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Título: Efeitos de intervenção no campo de prevenção do HIV/ aids com adolescentes em privação de liberdade : uma análise na perspectiva da interseccionalidade
Autor(es): Santos, Lara Percílio
Orientador(es): Seidl, Eliane Maria Fleury
Coorientador(es): Santos, Altair José dos
Assunto: HIV/AIDS
AIDS (Doença) - prevenção
HIV
AIDS (Doença) - adolescentes - Brasil
Sistema socioeducativo
Sexualidade
Vulnerabilidade em saúde - diferenças raciais
Data de publicação: 21-Mai-2020
Referência: SANTOS, Lara Percílio. Efeitos de intervenção no campo de prevenção do HIV/ aids com adolescentes em privação de liberdade: uma análise na perspectiva da interseccionalidade. 2019. 85 f., il. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clinica e Cultura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Resumo: A educação em saúde com as adolescentes em privação de liberdade demanda reconhecimento da interação entre as dimensões de gênero, raça e classe, passível de resultar em distintos quadros de vulnerabilidade para os sujeitos. O Brasil é um país pior para as adolescentes pobres de raça/etnia não branca, cujos corpos, atravessados por práticas sexistas e racistas, sofrem violações de direitos com mais frequência, além de serem preferencialmente selecionadas pelo sistema socioeducativo em comparação às adolescentes brancas. A abordagem à saúde sexual e reprodutiva nesse recorte populacional é, pois, fundamental, de modo que o objetivo desta pesquisa consistiu em avaliar os efeitos de uma intervenção em grupo, no campo de prevenção do HIV/aids, para adolescentes do gênero feminino em cumprimento de medida socioeducativa de internação. A intervenção foi embasada no referencial da metodologia participativa, envolveu recursos e práticas diversificadas - como vídeos e dramatização, além da abordagem às questões de gênero. Contou com duração total de nove horas, divididas em três sessões semanais de três horas cada, e almejou fornecer informações, modificar crenças e atitudes acerca do HIV/aids, bem como promover habilidades comportamentais/sociais de negociação do uso do preservativo às adolescentes. Participaram 13 adolescentes do gênero feminino que, distribuídas em grupo experimental (GE) e grupo controle (GC), responderam ao instrumento de avaliação sobre conhecimento, crenças e atitudes sobre o sexo seguro, nos momentos préintervenção e pós-intervenção. O delineamento da pesquisa foi quase experimental e a avaliação se deu por análise de dados quantitativa e qualitativa. O GE foi composto por sete adolescentes, com média de idade de 17,5 anos, enquanto o GC foi composto por seis adolescentes, todas com 17 anos. Os principais resultados indicaram impacto positivo no GE para a variável conhecimento, com significância estatística tanto para conhecimento acerca da transmissão do HIV (p=0,014), quanto para conhecimento acerca da técnica de uso do preservativo (p=0,02); mas não houve efeito nas crenças e atitudes sobre o sexo seguro (p=0,29) que, possivelmente, demandam mais tempo de intervenção para que mudanças sejam observadas. A percepção de práticas de risco para infecção pelo HIV prevaleceu nos dois grupos, conforme a descrição das situações de risco vivenciadas em conjunto com os relatos de uso inconsistente do preservativo nas relações sexuais. As principais práticas de risco descritas pelas adolescentes consistiram na manutenção de relações sexuais sem preservativo e com pessoas desconhecidas, de relações em estado de embriaguez ou sob efeito de outras drogas, que podem ocasionar em descuido para com métodos preventivos. A intervenção se mostrou como espaço de escuta da adolescente em sua singularidade, com efeitos positivos para a variável conhecimento e com contribuições ao processo ampliado de prevenção e promoção da saúde de um público imerso em relações de vulnerabilização.
Abstract: The provision of education in health care for Brazilian adolescents undergoing youth detention [‘deprivation of liberty’, in local expression] requires the ability to recognize the interactions among dimensions such as gender, race and social class, which may lead to different forms of vulnerability. Brazil is today a worse place for poor non-white female adolescents, since their bodies are more exposed to sexist and racist practices, and to more frequent violations of rights vis-à-vis white adolescents. Non-white adolescents also undergo correctional [‘socioeducational’, in local expression] measures more frequently than white adolescents. Thus, sexual and reproductive health is an essential approach for working with this group. This study assesses the effects of a group intervention in the field of HIV/AIDS prevention among female adolescents undergoing a correctional regime. Its intervention was based on a participative methodology including diverse resources and practices, such as video presentations and roleplaying, in addition to an approach to gender issues. It encompassed a total of nine hours distributed into three weekly three-hour sessions with the adolescents, to obtain information, change beliefs and attitudes regarding HIV/AIDS, and promote behavioral/social skills in terms of negotiating the use of condoms. Thirteen female adolescents were distributed into an experimental and a control group, and filled out a rating scale about knowledge, beliefs and attitudes linked to safe sex before and after the intervention. This is a quasi-experimental research and its evaluation was carried out via both quantitative and qualitative data analyses. The experimental group consisted of seven adolescents with an average age of 17.5 years old, whereas the control group included six adolescents, all of them aged 17 years old. The results point at a positive impact on the experimental group as to the knowledge-variable, with a considerable statistical significance in terms of knowledge about HIV transmission (p=0.014) and condom use (p=0.02). No effects were observed in the adolescents’ beliefs and attitudes regarding safe sex (p=0.29) – which would possibly require a longer time of intervention to be noticeable. The perception of risk behaviors linked to HIV exposure and infection prevailed in both groups, with descriptions of risk behaviors in addition to the participants’ accounts about the inconsistent use of condoms in sexual relations. The main risk behaviors described by them were sex without condoms with unknown persons, and sex while drunk or intoxicated, which could lapse into unprotected relations. The intervention became a space of listening for the adolescents and their singularities, with positive effects for the knowledge-variable and health care contributions in terms of increased prevention and promotion among a target group deeply immersed in vulnerable relations.
Unidade Acadêmica: Instituto de Psicologia (IP)
Departamento de Psicologia Clínica (IP PCL)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2019.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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