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Título: Construindo uma cultura de paz : a abordagem gestáltica como um instrumento
Autor(es): Fittipaldi, Adriana Quintas
Orientador(es): Ribeiro, Jorge Ponciano
Assunto: Cultura de paz
Gestalt-terapia
Agressão
Conflitos e confrontos
Psicologia clínica
Data de publicação: 14-Jan-2010
Referência: FITTIPALDI, Adriana Quintas. Construindo uma cultura de paz: a abordagem gestáltica como um instrumento. 2007. 114 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia)-Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília, Brasília, 2007.
Resumo: A construção de uma cultura de paz constitui, na realidade atual, não apenas uma opção pautada na ética, mas uma necessidade diante da ameaça violenta à sobrevivência humana. Essa tarefa configura-se como um esforço conjunto que requer a participação de todos em razão de sua abrangência. O objetivo geral do presente trabalho é trazer a voz da psicologia clínica, por meio da abordagem gestáltica, para contribuir na construção de uma cultura de paz. A partir de um diálogo entre os referenciais filosóficos, teóricos, metodológicos e éticos da Gestalt-Terapia e a proposta de construir uma cultura de paz, apontou-se a abordagem gestáltica como um instrumento. Ressaltou-se a perspectiva filosófica humanista e existencialista da Gestalt-Terapia, que enfatiza o valor da vida, sua liberdade e diversidade. Teoricamente, foram percorridos alguns conceitos-chave que caracterizam a visão holística e a ênfase na natureza interdependente e criativa do organismo-ambiente: contato, fronteira de contato, awareness, campo, ajustamento criativo, agressão, conflito e auto-regulação organísmica. Em seguida, discutiu-se sua articulação com a meta pacífica. A partir da abordagem gestáltica, apontou-se que a manifestação saudável da agressão e a resolução de conflitos favorecem a construção de uma cultura de paz. A percepção desses construtos como aspectos naturais e necessários para o fluxo da vida opõe-se à visão tradicional que os atrela à violência. Considerando essa premissa, foram problematizados os conceitos de paz positiva e paz negativa. Finalmente, identificamos o exercício prático da Gestalt-Terapia, fundamentado numa atitude fenomenológica, como uma vivência que ocorre na paz e para a paz. Nesse contexto, consideramos que a relação terapêutica na abordagem gestáltica pode ser interpretada como uma pedagogia para relacionar-se em paz. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT
The construction of a culture of peace constitutes in the current situation not only an option based on ethics, but also a necessity in the presence of the violent threat of the human survival. This task requests a joint effort from all, due to its vast extent. The present study intends to bring the voice of clinical psychology, through the gestalt approach, to contribute to the construction of a culture of peace. Considering the dialogue between the philosophical, theoretical, methodological and ethical fundamentals of Gestalt therapy and the proposal of constructing a culture of peace, the gestalt approach was pointed as an instrument. The philosophical perspective, humanistic and existentialist, of Gestalt therapy was emphasized. Theoretically, some key-concepts which characterize the holistic vision, as well as the emphasis in the creative and interdependent nature of the organism-environment were covered: contact, contact boundary, awareness, field, creative adjustment, aggression, conflict and organismic self-regulation. In the following, the discussion of their connections with the goal of constructing a culture of peace took place. Based on the gestalt approach, the healthy manifestation of aggression and conflict resolution were pointed as contributors to the construction of a culture of peace. The perception of these concepts as natural and necessary for the flow of life is opposed to the traditional vision that connects them to violence. Taking into account this understanding, the concepts of positive peace and negative peace were discussed. Finally, the practical exercise of Gestalt therapy, which is based on a phenomenological attitude, was viewed as an experience that manifests itself in peace and for peace. In this context, the therapeutic relationship in the gestalt approach can be interpreted as a pedagogy on how to relate in peace.
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, 2007.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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