http://repositorio.unb.br/handle/10482/38150
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2019_VanessaPaolaAlvesSampaiodeSáFreire.pdf | 2,33 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Estudo da expressão de PPARs em células de microglia (BV-2) infectadas pelas linhagens asiática e africana do vírus Zika |
Autor(es): | Freire, Vanessa Paola Alves Sampaio de Sá |
Orientador(es): | Argañaraz, Enrique Roberto |
Assunto: | Zika vírus Microglia Neuroinflamações |
Data de defesa: | 2-Dez-2019 |
Referência: | FREIRE, Vanessa Paola Alves Sampaio de Sá. Estudo da expressão de PPARs em células de microglia (BV-2) infectadas pelas linhagens asiática e africana do vírus Zika. 2019. 99 f., il. Dissertação (Mestrado em Patologia Molecular)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019. |
Resumo: | Nos últimos anos, o surgimento, ou ressurgimento, de diferentes arboviroses gerou um alerta global. Diferente da infecção causada por outros flavivírus, a infecção pelo ZIKV pode ocasionar alterações neurológicas, tais como malformações cerebrais em crianças de mães infectadas durante a gravidez, conhecidas como síndrome congênita do Zika (SCZ). Também foram relatadas outras alterações neurológicas, como a síndrome de Guillain- Barré. A microcefalia é uma desordem de células progenitoras neurais (CPN) desencadeada pelo isolado brasileiro (ZIKVPE243), a qual pode atravessar a placenta e induzir neuroinflamação e ativação microglial. O isolado africano (ZIKVMR766) também mostrou ser capaz de infectar células-tronco humanas pluripotentes in vitro e induzir a morte celular por apoptose, entretanto, não foram relatados casos de CSZ associados a esta linhagem. Estes dados, junto com as poucas informações disponíveis a respeito dos mecanismos neuroinflamatórios desencadeados por infecções virais, nos levaram a avaliar a possível relevância fisiológica dos receptores ativados por proliferadores peroxissomais (PPARs) na resposta inflamatória após infecção de células da microglia-BV2 com as linhagens africana e asiática do vírus Zika. Em um primeiro momento foi possível observar que os isolados ZIKVMR766 e ZIKVPE243 são capazes de infectar células da micróglia da linhagem BV2 e produzir partículas virais infecciosas, embora em níveis menores que os descritos para outros tipos celulares e não induzir efeitos citopatogênicos. Por outro lado, ambas os isolados induziram a expressão dos marcadores de ativação Iba1, CD68, enquanto a expressão do MHC-II foi induzida apenas pelo ZIKVMR766. A infecção pelo ZIKV mostrou induzir a expressão de PPARγ nas células BV2, sendo claramente superiores em células infectas pelo isolado brasileiro, no entanto as células não apresentaram expressão de PPARα. De modo geral, as células infectadas pelo isolado africano apresentaram maiores níveis de expressão das citocinas pró-inflamatórias IL-6 e TNF-α. O tratamento com Rosiglitazona evidenciou a participação do PPARγ na modulação destas citocinas. Os níveis de expressão dos miRNAs 146a e 124 se correlacionam de foram geral com os níveis de expressão de PPARγ, e com os das citocinas inflamatórias e anti-inflamatórias, além de se correlacionar com seu alvo, a proteína TRAF6, um importante mediador inflamatório. Esperamos que as diferenças observadas entre as duas linhagens do ZIKV nos auxiliem, numa etapa posterior, a esclarecer os mecanismos moleculares envolvidas na doença ou proteção, virulência, tropismo tecidual, patologia, e evasão imune. |
Abstract: | Recently, the emergence or resurgence of different arboviruses has generated a global alert. Unlike infection caused by other flaviviruses, ZIKV infection can cause neurological alterations, such as brain malformations in children of mothers infected during pregnancy, related to as Congenital Zika Syndrome (SCZ). Other neurological changes, such as Guillain-Barré syndrome, have also been reported. Microcephaly is a neural progenitor (NSC) disorder triggered by the Brazilian isolate (ZIKVPE243), which can cross the placenta and induce neuroinfection and microglial injury. The African isolate (ZIKVMR766) was also shown to be capable of infecting pluripotent human stem cells in vitro, inducing apoptotic cell death, however, this strain is not related to the associated CSZ cases. These data, together with limited information available regarding the neuroinflammatory mechanisms triggered by viral infections, lead us to assess a possible physiological relevance of peroxisome proliferator-activated receptors (PPARs), in the inflammatory response following microglia- BV2 cell infection by both isolates, African and Brazilian. At first glance, it was possible to observe that ZIKVMR766 and ZIKVPE243 are capable of infect BV2 lineage cells and produce infectious viral particles, besides the fact that they do not induce cytopathic effects, and that the viral production occurs at lower levels compared to other cell lineages described. On the other hand, both isolates triggered the expression of the activation markers Iba1, CD68, while MHC-II expression were induced only by ZIKVMR766. ZIKV infection induced PPARγ expression in BV2 cells, being clearly higher in cells infected by the Brazilian isolate, however PPARα was not expressed. Overall, cells infected by the African isolate showed higher levels of proinflammatory cytokines IL-6 and TNF-α. Furthermore, Rosiglitazone treatment evidenced PPARγ participation in the modulation of these cytokines. The expression levels of miRNAs 146a and 124 correlates broadly with the expression levels of PPARγ, and with those of inflammatory and anti-inflammatory cytokines. Those miRNAs levels are also correlated with their target protein, TRAF6, an important inflammatory mediator. We hope that the differences observed between the two ZIKV isolates help us, at a later stage, to clarify the molecular mechanisms involved in disease or protection, virulence, tissue tropism, pathology, and immune evasion. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Medicina (FMD) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Patologia Molecular, 2019. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Patologia Molecular |
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