http://repositorio.unb.br/handle/10482/24008
Fichero | Descripción | Tamaño | Formato | |
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2017_DanielMagalhãesGoulart.pdf | 2,12 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título : | Educação, saúde mental e desenvolvimento subjetivo : da patologização da vida à ética do sujeito |
Autor : | Goulart, Daniel Magalhães |
Orientador(es):: | González Rey, Fernando Luis |
Assunto:: | Saúde mental Transtornos mentais Ética |
Fecha de publicación : | 3-ago-2017 |
Data de defesa:: | 16-may-2017 |
Citación : | GOULART, Daniel Magalhães. Educação, saúde mental e desenvolvimento subjetivo: da patologização da vida à ética do sujeito. 2017. 254 f. Tese (Doutorado em Educação)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017. |
Resumen : | Este trabalho nasce das inquietações sobre desafios emergentes no processo da reforma psiquiátrica no Brasil, com destaque para o fenômeno da nova institucionalização, entendido como expressão da lógica manicomial nos serviços substitutivos de saúde mental. Para além de tecer críticas relativas às práticas que culminam nesse quadro, adota-se um posicionamento teórico, epistemológico e político propositivo, voltado para a despatologização da vida e para a superação das fragmentações dos processos humanos, com destaque para a articulação entre os campos da saúde mental, da educação e do desenvolvimento subjetivo. Nesse contexto, o objetivo central do trabalho foi elaborar um modelo teórico que apoiasse práticas educativas voltadas ao desenvolvimento subjetivo de pessoas atendidas por um Centro de Atenção Psicossocial e da equipe profissional que compõe o serviço, de modo a explicar teoricamente o transtorno mental enquanto configuração subjetiva e seus desdobramentos para um tratamento voltado para uma ética do sujeito. Os referenciais da teoria da subjetividade em uma perspectiva cultural-histórica e da epistemologia qualitativa de González Rey foram assumidos enquanto plataforma de pensamento. Tais referenciais favoreceram uma complexa articulação entre pesquisa científica e prática profissional, mediante deslocamento da ênfase nas intenções e nos delineamentos formais da política pública para enfocar a qualidade das relações humanas e das produções subjetivas que estão sempre além daquilo que é explícito nos contextos institucionais. A pesquisa envolveu um trabalho de campo ao longo de 43 meses em um Centro de Atenção Psicossocial do Distrito Federal do Brasil, conduzido a partir da metodologia construtivo-interpretativa. Nesse processo, o pesquisador participou de diversas atividades do cotidiano do serviço, o que possibilitou a criação de um vínculo com pessoas atendidas e profissionais da equipe técnica, que, gradualmente, tornaram-se participantes da pesquisa. Diferentes instrumentos de pesquisa foram utilizados, tais como dinâmicas conversacionais, reflexões autobiográficas e exercícios escritos, de modo que todos esses recursos visaram favorecer momentos dialógicos que permitissem a abordagem de temas importantes para o estudo. Os resultados da pesquisa são apresentados em três eixos temáticos: (1) Nova institucionalização e subjetividade: entraves para ir além; (2) O caso de Sebastião; (3) Educação permanente, saúde mental e ética do sujeito: o trabalho com a equipe profissional. As conclusões do estudo evidenciam que as configurações subjetivas de transtornos mentais são constituídas pela organização de sentidos subjetivos gerados a partir de diferentes processos de vida, não coincidindo necessariamente com a emergência de seus sintomas comportamentais – o que demanda um olhar que extrapole a centralidade do psicodiagnóstico e das práticas medicamentosas, característica do quadro da nova institucionalização. Nesse sentido, práticas educativas voltadas ao desenvolvimento subjetivo do outro implica relações dialógicas que provoquem o favorecimento de seu protagonismo. A ênfase no caráter gerador do outro e no favorecimento de sua singular integração ao complexo contexto da vida social, considerando sua capacidade de ação e ruptura, é o que fundamenta o cerne de um trabalho pautado por uma ética do sujeito no campo da saúde mental. Assim, uma prática emancipadora nunca está pronta por um discurso prévio à ação na qual emerge, pois se remete a condições singulares e complexas de emergência de sujeitos, que transcendem qualquer pretenso hiato entre saúde mental, educação e cultura. |
Abstract: | This study stems from the concerns regarding emerging challenges in the process of the psychiatric reform in Brazil, with emphasis on the new institutionalization phenomenon, understood as an expression of the asylum model in substitutive mental health services. In addition to criticizing practices that culminate in such phenomenon, a theoretical, epistemological and political position is adopted, aimed at depathologizing life and overcoming the fragmentation of human processes, with emphasis on the articulation between the fields of mental health, education and subjective development. The main objective of the study was to elaborate a theoretical model that supports educational practices aimed at the subjective development of people attended by a Psychosocial Care Center and of the services professional team, in order to theoretically explain mental disorders as a subjective configuration and its implications regarding a treatment aimed at an ethics of the subject. González Rey’s theory of subjectivity from a cultural-historical perspective and his qualitative epistemology were assumed as a platform of thought. These theoretical and epistemological references have favoured a complex articulation between scientific research and professional practice, by displacing the emphasis on intentions and the formal delineations of public policy to focus on the quality of human relations and subjective productions that are always beyond what is explicit in institutional contexts. The research involved field work based on the constructive-interpretative methodology during 43 months. During this process, the researcher