Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Bin, Daniel | - |
dc.contributor.author | Castro, Luís Felipe Perdigão de | - |
dc.date.accessioned | 2020-06-29T23:01:38Z | - |
dc.date.available | 2020-06-29T23:01:38Z | - |
dc.date.issued | 2020-06-29 | - |
dc.date.submitted | 2019-12-16 | - |
dc.identifier.citation | CASTRO, Luís Felipe Perdigão de. Conflitos por terra no Brasil e na Colômbia: mecanismos de apropriação privada e os camponeses como sujeitos coletivos de direito. 2019. 415 f., il. Tese (Doutorado em Ciências Sociais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unb.br/handle/10482/38440 | - |
dc.description | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas, Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados sobre as Américas, 2019. | pt_BR |
dc.description.abstract | A América Latina vivenciou, em diferentes tempos e formas, mecanismos de apropriação privada
de terras, que geraram conflitos históricos, transversais à busca do campesinato por direitos, na
Colômbia e no Brasil. Nesse cenário, a pergunta de pesquisa indaga sobre quais são os
fundamentos sócio-históricos da apropriação privada de terras e como se explicitam nas lutas
camponesas. Em outras palavras, como os elementos de apropriação privada estão presentes
no resgate histórico-sociológico e como aparecem nas falas dos camponeses entrevistados. A
hipótese é de que, dentro do que pensam e do que viveram, existam relações de continuidade
histórica das apropriações privadas e, consequentemente, das resistências do campesinato. A
continuidade, como expressão da colonialidade, existiria mesmo em se tratando de países que
passaram por lutas sociais com dinâmicas agrárias específicas (a exemplo do processo colonial,
da formação do campesinato e das manifestações de conflitos). Tanto o problema, quanto a
hipótese se relacionam com a diversidade constitutiva do campesinato, portador de um modo de
vida (SHANIN, 2005), cujas identidades sociais são forjadas em meio ao conflito. O conflito, neste
trabalho, é noção central. É a chave de leitura para entender as percepções camponesas e como
as batalhas em torno da despossessão são travadas em uma variedade de escalas, que
envolvem a resistência camponesa e a atuação dos agentes estatais e privados. O objetivo é
analisar os fundamentos sócio-históricos da apropriação privada de terras, na perspectiva de
conflitos que nasceram e se desdobraram transversalmente a lutas sociais no Brasil e na
Colômbia. Além disso, revisar aspectos históricos mais gerais (colonialismo, colonialidade e a
formação do campesinato), discutindo os marcos teóricos sobre a apropriação e conflito por
terras nos dois países. Mais especificamente, objetiva-se analisar e refletir sobre os mecanismos
de apropriação privada, com base nas percepções dos entrevistados. Do ponto de vista
metodológico, não se intenta uma análise do discurso, nem das narrativas, mas tão somente
interpretar como o resgate histórico-sociológico reaparece nas falas, através de estudo
qualitativo, baseado em quarenta entrevistas semiestruturadas com lideranças camponesas de
Puerto Gaitán (Colômbia) e Correntina (Brasil). Os resultados de pesquisa explicitaram
mecanismos de apropriação privada, de exclusão e de resistência, a partir de situações pessoais
concretas, que se conectaram a questões políticas e econômicas mais gerais. Isso demonstrou
a enunciação de direitos por sujeitos coletivos centrados na terra, bem como a historicidade da
identidade camponesa nas lutas contra a despossessão e expulsão. Na Colômbia, a percepção
dos entrevistados destacou mecanismos ligados à “guerra e agronegócio”, enquanto, no Brasil,
destacou a “grilagem e agronegócio”. Tais arranjos sustentam a continuidade de lógicas
territoriais e capitalistas de poder, não obstante as trajetórias históricas de Brasil e Colômbia
sejam altamente específicas, desde o período colonial. Dentre os achados de pesquisa,
destacou-se a construção da identidade camponesa a partir do conflito e da historicidade,
compondo sujeitos coletivos em torno do direito à terra. Nesse sentido, a definição de
campesinato se colocou para além de termos a-históricos, pois as experiências de vida e luta
evidenciaram que a condição camponesa não se rende a um enredo (ou a uma definição teóricapolítica) e, muito menos, a um estatuto jurídico. Experiências relatadas sobre “guerra, grilagem
e agronegócio” assumiram “sentidos unificadores” para explicar as lógicas de apropriação e
resistência, com força para definir nós e os outros, nos lados do enfrentamento. Apesar das
diferenças marcantes entre Brasil e Colômbia, houve uma convergência de lutas. Conclui-se, no
conjunto das entrevistas, que diferentes aspirações camponesas se unificaram na resistência à
apropriação capitalista da terra e, por extensão, em lutas contra relações históricas de
continuidade da concentração e exclusão dos povos do campo. Na prática, a ampliação da
fronteira agrícola em Puerto Gaitán e Correntina reforçou a apropriação privada e, grosso modo,
recuperou a lógica histórica de captura de terras e recursos naturais para fins comerciais que
