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Título: Produção, caracterização e avaliação citotóxica de membranas lipídicas miméticas para a liberação do tripanocida N, N’-Squaramide 17 na linhagem CL-Brener de Trypanosoma cruzi
Autor(es): Quijia Quezada, Christian Rafael
Orientador(es): Carneiro, Marcella Lemos Brettas
Coorientador(es): Bastos, Izabela Marques Dourado
Assunto: Chagas, Doença de
Lipossomas
Efeito tripanocida
Citotoxicidade
Nanoestruturas
Membrana lipídicas miméticas
Data de publicação: 13-Ago-2021
Referência: QUIJIA QUEZADA, Christian Rafael. Produção, caracterização e avaliação citotóxica de membranas lipídicas miméticas para a liberação do tripanocida N, N’-Squaramide 17 na linhagem CL-Brener de Trypanosoma cruzi. 2018. 82 f., il. Dissertação (Mestrado em Nanociência e Nanobiotecnologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Resumo: A doença de Chagas afeta cerca de 25 milhões de pessoas no mundo e é causada por Trypanosoma cruzi (T.c.). Atualmente, os dois únicos medicamentos disponíveis utilizados para o tratamento desta enfermidade - benzonidazol (BZ) e nifurtimox - provocam efeitos adversos no paciente. Com isso, novos fármacos têm sido estudados a fim de se encontrar estratégias terapêuticas mais eficientes, como o N, N'-Squaramide 17 (S) um composto com excelente potencial terapêutico. Por meio da nanotecnologia, é possível aumentar a eficiência de fármacos e reduzir a sua toxicidade, graças às propriedades de nanoestruturas que podem favorecer a liberação sustentada, utilizando doses baixas do fármaco e aumentando sua concentração nos tecidos alvos. O objetivo deste trabalho foi desenvolver membranas lipídicas miméticas, a partir de lipídios das membranas celulares de macrófagos (linhagem RAW 264.7) e encapsular o S nesta nanoestrutura, visando melhorar sua eficácia tripanocida sobre linhagem CL-Brener. Assim, foram desenvolvidas e caracterizadas as nanoestruturas: (1) membrana mimética lipídica contendo S (MLS); (2) membrana mimética lipídica vazia (MLV) e (3) N, N’-Squaramide 17 extrusado (SE). Adicionalmente, foram avaliados as características físico-químicas e os efeitos citotóxico e tripanocida destas nanoestruturas. O diâmetro hidrodinâmico (dH) médio e potencial zeta das nanoestruturas foram, respectivamente, de 196.5 ± 11 nm/– 61.43 ± 2.3 mV para MLS; 203.1 ± 8.5 nm/– 12.9 ± 1,2 mV para MLV e 713.9 ± 112.6 nm/– 45.3 ± 7.45 mV para SE. Notou- se que o dH da MLS reduziu em torno de 70 nm após 10 dias de armazenamento, indicando possível liberação do S. A encapsulação de S nas membranas miméticas foi comprovada empregando a análise de espectroscopia vibracional na região do infravermelho (IR) e notou-se que a nanoestrutura MLS apresentou bandas em 1788 cm-1 e 1674 cm-1 características dos grupos carbonilas existentes em S. Em relação aos efeitos citotóxicos, após 72h de tratamento, observou-se que a MLV apresentou excelente potencial como veículo para entrega de fármacos visto ter nenhuma citotoxicidade em células de mamíferos nas concentrações testados. Por outro lado, MLS, nanoestrutura contendo o S, foi ativo contra epimastigotas (IC50 de 15,9 ± 4,8 μM) e amastigotas intracelulares (IC50 de 24,99 ±4,8 μM). Ademais, induziu baixa citotoxicidade com IC50 de 626.7 ± 4.7 em células VERO e de 1974 ± 6 em RAW 264.7. A partir destes dados, determinou-se o índice de seletividade (SI) e observou-se que MLS induziu atividade tripanocida superior ao BZ em 57 vezes quando foram avaliadas a forma epimastigota e 9 vezes maior em amastigota, mostrando ter ação alvo específica. Nos ensaios de infecção celular, as células VERO foram infectadas com tripomastigotas e posteriormente incubadas com a metade da citotoxicidade (IC50/2): (313 μM) de MLS por 12 h e depois analisou-se sua atividade tripanocida durante oito dias. Observou-se no 8o dia maior inibição na taxa de infecção de amastigotas (72 %) do que com o tratamento com BZ (51%) (6.84 μM). Ainda, o número de tripomastigotas extracelulares foi reduzido em 81 % após tratamento com MLS enquanto que BZ reduziu em 54 %. MLS também induziu alterações estruturais nos parasitas como fissuras com diâmetro de aproximadamente 200 nm na parte superior celular da epimastigota e em tripomastigota uma diferenciação em amastigota. Desta forma, MLS apresentou promissora eficácia tripanocida. Ademais, o fato da MLS ter induzido baixa citotoxicidade nas linhagens celular de mamíferos (RAW 264.7 e VERO) e elevada atividade contra os parasitas demonstra sua toxicidade alvo- específica, tornando, assim, estas nanoestruturas promissoras para aplicação no tratamento da doença de Chagas.
