http://repositorio.unb.br/handle/10482/37575
File | Description | Size | Format | |
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2019_NaraMenezesSantos.pdf | 9,51 MB | Adobe PDF | View/Open |
Title: | Movimento negro em Brasília |
Authors: | Santos, Nara Menezes |
Orientador(es):: | Castro, Vanessa Maria de |
Assunto:: | Justiça de transição História oral Ditadura militar - Brasil Questão racial Genocídio População negra |
Issue Date: | 22-Apr-2020 |
Data de defesa:: | 28-Aug-2019 |
Citation: | SANTOS, Nara Menezes. Movimento negro em Brasília: memórias da ditadura. 2019. 248 f. il. Dissertação (Mestrado em Direitos Humanos e Cidadania)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019. |
Abstract: | Esta pesquisa foi construída a partir da identificação do apagamento histórico da resistência da população negra no período da ditadura militar. Com base no marco teórico de genocídio e epistemicídio referenciado em Achille Mbembe, Ana Flauzina e Sueli Carneiro, falo de como esse apagamento não é acidental, mas é ativamente promovido pela branquitude para perpetuar-se no poder e ocultar a agência da população negra na construção da história nacional. Desde a justiça de transição, proponho uma reflexão sobre o que é considerado como Estado de exceção e que violências são compatíveis com a democracia. Utilizando a abordagem metodológica da história oral, apresento os olhares de quatro participantes de movimentos negros em Brasília sobre a militância e o período da ditadura de 1964. O software Iramuteq permitiu que se realizasse uma classificação hierárquica descendente (CHD) originada na análise lexical das entrevistas transcritas. A discussão sobre as entrevistas foi realizada segundo a organização das classes indicadas pela CHD, que apontou os seguintes eixos: família, estudos, questão racial, movimentos e imprensa. A pesquisa apontou que as conversas sobre família estão permeadas pelo assunto “morte”, evidenciando o genocídio que perpassa as experiências familiares de pessoas negras. Os estudos são um duplo lugar onde as violências acontecem mas também onde essas pessoas encontram formas de compreender a origem das violências e organizam caminhos para a resistência. Falar sobre a questão racial e as organizações em movimentos implica falar sobre luta e confronto, numa manifestação da agência dessas pessoas em se opor às estruturas racistas do Estado. A imprensa do período demonstra um interdito sobre questões raciais, exceto em coberturas pontuais de manifestações públicas. Perpetuar narrativas sobre ditadura que não falem na violência de Estado direcionada a pessoas negras e no papel desses grupos enquanto sujeitos históricos perpetua o genocídio, bem como o epistemicídio. |
Abstract: | This research was built from the identification of the historical muffling of the black population‟s resistance during the times of Military dictatorship. Based on the genocide and epistemicide‟s theoretical framework and referenced on Achille Mbembe, Ana Flauzina and Sueli Carneiro, I hereby defend that such suppression is no accident, but actively promoted by the Whiteness in order to maintain itself on a position of power and conceal the acting of the black population on constructing National history. Starting from transitional justice, I come up with a consideration about what is taken in as Exception State and which violences are compatible with democracy. By using Oral‟s History methodological approach, I present the looks of four Black Movement partakers in Brasília about militancy and 1964‟s period of dictatorship. The software Iramuteq allowed it to be made a descending hierarquical classification (DHC) originated on the lexical analysis of the transcripted interviews. The discussion about the interviews was accomplished based on the grouping of classes indicated by DHC, which pointed the following axes: family, studies, racial matter, movements and press. Research pointed out that the conversations about family are impregnated with the subject “death”, highlighting the genocide that runs through the experiences of black people. Studies are a double spot where both, violences happen but also where those people found ways to understand the origin of these violences and arrange ways to resistance. To talk about racial matter and movement organizations implies to talk about fight and confrontation, in a manifest of the acting of those people in opposing themselves to the racist structures created by the State. The press, those days, shows a banning of racial matters, except when covering isolated public manifests. Perpetuate narratives related to dictatorship that don‟t talk about State violence directed to black people and their role as historical subjects also perpetuates the genocide, as the epistemicide. |
metadata.dc.description.unidade: | Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (CEAM) |
Description: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Centro de Estudos Avançados e Multidisciplinares, Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Cidadania, 2019. |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Cidadania |
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Agência financiadora: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). |
Appears in Collections: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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