Modernidade e pós-modernidade na canção popular brasileira urbana : a voz ativa de Chico Buarque de Hollanda

Abstract

Esta pesquisa tem como objetivo o estudo da obra de Chico Buarque de Hollanda, que cobre mais de 40 anos de produção artística contínua. Busca-se um perfil convergente do universo simbólico registrado conceitualmente como moderno e do universo simbólico denominado conceitualmente como pós-moderno em seu cancioneiro. Para se compreender melhor esse processo, é apresentada inicialmente uma análise cronológica dos dados biográficos de Chico Buarque a partir da década de 1960, que possibilita verificar os dois tempos do poeta, e como a persona, formada pela vivência pessoal, aparece como voz discursiva em sua obra. Em seguida, procura-se abordar teoricamente esses dois tempos históricos para que, num terceiro momento, seja apresentada uma análise comparativa a partir de letras de canções selecionadas. Nestas, propõe-se identificar os signos sociais e culturais representantes de uma voz moderna (exclusivista) em Baioque (1972), e de uma voz pós-moderna (inclusiva) em Paratodos (1993), Carioca (1998), Ode aos ratos (2006) e Subúrbio (2006).