participated in several daily activities of the service, which allowed the creation of an affective bond with service users and professionals, who gradually became participants in the research. Different research tools were used, such as conversational dynamics, autobiographical reflections and written exercises, in such a way that all these resources aimed to favour dialogic moments that allowed the approach of important topics for the study. The results of the research are presented in three thematic axes: (1) New institutionalization and subjectivity: obstacles in going beyond beyond; (2) The case of Sebastião; (3) Permanent education, mental health and ethics of the subject: the work with the professional team. The conclusions of the study indicate that subjective configurations of mental disorders are constituted by the organization of subjective senses generated from different life processes, not necessarily coinciding with the emergence of their behavioural symptoms - which demands a look that goes beyond the centrality of the psychodiagnosis and medication, characteristic of the new institutionalization phenomenon. In this sense, educational practices aimed at the subjective development of the other imply dialogic relations that provoke the favoring of his/her protagonism. The emphasis on the generative character of the other and the favoring of his/her singular integration into the complex context of social life, considering his/her capacity for action and rupture, is what sustains the core of a work based on an ethics of the subject in the field of mental health. Thus, an emancipatory practice is never ready beforehand by a discourse prior to the action in which it emerges, since it refers to singular and complex conditions of the emergence of subjects, which transcends any pretended gap between mental health, education and culture. |
Resumen: | Este trabajo surge de la preocupación por los nuevos desafíos en el proceso de reforma psiquiátrica en Brasil, haciendo énfasis en el fenómeno de la nueva institucionalización, entendida como una expresión de una lógica manicomial en los servicios sustitutivos de salud mental. Más allá de criticar las prácticas que llevan a este fenómeno, se adopta un posicionamiento teórico, epistemológico y político que enfatiza la despatologización de la vida y la superación de la fragmentación de los procesos humanos, destacando el vínculo entre los campos de la salud mental, la educación y el desarrollo subjetivo. En este contexto, el objetivo principal del trabajo fue elaborar un modelo teórico que apoya prácticas educativas centradas en el desarrollo subjetivo de personas atendidas por un Centro de Atención Psicosocial y su equipo de profesionales, y que explica teóricamente el trastorno mental como configuración subjetiva y sus desdoblamientos para un tratamiento que enfatiza una ética del sujeto. Los referenciales de la teoría de la subjetividad en una perspectiva cultural-histórica y la epistemología cualitativa de González Rey fueron asumidos como plataforma de pensamiento. Tales referenciales favorecieron una articulación compleja entre investigación científica y práctica profesional mediante el desplazamiento del énfasis en las intenciones y en los criterios formales de la política pública para centrarse en la calidad de las relaciones humanas y en las producciones subjetivas que están siempre más allá de lo que es explícito en los contextos institucionales. La investigación consistió en un trabajo de campo a lo largo de 43 meses en un centro de atención psicosocial en el Distrito Federal de Brasil, conducido bajo la perspectiva de la metodología constructivo-interpretativa. En este proceso, el investigador participó de diversas actividades diarias del servicio, lo que permitió la creación de un vínculo con personas atendidas y con profesionales del personal técnico, que, poco a poco, se convirtieron en participantes de la investigación. Se utilizaron diferentes instrumentos de investigación, como dinámicas conversacionales, reflexiones autobiográficas y ejercicios escritos. Todos los instrumentos fueron dirigidos a favorecer momentos dialógicos que permitieran el enfoque de temas importantes para el estudio. Los resultados de la investigación se presentan en tres ejes temáticos: (1) Nueva institucionalización y subjetividad: barreras para ir más allá; (2) El caso de Sebastião; (3) Educación permanente, salud mental y ética del sujeto: el trabajo con el equipo profesional. Los resultados muestran que las configuraciones subjetivas de los trastornos mentales se constituyen por la organización de sentidos subjetivos generados a partir de diferentes procesos de vida, que no coinciden necesariamente con la aparición de los síntomas comportamentales – lo que requiere una mirada que va más allá de la centralidad del psicodiagnóstico y de las prácticas medicalizantes, característica del marco de la nueva institucionalización. En este sentido, prácticas educativas centradas en el desarrollo subjetivo del otro implica relaciones dialógicas que provoquen el favorecimiento de su protagonismo. El énfasis en el carácter generador del otro y en el favorecimiento de su integración singular al complejo contexto de la vida social, teniendo en cuenta su capacidad de acción y ruptura, es el núcleo que subyace a un trabajo marcado por una ética del sujeto en el campo de la salud mental. De esta manera, una práctica emancipatoria nunca está elaborada por un discurso anterior a la acción en la que emerge, pues en realidad se remite a las condiciones singulares y complejas de emergencia de sujetos, que trascienden cualquier supuesto laguna entre salud mental, educación y cultura. |
metadata.dc.description.unidade: | Faculdade de Educação (FE) |
Descripción : | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2017. |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Educação |
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Aparece en las colecciones: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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