http://repositorio.unb.br/handle/10482/24148
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2016_StephanieKarenWardMaia.pdf | 4,5 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Magmatismo e evolução metamórfica do complexo Anápolis-Itauçu na região de Damolândia, GO |
Autor(es): | Maia, Stephanie Karen Ward |
Orientador(es): | Della Giustina, Maria Emilia Schutesky |
Assunto: | Magmatismo Estratigrafia (Geologia) Evolução geológica Mineralogia - Goiás (Estado) |
Data de publicação: | 17-Ago-2017 |
Data de defesa: | 12-Set-2016 |
Referência: | MAIA, Stephanie Karen Ward. Magmatismo e evolução metamórfica do complexo Anápolis-Itauçu na região de Damolândia, GO. 2016. [113] f., il. Dissertação (Mestrado em Geologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2016. |
Resumo: | O Complexo de Damolândia (CD) está inserido no contexto geológico do extensivo magmatismo máficoultramáfico observado no Complexo Anápolis-Itauçu (CAI). O CD já foi anteriormente descrito e o presente trabalho tem como objetivo principal a descrição e caracterização ígnea e metamórfica detalhada do CD. O CD ocorre como um corpo máfico-ultramáfico acamadado pobremente exposto, com cerca de 15 km2 e trend EW. Amostras obtidas em furo de sondagem (FSDM07) revelam tanto textura quanto mineralogia ígnea primária preservadas no CD e metamorfismo heterogêneo superimposto, mais evidente nos protólitos máficos. A estratigrafia do CD consiste na Zona Ultramáfica ocupando posição central encapsulada pela Zona Máfica de Base e de Topo. As rochas ultramáficas são compostas predominantemente por intercalação de olivina ortopiroxenito (cumulatos de Ol + Opx), ortopiroxenito (cumulatos de Opx + Cpx + Ol) e harzburgito (cumulatos de Ol + Chr ± Opx). As rochas máficas são compostas principalmente por gabro (cumulatos de Opx + Cpx e Plg intresticial), norito (cumulatos de Opx ± Cpx e Plg intersticial) e gabronorito tardio (Opx + Cpx + Bt + Plg granoblásticos). O gabronorito tardio representa a rocha mais fracionada do CD no qual o metamorfismo superimposto do CD é mais evidente e contém ilmenita e zircão como importantes fases acessórias. Sulfetos disseminados são observados ao longo de todo o CD, tanto nas porções com as texturas e mineralogias ígneas primárias preservadas quanto nas porções recristalizadas e apresentam mineralogia consistente com cristalização a partir de solução sólida sulfetada homogênea (Monosulfide Solid Solution - MSS) típica. A principal fase sulfetada é pirrotita e de maneira secundária calcopirita e pirita, ocorrendo principalmente como inclusões e pentlandita como exsoluções em pirrotita. Poucos grãos isolados de calcopirita e pirita são observados, normalmente anédricos e nas porções recristalizadas, enquanto que pentlandita ocorre exclusivamente como exsoluções (flames) em pirrotita, não tendo sido observados grãos bem formados. A pirita é interpretada como sendo produto da recristalização, já que não é fase sulfetada comum à mineralogia MSS típica observada. Os sulfetos são mais notavelmente observados no piroxenito e norito transicional entre a Zona Ultramáfica e a Zona Máfica. Óxidos, cromita e ilmenita, também ocorrem disseminados ao longo do CD. Cromita é mais restrita ao harzburgito da Zona Ultramáfica enquanto que ilmenita é mais abundante no gabronorito tardio da Zona Máfica. Variação nos teores composicionais dos cúmulus de Ol nas rochas ultramáficas (Fo82-89) suporta a interpretação de magma parental primitivo para o CD. O modelamento geotermobarométrico feito para um granulito regional observado em contato com o CD revela que o metamorfismo alcançou condições de temperatura ultra-alta (UHT) pontualmente em relação ao CD, o que já havia sido descrito anteriormente para outras regiões do CAI. O granada-hedembergita granulito, descrito e modelado no presente estudo, com temperatura e pressão de ~940 °C e 9,6 kbar, respectivamente, é interpretado como sendo resultado de metamorfismo UHT, provalvelmente em função de acréscimo de calor fornecido pela intrusão máfico-ultramáfica do magma que gerou o CD. Datações anteriores revelam idades de, ~670 Ma, interpretadas como sendo referente à cristalização dessas rochas. Tais idades revelamse mais antigas do que previamente estabelecido para a Suíte Americano do Brasil (~630 Ma) e, consequentemente, o CD representa um episódio magmático anterior na Faixa Brasília, associado no espaço e no tempo ao metamorfismo de alto grau do CAI. |