Abstract: Chagas disease affects about 25 million people in the world and is caused by Trypanosoma cruzi (T.c.). Currently, the only two drugs available for the its treatment - Benzonidazol (BZ) and nifurtimox - cause adverse effects in the patient. With this, new drugs have been studied in order to find more efficient therapeutic strategies, such as N, N'-Squaramide 17 (S), which represents a compound with excellent therapeutic potential. By means of nanotechnology, it is possible to improve the drug activity thanks to the properties of nanostructures that can promote sustained, release using low doses of drug and increasing its concentration in tissues. The objective of this work was to develop mimetic lipid membranes, from macrophage cell membrane lipids (lineage RAW 264.7) and encapsulate the S in this nanostructure, thus improving its trypanocidal efficacy on CL-Brener strain. Thus, nanostructures were developed and characterized: (1) mimetic lipid membrane containing S (MLS); (2) empty lipid mimetic membrane (MLV) and (3) N, N'- Squaramide 17 extruded (SE). Additionally, the physic-chemical characteristics and the cytotoxic and trypanocidal effects of these nanostructures were evaluated. The mean hydrodynamic diameter (dH) and zeta potential of the nanostructures were, respectively, 196.5 ± 11 nm / - 61.43 ± 2.3 mV for MLS; 203.1 ± 8.5 nm / - 12.9 ± 1.2 mV for MLV and 713.9 ± 112.6 nm / - 45.3 ± 7.45 mV for SE. It was observed that the MLS dH reduced around 70 nm after 10 days of storage, indicated possible release of S. The encapsulation of S in the mimetic membranes was verified using the analysis of vibrational spectroscopy in the infrared (IR) region and It was observed that the MLS nanostructure showed bands in 1788 cm-1 and 1674 cm-1 characteristics of the existing carbonyl groups in S. In relation to the cytotoxic effects, after 72h of treatment, it was observed that the MLV presented an excellent potential as vehicle for the delivery of drugs since there is no cytotoxicity in the mammalian cells under the concentrations tested. On the other hand, MLS, the nanostructure containing the S, was active against epimastigotes (IC50 of 15.9 ± 4.8 μM) and intracellular amastigotes (IC50 of 24.99 ± 4.8 μM), in addition, induced low cytotoxicity with IC50 of 626.7 ± 4.7 in VERO cells and 1974 ± 6 in RAW 264.7, From these data, the selectivity index (SI) was determined and it was observed that MLS induced trypanocidal activity superior to BZ in 57 times over epimastigota form and 9 times greater in amastigotas, showing a specific action. In the cell infection assays, the VERO cells were infected with trypomastigotes, incubated with half of the cytotoxicity IC50/2: (313 μM) of MLS for 12 h and then their trypanocidal activity was analyzed for eight days. It was observed on the 8th day, there was a greater inhibition in the infection rate of amastigotes (72%) than with the treatment with BZ (51%) (6.84 μM). In addition, the number of extracellular trypomastigotes was reduced by 81% after treatment with MLS while BZ reduced by 54%. MLS also induced structural changes in parasites such as fissures with a diameter of approximately 200 nm in the upper cellular part of the epimastigote and in tripomastigote showed a differentiation in amastigotes. In this way, MLS presented a promising trypanocidal efficacy. In addition, the fact that MLS has induced low cytotoxicity in mammalian cell lineages (RAW 264.7 and VERO) and high activity against the parasites demonstrates their specific toxicity, thus making this nanostructure promising for its application in the treatment of Chagas disease.
Unidade Acadêmica: Instituto de Ciências Biológicas (IB)
Departamento de Genética e Morfologia (IB GEM)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Pós-Graduação em Nanociência e Nanobiotecnologia, 2018.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Nanociência e Nanobiotecnologia
Licença: A concessão da licença desta coleção refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições:Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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