http://repositorio.unb.br/handle/10482/35330
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2019_GregoryWagnerNunesCarneirodeOliveira.pdf | 675,36 kB | Adobe PDF | View/Open |
Title: | Lógica da justificação normativa : interpretações e aplicações filosóficas |
Authors: | Carneiro, Gregory Wagner Nunes |
Orientador(es):: | Costa-Leite, Alexandre |
Assunto:: | Lógica deôntica Lógica Filosofia moral Ética - filosofia |
Issue Date: | 22-Aug-2019 |
Data de defesa:: | 26-Feb-2019 |
Citation: | CARNEIRO, Gregory Wagner Nunes. Lógica da justificação normativa: interpretações e aplicações filosóficas. 2019. 94 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019. |
Abstract: | O lógico pode executar seu trabalho basicamente de três maneiras não independentes: analisar lógica como um assunto em si; investigar a filosofia que envolve os conceitos lógicos; e, finalmente, usar lógica como uma ferramenta para fazer filosofia. Nesta terceira maneira de fazer lógica, nosso objetivo neste trabalho foi mostrar como a lógica dos conceitos éticos (no sentido holista) poderia se beneficiar de uma combinação envolvendo lógica deôntica e lógicas da justificação. Considerando as diversas teorias normativas formais na literatura, não foi difícil concluir que a lógica deôntica é o mais perto que se pode chegar de uma lógica do discurso ético, o que levanta diversas questões. Mesmo nas mais avançadas apresentações da lógica deôntica, não se vê mais que operadores deônticos (obrigatório que..., permitido que...) e uma porção de recursos para descrever fatos/ações. Isto nos levou a questionar: haveria uma maneira filosófica de fazer operadores deônticos mais “normativos”? A questão estabelece a missão de achar um novo conceito na filosofia moral para uso formal. Interessante notar que a maioria dos artigos e livros de ética, além dos conhecidos conceitos como “bom”, “mal”, “moral”, “dever”, usa da noção de justificação em inúmeras oportunidades. Justificação, por exemplo, é um sinal de aprovação tanto quanto qualquer outro termo moral. Da mesma maneira, podemos dizer de obrigações e permissões que são justificadas, o que faz o discurso lógico formal não apenas sobre ações, mas sobre normas de um dado sistema. As duas “justificações”, de ações e da modalidade, poderiam fazer o debate ético muito mais preciso do que usar qualquer outro termo axiológico (mal, bem) por uma simples razão: a existência das lógicas da justificação, criadas por Sergei Artemov. No aspecto semântico e sintático, quase todos os sistemas de Artemov provaram ser bem sucedidos para a ética e metaética apenas com uma adaptação: a troca da leitura de “j é uma justificação para A” por “j é uma justificação ética para a ação A”. Mesmo com o sucesso relativo desta abordagem informal e primitiva, apenas com uma combinação fomos capazes de tratar aspectos mais relevantes da metaética. Neste trabalho, por fim, desenvolvemos combinações entre lógica deôntica e lógica da justificação, chamadas de Lógicas da Justificação Normativa (LJN), que se mostraram diferentes de outras combinações normativas. Capazes de mudar o objeto da fórmulas justificacionais, LJN clarificou conceitos em ética normativa e metaética, algo ainda não executado em lógica de conceitos éticos. Além disso, LJN foi capaz de lidar com alguns problemas marcantes em lógica deôntica, como o paradoxo de Ross e o problema de expressividade das obrigações prima facie e all-things-considered. Considerando que justificação sempre foi conceito melhor empregado em questões epistemológicas (desde Platão), duas inovações primordiais pode ser reputadas à LJN: primeiro, é lógica capaz de mapear o discurso ético em seu sentido lato, incluindo a metaética; e, no escopo da metafilosofia, LJN poderia clarificar a conexão entre ética e epistemologia, apenas rapidamente sugerida por autores como Roderick Chisholm. |
Abstract: | The logician can perform his job basically in three not totally independent ways: analyzing logic as a pure matter; investigating the philosophy involved in the logical concepts; and, finally, using logics as a tool in order to make philosophy. In this third way of performing logic, our goal was to show how the logic about the ethical concepts (in holistic sense) could be beneficiated with a combination involving deontic logic and logics of justification. Taking in consideration formal normative theories and its literature, it was not hard to conclude that the deontic logic is the closer one can get to have a logic of ethical discourse, what brought a lot of problems to the table. Even in the more advanced forms of presentation of deontic logics, we could not see more than deontic operators (obligatory that. . . , permitted that. . . ) and a bunch of resources to talk about facts/actions. This led us to think: Is there a philosophical way to make the deontic operators more “normative”? This question sets the task of searching for a new concept in moral philosophy for a formal use. It was interesting to note that most of ethics articles and books, aside the usual ethical concepts like “good”, “bad”, “moral”, “duty”, use the notion of justification in several opportunities. Justification, for example, is used as a sigh of approval as much as any other moral word. We can also say that certain kind of obligation or permission is justified or not justified somehow. That could make the justificational logical discourse not about the action itself, but about norms of a normative system. Both “justifications” of an action and of a modality could make the ethical debate much more accurate than using other axiological terms (bad, good) for a single reason: the existence of the logics of justification, created by Artemov. In the semantical and syntactical field, almost all the Artemov’s systems proved to be fruitful for both ethics and metaethics just by the implementation of a reading adaptation: the exchange the reading “j is a justification for A” for “j is a (ethical) justification for the action A”. Despite the relative success in this informal and primitive approach, only with a combination we were able to treat the more relevant aspects of metaethics. In this work, we developed combinations between deontic logic and logic of justification, now called the Logics of Normative Justification (LNJ), that proved to be different of the others normative combinations. Able to really change the object of the justification formulas, LNJ shed some light in normative ethics and metaethics, something unusual in the logic of ethics concepts. Furthermore, LNJ were able to deal with some internal problems in deontic logic, like the Ross paradox and the expressivity of prima facie and all-things-considered obligations. Considering that justification was a concept better used in epistemological issues (since Plato), two major innovation could be awarded to LNJ: first, it is a logic capable of mapping the ethical discourse in its broad sense, including metaethics; and, metaphilosophically speaking, the LNJ could bring a more clear philosophical connection between ethics and epistemology, only briefly suggested by authors like Roderick Chisholm. |
metadata.dc.description.unidade: | Instituto de Ciências Humanas (ICH) Departamento de Filosofia (ICH FIL) |
Description: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília,Instituto de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, 2019. |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
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Appears in Collections: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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