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Título: Paisagens atravessadas : projeto, experiência e cotidiano na Estrada Parque Taguatinga em Brasília
Autor(es): Silva, Sued Ferreira da
Orientador(es): Cruz, Luciana Sabóia Fonseca
Assunto: Paisagens
Paisagismo - Brasília (DF)
Paisagem urbana
Estrada Parque Taguatinga (EPTG)
Data de publicação: 21-Set-2018
Referência: SILVA, Sued Ferreira da. Paisagens atravessadas: projeto, experiência e cotidiano na Estrada Parque Taguatinga em Brasília. 2018. 292 f., il. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Resumo: Desde sua inauguração, em 21 de abril de 1961, a Estrada Parque Taguatinga é notícia constante nas mídias da Capital Federal. Congestionamentos, acidentes, reformas, máquinas, operações de fiscalização encabeçam as notícias e o cotidiano daqueles que a percorrem de uma ponta a outra da cidade. Concebida como instrumento de expansão urbana, para viabilizar a implantação do modelo de cidades-satélites, tornou-se o primeiro eixo de ligação entre o Plano Piloto e Taguatinga. A Estrada expressa as lógicas conflituosas de ocupação do território de Brasília, seja por decisão política de adensamento de suas margens, marcada por uma seletividade socioespacial e preocupações higienistas, ou pelos inúmeros assentamentos irregulares que se aproveitaram de sua acessibilidade e infraestrutura. Tudo isso veio configurar uma paisagem heterogênea, fragmentada e distante morfologicamente e simbolicamente do conceito que a inspirou, as parkways de Olmsted e Vaux. De estrada-parque voltada para a experiência estética da viagem, conciliando natureza e tecnologia, hoje, é sinônimo de lentidão, sublimidade e incertezas, ainda que suas superfícies tenham sido ampliadas para suportar fluxos ininterruptos, sob determinações rodoviaristas. A fim de identificar os sentidos que lhe são atribuídos, esta investigação propõe abordar a Estrada Parque Taguatinga como componente narrativo, objeto paisagístico capaz de evocar significações estéticas e experiência de atravessamento. À luz da Fenomenologia da Paisagem, foi tecida uma historiografia do território atravessado e os processos que levaram a suas intensas transformações, a partir de fontes de documentação primária – textual, iconográfica e cartográfica -, incluindo matérias jornalísticas e revistas históricas sobre a construção de Brasília. Partindo de uma apreensão do todo, mergulhou-se na realidade factual da estrada, vivenciando-a em movimento, em distintos itinerários e meios de transporte – automóvel, ônibus, metrô e a pé. Assim, o olhar pela janela, a imersão na estrada ou sobre uma passarela tornaram-se chaves de leitura que indicaram os sentidos, associações simbólicas e relações de proximidade ou de distanciamento estabelecidos com a paisagem imediata.
Abstract: Since it’s inauguration in 21th April 1961 the Taguatinga Parkway (EPTG) is constantly news in the Brazilian Federal Capital. Traffic jams, accidents, renovations, inspection operations are headlines for papers and daily life for those crossing the city. Created as an instrument for urban expansion, to make feasible a model of satellite cities, it became the first connection axis between Plano Piloto and Taguatinga. The road expresses the conflicting logic of territory occupation in Brasília, one side by the political decision to densify its margins known for social selectivity and hygienist concerns, the other by its many irregular settlements making use of infrastructure and localization. All of that characterizes an heterogeneous landscape, fragmented, distanced morphologically and symbolically from the concept it was inspired by, the parkways of Olmsted and Vaux. From a parkway concerned with an aesthetic experience of travel, balancing nature and technology, today, the road is synonym with slowness, sublimity and uncertainty, even if enlarged to support uninterrupted flows. With the aim to identify the meanings attributed to it, this investigation proposes approaching the Taguatinga Parkway as a narrative component, a landscape object capable of evoking aesthetical meaning and movement experience. In the light of Landscape Phenomenology, a historiography was woven from the crossed territory and the processes of its intense transformation from primary documentational sources – textual, iconographic and cartographic –, including paper and magazine articles about the construction of Brasília. Going forward with a vision of the whole, a dive in the factual reality of the road, movement experience in its daily itineraries and means of transportation – car, bus, metro and on foot. The gaze through the window, the immersion in the road or over a footbridge became key readings indicating the senses, symbolic associations and relation to proximity and distance established with the immediate landscape.
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, 2018.
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Agência financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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