Avaliação da influência de juntas entre o material de reparo e o concreto antigo com relação à proteção da armadura

Abstract

Atualmente, é crescente a preocupação com relação ao emprego de técnicas e materiais de reparo que proporcionem uma considerável vida útil à estrutura. Diante desse fato, os materiais de reparo, bem como a região de interface entre o concreto antigo e o reparo, são assuntos importantes a serem pesquisados. O objetivo do presente trabalho é estudar o comportamento de vários materiais usados como pontes de união entre o substrato de concreto e o material de reparo, com relação à proteção das armaduras frente à penetração de cloretos, utilizando técnicas eletroquímicas para análise de parâmetros. Diversas argamassas aplicadas à junta e também utilizadas como materiais de reparo foram analisadas através de ensaios de consistência e trabalhabilidade. absorção e resistência à compressão. Foi estudada a influência da retração e fissuração. bem como do cobrimento das armaduras, frente à penetração de cloretos em corpos de prova reparados. A técnica eletroquímica de Resistência de Polarização foi empregada para determinar as intensidades de corrosão das armaduras inseridas em corpos de prova submetidos ã penetração de cloretos através da interface. Além disso, foi executado um ensaio de variação de temperatura, para analisar a propagação da corrosão nas armaduras e possíveis alterações de fissuras na interface. Os materiais analisados neste trabalho foram: argamassas à base de cimento com e sem adições de sílica ativa, argamassa à base de látex estireno-butadieno. Argamassa à base de cimento e fibras e um adesivo epóxi. A metodologia utilizada permitiu avaliar que os materiais utilizados como ponte de união apresentaram um baixo desempenho quanto à proteção das armaduras, mesmo aqueles que mostraram ter boa aderência e baixa retração na interface, como por exemplo, o adesivo epóxi e a argamassa comercial à base de cimento e fibras. Verificou-se. Também, após os ensaios de variação de temperatura, que todas as armaduras que. Antes se encontravam protegidas, iniciaram o processo de corrosão, devida à influência da temperatura na retração dos materiais, facilitando a penetração de cloretos através da interface.