Currículo em movimento : reflexões de professores sobre criticidade e autonomia

Abstract

Quando o Curriculo em Movimento da Educação Básica do Distrito Federal foi apresentado ao Centros de Língua do Distrito Federal, ficava patente a necessidade de se refletir sobre a forma como as aulas eram ministradas. Ancorado em pressupostos da Teoria Crítica, o novo currículo propunha a formação do cidadão autônomo e crítico. Esses termos, no entanto, não se apresentam claros no documento, permitindo uma série de interpretações. Dessa forma, o presente trabalho objetivo investigar o entendimento de professores de língua estrangeira acerca dos construtos autonomia (por ex. BENSON,1996,1997,2013; LITTLE, 1991,2005; LITTLEWOOD,1996) e criticidade (por ex. IRA SHOR,1994; JORDÃO,2013; JORDÃO e FOGAÇA,2007; WALTERS,1994) para, então, averiguar o impacto que tais percepções têm na prática desses profissionais. Para tanto, conduziu-se uma pesquisa, de cunho etnográfico (FETTERMAN,2008; WATSON-GEGEO, 1997), em um Centro de Línguas, escolas públicas do Distrito Federal voltadas para o ensino de idiomas, que pilotou o novo currículo. Observações de sala de aula, registradas em notas de campo, além de entrevistas audiogravadas com os professores participantes, foram os instrumentos de coleta dados escolhidos. A triangulação dos dados (FLICK,2009; DENZIN,1978) sugere que os profissionais ainda apresentam dificuldades, mas se mostram abertos às mudanças propostas pelo documento.