Abstract: | The Damolândia Complex (DC) occurs within the geological context of the extensive mafic ultramafic magmatism observed in the Anápolis-Itauçu Complex (AIC). The DC has already been previously described and the goal of the present work is the detailed igneous and metamorphic description and characterization of the DC. The DC is as a layered mafic ultramafic poorly exposed body with aproximately 15 km2 and a EW trend. A drill hole (FSDM07) reveals that the primary igneous texture and mineralogy are preserved in the DC with a heterogeneous superimposed metamorphism, significantly more evident in the recristalized portions of the rocks and in the late gabronorite. The DC stratigraphy consists of a Ultramafic Zone in the center rocks encapculated by the Mafic Zone. The ultramafic rocks are composed predominantly by interlayered olivine orthopyroxenite (Ol + Opx cumulates), orthpyroxenite (Opx + Cpx + Ol cumulates) and harzburgite (Ol + Chr ± Opx cumulates). The mafic rocks are composed predominantly by gabro (Opx + Cpx cumulates + Plg intercumulates), norite (Opx + Cpx cumulates + Plg intercumulates) and late stage gabronorite (granoblastic Opx + Cpx + Bt + Plg). The late stage gabronorite represents the most fraccionated rocks in the DC where the superimposed metamorphism in the DC is more pronounced and contain ilmenite and zircon as important acessory phases. Sulfides occur disseminated throughout the DC and are characterized by a typical Monosulfide Solid Solution (MSS) mineral association. The main sulfide phase observed is pirrotite with calcopirite, pentlandite and pirite ocurring mainly as exsolutions and inclusions in the pirrotite grains. Few isolated grains of calcopyrite and pyrite are observed throughout the Complex and occur generally as small rounded grains in the recrystalized portion of the rocks, while pentlandite occurs exclusively as exsolutions (flames) in pirrotites and no well formed isolated grains were observed. The pyrite is interpreted as being a product of recrystalization, since it is not a common sulfide phase observed in MSS. The sulfides are more notably observed in transitional ortopyrxenite and norite from the Ultramafic Zone to the Mafic Zone. Oxides also occur disseminated throughout the DC, more noticeably chromite and ilmenite. Chromite is more abundante in harzburgite from the Ultramafic Zone while ilmenite is more abundant in the late stage gabronorite from the Mafic Zone. Variation in the compositional values of cumulus Ol in the ultramafic rocks (Fo82-89) supports the interpretation of a primitive parental magma for the DC. The geothermobarometric modeling conducted for one of the regional granulites in contact with the DC reveals that the superimposed metamorphism reached ultahigh temperature (UHT) conditions in certain portions of the AIC, which has already been previously described for the AIC. The garnet-hedembergite granulite, described in the present study, yelded temperature and pressures of ~940 °C and 9,6 kbar, respectively and is interpreted as resulting from metamorphism that reached UHT conditions, probably as a result from the ascension of the magma that generated the DC. Ages of ~670 Ma previously published for the DC were interpreted as the cristalization age for these rocks and when it is compared to the age published for the Americano do Brasil Complex, it is possible to imagine that the DC was generated during a previous/concomitant moment to the third magmatic episode described for the Arenóplis Magmatic Arc, during the final stages of generation of the Brasília Belt. |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Geociências (IG) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2016. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Geologia |
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DOI: | http://dx.doi.org/10.26512/2016.09.D.24148 |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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