Cultivo do mirtileiro 'Biloxi' em função de fertirrigação nitrogenada e substratos

Abstract

As cultivares de mirtilo de baixa exigência de frio, do grupo “Southern Highbush”, representa um potencial de expansão do cultivo de mirtilo para outras regiões do País. No entanto para introdução dessas cultivares no Brasil requerem estudos de suas adaptações nas diferentes regiões, que apresentam diferentes condições de clima e solo. O capitulo 1 objetivou caracterizar o compotamento fenológico, de mirtilo Southern Highbush, cv. Biloxi, cultivado sob clima tropical de Brasília-DF. O experimento foi realizado no período de novembro de 2018 a outubro de 2019, no Setor de Fruticultura da Estação Experimental de Biologia da Universidade de Brasília. Foi usado o delineamento inteiramente casualizado, com tratamentos constituídos por 20 plantas, e com repetições representadas por ramos escolhidos aleatoriamente em número de quatro por planta. Foi utilizada escala fenológica adaptada de escala de fenologia do mirtileiro da Universidade de Michigan (USA). Foi avaliado quando ocorreu o início do florescimento (mais de 5% das flores abertas), final de florescimento (90% das flores abertas), início e final da colheita. A ‘Biloxi’, completou seu desenvolvimento produtivo no ciclo 2018/2019 sem ser submetida a nenhuma hora de frio menor que 7,2º C. O florescimento teve início com 140 dias após a poda drástica e com 191 dias após a poda drástica todas as plantas estavam em florescimento pleno. A ‘Biloxi’, completou o ciclo produtivo 2018/2019 em 347 dias. No capitulo 2 objetivou-se avaliar os atributos fisiológicos de mirtileiro ‘Biloxi’ em função da fertirrigação com nitrogênio em Brasília-DF. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro tratamentos: 10; 20; 30 e 40 g de N planta-1. As seguintes variáveis foram obtidas: taxa de fotossíntese líquida, transpiração, condutância estomática, concentração interna de CO2, eficiência instantânea do uso de água, eficiência carboxilativa, índice SPAD e nitrogênio foliar. Foi observado efeito das diferentes doses de nitrogênio aplicadas sobre os atributos fisiológicos. Plantas de mirtilo, cultivar Biloxi, aumentaram as taxas fotossintéticas em doses de até 30 g de N planta-1. No capitulo 3 o objetivo foi avaliar os atributos produtivos, de plantas de mirtileiro ‘Biloxi’, em função de fertirrigação nitrogenada e diferentes substratos na região de Brasília-DF. O experimento em esquema de parcelas subdivididas, sendo as parcelas 4 doses de nitrogênio via fertirrigação: (10, 20, 30 e 40 g de N planta-1 ) e as subparcelas substratos (S1 - 100% casca de arroz; S2 – 58 L de casca de arroz + 2 L de turfa; S3 – 56 L de casca de arroz + 4 L de turfa; S4 – 54 L de casca de arroz + 6 L turfa; S5 – 58 L de casca de arroz + 2 L de fibra de coco; S6 – 56 L de casca de arroz + 4 L de fibra de coco; S7 – 54 L de casca de arroz + 6 L de fibra de coco). Os tratamentos foram distribuídos em blocos ao acaso com quatro repetições e 5 plantas por parcela. Foi avaliado o diâmetro longitudinal e transversal de frutos; número de frutos por planta; massa dos frutos e produtividade. Nas condições do estudo a interação substrato e doses de nitrogênio influenciaram nos atributos produtivos DT; DL; NF; MMF e produtividade do mirtileiro ‘Biloxi’. O substrato S4 (54 L de casca de arroz + 6 L turfa) proporcionou melhores resultados para as características produtivas. O capitulo 4 objetivou avaliar a exportação de nutrientes com a colheita de mirtilo cv. Biloxi, em função de adubação nitrogenada e diferentes substratos de cultivo, nas condições de Brasília-DF. O experimento foi instalado em esquema de parcelas subdivididas, sendo as parcelas 4 doses de nitrogênio via fertirrigação: (10, 20, 30 e 40 g de N planta-1 ) e as subparcelas substratos (S1 - 100% casca de arroz; S2 – 58 L de casca de arroz + 2 L de turfa; S3 – 56 L de casca de arroz + 4 L de turfa; S4 – 54 L de casca de arroz + 6 L turfa; S5 – 58 L de casca de arroz + 2 L de fibra de coco; S6 – 56 L de casca de arroz + 4 L de fibra de coco; S7 – 54 L de casca de arroz + 6 L de fibra de coco). Foram avaliados os teores de macronutrientes em g kg-1. Com base nesses teores, na massa média fresca e seca dos frutos e na produtividade de cada tratamento, foi estimada a quantidade de nutrientes exportados por ocasião das colheitas dos frutos considerando diferentes estimativas de produtividade. Nas condições do estudo a interação substrato e doses de nitrogênio influenciaram na exportação de nutrientes N, K, Ca, S e Mg por frutos do mirtileiro Biloxi. Já os teores de P foram influenciados, positivamente pelas doses de nitrogênio aplicadas às plantas’. Obteve-se a seguinte ordem decrescente de extração: N > K > P > Ca > S > Mg por frutos de mirtileiro Biloxi.