atendam ao mercado global. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Conflitos por terra no Brasil e na Colômbia: mecanismos de apropriação privada e os camponeses como sujeitos coletivos de direito | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Terras e territórios | pt_BR |
dc.subject.keyword | Apropriação privada | pt_BR |
dc.subject.keyword | Campesinato | pt_BR |
dc.subject.keyword | Brasil | pt_BR |
dc.subject.keyword | Colômbia | pt_BR |
dc.subject.keyword | América Latina | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.contributor.advisorco | Sauer, Sérgio | - |
dc.description.abstract2 | América Latina ha experimentado, en diferentes momentos y formas, mecanismos de
apropiación privada de tierras, que han generado conflictos históricos y transversales a la
búsqueda de derechos de los campesinos en Colombia y Brasil. En este escenario, la presente
investigación pregunta cuáles son los fundamentos sociohistóricos de la apropiación privada de
la tierra y cómo se hacen explícitas en las luchas campesinas. En otras palabras, cómo los
elementos de apropiación privada están presentes en el rescate histórico-sociológico y cómo
aparecen en el discurso de los campesinos entrevistados. La hipótesis es que, dentro de lo que
piensan y de lo que vivieron, hay relaciones de continuidad histórica de las apropiaciones
privadas y, en consecuencia, de las resistencias campesinas. La continuidad, como expresión
de la colonialidad, existiría incluso en el caso de países que pasaron por luchas sociales con
dinámicas agrarias específicas (como el proceso colonial, la formación del campesinado y las
manifestaciones de conflictos). Tanto el problema, como la hipótesis se relacionan con la
diversidad constitutiva del campesinado, portador de una forma de vida (SHANIN, 2005), cuyas
identidades sociales se forjan en medio del conflicto. El conflicto, en esta tesis, es una noción
central. Es la clave de lectura para las percepciones campesinas en una variedad de escalas,
que implica la resistencia campesina y el desempeño de agentes estatales y privados. El objetivo
es analizar los fundamentos sociohistóricos del acaparamiento privado de tierras, desde la
perspectiva de los conflictos que nacieron y se desarrollaron en las luchas sociales en Brasil y
Colombia. Además, revisar aspectos históricos más generales (colonialismo, colonialidad y la
formación del campesinado), discutiendo los marcos teóricos de apropiación y conflicto en ambos
países. Más específicamente, el objetivo es analizar y reflexionar sobre los mecanismos de
apropiación privada, basados en las percepciones de los encuestados. Desde el punto de vista
metodológico, no se pretende un análisis del discurso o de las narrativas, sino solo interpretar
cómo reaparece el rescate histórico-sociológico en los discursos, a través de un estudio
cualitativo, basado en cuarenta entrevistas semiestructuradas con líderes campesinos de Puerto
Gaitán (Colombia) y Correntina (Brasil). Los resultados de la investigación aclararon los
mecanismos de apropiación privada, exclusión y resistencia, basados en situaciones personales
concretas, que estaban relacionadas con cuestiones políticas y económicas más generales. Esto
demostró la enunciación de derechos por parte de sujetos colectivos centrados en la tierra, así
como la historicidad de la identidad campesina en las luchas contra el despojo y la expulsión. En
Colombia, la percepción de los encuestados destacó los mecanismos vinculados a la “guerra y
agronegocio”, mientras que, en Brasil, destacó “grilagem” y “agronegócio”. Tales arreglos apoyan
la continuidad de las lógicas de poder territoriales y capitalistas, aunque las trayectorias históricas
de Brasil y Colombia han sido muy específicas desde el período colonial. Entre los resultados de
la investigación, se destacó la construcción de la identidad campesina a partir del conflicto y
historicidad, componiendo sujetos colectivos, en torno al derecho a la tierra. En este sentido, la
definición de campesinado ha ido más allá de los términos históricos, ya que las experiencias de
vida y lucha han demostrado que la condición campesina no se detiene en estructuras
conceptuales fijas (o una definición teórico-política) y, mucho menos, en estatutos legales. Las
experiencias reportadas sobre “guerra, apropiación y agronegocio” han adquirido “significados
unificadores” para explicar la lógica de apropiación y resistencia, con fuerza para definir a
nosotros y a los demás en los lados de la confrontación. A pesar de notables diferencias entre
Brasil y Colombia, hubo una convergencia de luchas. Se concluye, en el conjunto de las
entrevistas, que las diferentes aspiraciones campesinas se unificaron en la resistencia a la
apropiación capitalista de la tierra y, por extensión, en las luchas contra las relaciones históricas
de continuidad de concentración y exclusión. En la práctica, la ampliación de la frontera agrícola
en Puerto Gaitán y Correntina ha reforzado la apropiación privada y ha restaurado la lógica
histórica de captura de la tierra con fines comerciales al mercado global. | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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