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Título: “Eles querem nos converter” : representações sociais sobre a minoria ativa vegan
Autor(es): Esteves, Luiz Otávio Bastos
Orientador(es): Galinkin, Ana Lúcia
Assunto: Representações sociais
Movimentos sociais - Brasil
Veganos
Data de publicação: 26-Jun-2017
Referência: ESTEVES, Luiz Otávio Bastos. “Eles querem nos converter”: representações sociais sobre a minoria ativa vegan. 2017. xiv, 127 f., il. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
Resumo: O presente estudo buscou acessar, descrever e analisar as representações sociais construídas por veganos e não veganos acerca do veganismo. Além disso, buscou evidências de que este é um movimento social ativista, nos moldes da teoria das minorias ativas de Moscovici. O referencial teórico metodológico adotado foi a abordagem estrutural das representações sociais. Foi utilizado um instrumento de evocação, baseado na técnica de associação livre, tendo como termos indutores “ser vegano” e “veganismo”. O instrumento apresentava-se dividido em duas partes: a primeira, para coleta dos dados sócio-demográfico dos participantes; e a segunda, para identificação das RS dos participantes. Além disso, 5 ativistas veganos participaram de um grupo focal visando aprofundar a compreensão das representações desse grupo. Os dados de 81 veganos e 79 não veganos foram analisados por meio do software Iramuteq (Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires), versão 0.7 alpha 2. Os resultados sugerem que elementos de autotranscendência humana guiam o comportamento dos veganos na busca por um mundo de igualdade entre todas as espécies. Além disso, o aspecto ativista sociopolítico do veganismo encontra-se nas periferias da representação, sugerindo que este é um aspecto que só recentemente vem se tornando parte da representação do que é ser vegano para essa população. Para não veganos, os resultados sugerem que sua representação social é ancorada nas diferenças presentes nos hábitos alimentares dessas populações e que o contato entre elas é permeado por atitudes preconceituosas não hostis. Na zona de transformação pode-se observar alguns elementos de avaliação positiva, indicando construção recente. Apesar disso, sugere-se que o veganismo ainda é compreendido globalmente mais como estilo de vida do que como um movimento social.
Abstract: This study aimed at accessing, describing and analyzing the social representations (SR) built by vegans and non-vegans about veganism. In addition, it sought evidence that this is an activist social movement as per the active minority theory, by Moscovici. The theoretical methodology adopted was the structural approach of social representations and the focus group technique. An evocation instrument was used for data collection, based on the free association technique, using as inducing terms “being vegan” and “veganism”. The instrument was presented in two parts: the first one collected the socio-demographic data of the participants; the second was used to identify the SRs of the participants. In addition, 5 vegan activists participated in a focus group that sought to produce further knowledge about the representations of this group. Data from 81 vegans and 79 non-vegans were analyzed using Iramuteq (Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires), version 0.7 alpha 2. Results suggest that elements of human self-transcendence guide the behavior of vegans in pursuit of a world of equality between all species. In addition, the socio-political activist aspect of veganism is located at the peripheries of the representation, suggesting that this aspect has only recently become a fundamental part of what it means to be vegan for this population. For non-vegans, results suggest that their social representation is anchored on the differences between the food habits of these populations, and that their social experience is permeated by non-hostile prejudiced attitudes. On the transformation zone, some positive-evaluation elements were observed, suggesting that this is a recent construct. Besides that, the results suggest that veganism is still understood more as a lifestyle than a social movement.
Unidade Acadêmica: Instituto de Psicologia (IP)
Departamento de Psicologia Social e do Trabalho (IP PST)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações, 2017.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
DOI: http://dx.doi.org/10.26512/2017.02.D.23753
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