Dança para arquivos : processos de criação em dança para diversos suportes

Abstract

Dança para Arquivos é uma tese que propõe refletir sobre processos criativos nas instâncias da presença, da virtualidade e em ambas, para diferentes suportes. O que fica após a efemeridade da cena? Laura Virgínia se debruça sobre suas obras, cruzando as memórias que a constituíram como artista e difusora da arte da dança. A investigação se dá no âmbito da videodança, do arquivo e nos processos híbridos virtuais e presenciais. Os conceitos de Lepecki sobre arquivo, de Derrida sobre “Mal de Arquivo”, de Paul Riccouer sobre “Memória Feliz”, e “Artista-etc” de Basbaum, alinham-se aos métodos de criação de cada obra. O alcance da variedade de suportes, como dança, performance, escrita, vídeo, áudio, fotografia e arquivo, se dá no processo do projeto Entrecruzados (Brasília/ 2019). Divulgado quase em tempo real na rede, gerou desdobramentos e novos conteúdos inspirados no projeto gênese, demonstrando como o arquivo pode conter, em si, a informação e a sua própria transformação. Exploro processos criativos contínuos, registros, rastros de documentação e uma memória de inquietações.