Reforço à flexão de vigas “T” de concreto armado através da inserção de compósitos de FRP no concreto de cobrimento

Abstract

São analisadas experimentalmente 08 (oito) vigas “T” de concreto armado, simplesmente apoiadas, submetidas a duas cargas concentradas, sendo 02 (duas) vigas de referencia e 06 (seis) vigas reforçadas à flexão com compósitos poliméricos reforçados por fibras inseridos no concreto de cobrimento, com o objetivo de avaliar a eficacia deste tipo de reforço. As vigas têm comprimento de 4400 mm, com alma de 150 x 300 mm e mesa de 550 x 100 mm, e as principais variáveis consideradas são a taxa de armadura e o tipo de compósito, barra de fibra de carbono, barras de fibra de vidro ou tiras de laminados de fibra de carbono. As vigas foram divididas em dois grupos, conforme a taxa de armadura longitudinal de aço (p). O grupo A, com p igual a 0,63%, era composto por uma viga de referência e três vigas reforçadas. O grupo B, com p igual a 1,57%, era composto por uma viga de referencia e três vigas reforçadas. Das três vigas reforçadas cada uma tinha o seguinte tipo de reforço: 01 (uma) barra de 10 mm de fibra de carbono (CFRP), 02 (duas) barras de 12,7 mm de fibra de vidro (GFRP) e 03 (tres) tiras de laminado de fibra de carbono (CFRP) de 2 x 16 mm. Os compósitos de FRP foram inseridos em entalhes previamente executados na face inferior das vigas e colados com resina epoxídica. São apresentados e analisados resultados de carga última, fissuração, deslocamento vertical, deformação do concreto, da armadura e do compósito de FRP. Os resultados são comparados com os estimados para estruturas reforçadas com compósitos de FRP. De acordo com os ensaios realizados, constatou-se que o reforço à flexão de vigas “T” de concreto armado utilizando compósitos de FRP inseridos no concreto de cobrimento e eficiente, quanto ao acréscimo de resistência, mobilizando boa parte da resistência última do compósito. No grupo A, o reforço com uma barra de CFRP foi mais eficiente, e no grupo B, o reforço com três tiras de laminado foi mais eficiente, visto que esses dois tipos de reforço conseguiram compatibilizar acréscimo de resistência, aumento de rigidez em relação à viga de referência e maior ductilidade em relação às outras vigas reforçadas.