Panorama teórico-analítico-sintético sobre a adoção de facetas no contexto da organização do conhecimento

Abstract

Apresenta uma visão geral do uso das facetas na organização da informação, entre os ambientes físico e digital. Baseia-se no contexto da organização do conhecimento, que é considerado o arcabouço mais importante na teoria da organização da informação, e é enfatizado na teoria da classificação facetada de Ranganathan (1892-1972). Aborda três pontos básicos de discussão sobre a teoria ranganathan: as cinco categorias fundamentais, personalidade-matéria-energia-espaço-tempo; multidimensionalidade sistemática; e os cânones de fileiras e cadeias de classes. Caracteriza-se como uma pesquisa exploratória, para identificação de ambientes que utilizam facetas, e bibliográficas. Os resultados são que a maioria dos modelos faccionais são aplicados em ambientes digitais, que são modelos puramente acadêmico-profissionais, que os sistemas documentais (físicos) foram os suportes de aplicação mais adotados, que os modelos foram identificados no período de 1933 a 2017 e que a categoria fundamental [Personalidade] foi a mais citada. Concluiu-se que a presença de facetas em sistemas de organização do conhecimento promulga que um mesmo produto tem diferentes interpretações na mesma taxonomia, formaliza a multidimensionalidade idealizada na teoria da classificação facetada de Ranganathan, mas sem ser seguida integralmente em alguns casos, adota mnemônicos customizados e mostra que os ambientes onde são adotadas variam do físico ao digital, das bibliotecas físicas aos repositórios digitais.