva a compostos orgânicos voláteis, e não aos CSV nesta população.
Abstract: Introduction: Chronic rhinosinusitis (CRS) is an inflammatory disease of the sinus mucosa and the main symptoms are nasal blockage, rhinorrhea, facial pain and hypo/anosmia. Halitosis is the altered perception of the quality of the expired air and it causes anxiety and social embarrassment. The volatile sulphur compounds (VSC) are aminoacids degradation products and they consist in one of the causes of oral malodour. Although CRS be often cited as one of the causes of halitosis, there are no studies about the prevalence or association of this condition with CRS. Objective: to compare oral and nasal VSC levels of patients with and without CRS. Secondary objectives: to analyse oral odor of patients with and without CRS through organoleptic test and oral VSC; to analyse if halitosis prevalence is higher in patients with CRS. Methods: in this cross-sectional observational study, 26 patients with a medical diagnosis of CRS were consecutively selected from two tertiary hospitals (Brasilia University Hospital and Federal District Base Hospital) and 26 patients without CRS were selected from the same hospitals. An otolaryngologist and a dentist evaluated all patients, when collection of following data was held: demographic and clinical data, otolaryngological physical examination, breath evaluation (organoleptic test, oral and nasal VSC), sialometry and periodontal examination. The results were analyzed using Shapiro-Wilk test, Student t test for independent samples and chi-square test considering p<0.05 for statistical significance. Results: There was no significant difference in oral or nasal VSC levels between groups. Halitosis prevalence through organoleptic test in CRS group was 30.8%, significantly higher than control group, 7.7% (p= 0.035). The prevalence of patients with VSC > 75 parts per billion (ppb) in CRS group was 11.5% and control group was 19.2% (p=0.44). Conclusion: Halitosis prevalence was significantly higher in CRS group, showing association between these conditions. There was no statistically significant difference between oral and nasal VSC levels between groups, what suggests that the higher prevalence of halitosis be due to volatile organic compounds, but not sulfur ones, in this population.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Medicina (FM)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, 2016.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
DOI: http://dx.doi.org/10.26512/2016.08.D.22157
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