Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.unb.br/handle/10482/42467
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2021_TadeuLucianoSiqueiraAndrade.pdf2,13 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Título: A vulnerabilidade comunicativa em audiências nas varas de relações de consumo : uma análise à luz da ecolinguística
Autor(es): Andrade, Tadeu Luciano Siqueira
Orientador(es): Couto, Hildo Honório do
Assunto: Direito - linguagem
Interação comunicativa
Comunicação nas organizações
Ecolinguística
Data de publicação: 26-Nov-2021
Referência: ANDRADE, Tadeu Luciano Siqueira. A vulnerabilidade comunicativa em audiências nas varas de relações de consumo: uma análise à luz da ecolinguística. 2021. 187 f., il. Tese (Doutorado em Linguística)—Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Resumo: Com os avanços dos estudos acerca das interações comunicativas, surgiu a ecolinguística, que analisa a língua inserida em três meios ambientes: o natural, o mental e o social, considerando as inter-relações entre Povo, Língua e Território. A ecolinguística preocupa-se, sobretudo com as interações que se dão no ecossistema linguístico, seja entre os sujeitos ou entre esses sujeitos e o ambiente em que se encontram. Sabemos que as interações são diversas e ocorrem em contextos institucionais ou não institucionais. Esta pesquisa tem como objetivo geral analisar, à luz da linguística ecossistêmica, as interações nas audiências de relações de consumo no Juizado Especial Cível, situado no Fórum Regional do Imbuí – Salvador – BA, inter-relacionando o direito e a linguagem com vistas à construção teórica de uma ecolinguística jurídica. Para compreender a ecologia das interações comunicativas nas audiências, adotamos os pressupostos teórico-metodológicos da etnografia correlacionados com a visão ecometodológica da ecolinguística. A pesquisa é de cunho qualitativo e adota as técnicas e métodos da análise de conteúdo. (BARDIN, 2002). A audiência é um evento sociojurídico e linguístico, envolve pessoas, papéis sociais distintos e contextos diferentes, onde se entrecruzam aspectos de natureza jurislinguística. Daí a construção de um diálogo teórico entre a ecolinguística e o direito, uma vez que a audiência apresenta regras tanto de natureza jurídica quanto interacional e sistemática. Na base teórica da ecolinguística, fundamentamo-nos em Capra (2020); Capra e Mattei (2018), Couto (2007; 2009; 2014; 2016), Araújo (2014; 2016), Bang & Døør (2016), Fill (2016) e outros. Na base jurídica, embasamo-nos em Cappelletti e Garth (1988), Lyra Filho (1995); Sousa Junior (2008, 2009, 2016); Sousa Santos (1994; 2007; 2014). Ainda na perspectiva interacional, adotamos os estudos de Del Corona (2009) Drew e Heritage (1992), Goffman (2010; 2011; 2013) e outros. A pesquisa nos possibilitou compreender uma visão macro da vulnerabilidade comunicativa do consumidor nas audiências, pois as interações nos contextos forenses são mais amplas do que as definidas pelo direito estatal. Evidenciamos ainda que obstáculos de natureza linguística, social, cultural, política, econômica agravam a vulnerabilidade comunicativa do cidadão leigo, tornam o ambiente forense distante da realidade do jurisdicionado; propiciam relações assimétricas e violam direitos linguísticos.
Abstract: According to advances in studies on communicative interactions emerged the ecolinguistics which analyzes the language inserted in three environments: the natural, the mental and the social, considering the interrelationships among People, Language and Territory. The Ecolinguistics is concerned especially with the interactions that happens in the linguistic ecosystem, either among the subjects or among these ones and the environment in which they are found. We know that interactions are diverse and occur in institutional or non-institutional contexts. This research aims to analyze in the light of ecosystem linguistics, the interactions in consumer relations hearings in the Special Civil Court, located in the Regional Forum in Imbuí – Salvador – BA, interrelating law and language with a view to the construction of a juridical ecolinguistics. To understand the ecology of communicative interactions in legal hearings, we adopted the theoretical-methodological assumptions of ethnography correlated with the eco-methodological view of ecolinguistics. The research is of qualitative character and adopts the techniques and methods of content analysis (BARDIN, 2002). The hearing is a socio-legal event and linguistics involves people, distinct social roles and different contexts, where aspects of a jurislinguistic nature intersect. Hence the construction of a theoretical dialogue between ecolinguistics and law, since the hearing presents rules of both a legal and interactional and systematic nature. On the theoretical basis of ecolinguistics, we based on Capra (2020); Capra and Mattei (2018), Couto (2007; 2009; 2014; 2016), Araújo (2014; 2016), Bang & Døør (2016), Fill (2016) and many others. On the legal basis, we based on Cappelletti and Garth (1988), Lyra Filho (1995); Sousa Junior (2008, 2009, 2016); Sousa Santos (1994; 2007; 2014). Still in the interactional perspective, we adopted the studies by Del Corona (2009) Drew and Heritage (1992), Goffman (2010; 2011; 2013) and many others. The research allowed us to understand a macro view of the consumer's communicative vulnerability in the hearings, as interactions in forensic contexts are wider than those ones defined by state law. We also evidence that linguistic, social, cultural, political and economic obstacles aggravate the lay citizen's communicative vulnerability, make the forensic environment far from the reality of the jurisdictional; they provide asymmetrical relationships and violate linguistic rights.
Résumé: Avec le progrès des études sur les interactions communicatives, l’écolinguistique a émergé. Il s’agit d’une discipline qui analyse le langage sous trois dimensions : naturelle, psychologique et sociale, en tenant compte des corrélations entre les personnes, la langue et le territoire. L’écolinguistique s’intéresse avant tout aux interactions qui ont lieu dans l’écosystème linguistique, que ce soit entre les sujets ou entre ces sujets et l’environnement dans lequel ils évoluent. Nous savons que les interactions sont diverses et se produisent dans des contextes institutionnels ou non institutionnels. Cette recherche vise à analyser, à la lumière de la linguistique écosystémique, les interactions dans les audiences sur les relations de consommation du Tribunal civil spécial, situé dans le Forum régional d’Imbuí - Salvador - BA, en reliant Droit et langage en vue de la construction d’une écolinguistique juridique. Pour comprendre l’écologie des interactions communicatives dans les publics, on a adopté les hypothèses théorico-méthodologiques de l’ethnographie corrélées à la vision écométhodologique de l’écolinguistique. La recherche est qualitative et adopte les techniques et les méthodes d’analyse de contenu (BARDIN, 2002). L’audience est un événement sociojuridique et linguistique impliquant des personnes, des rôles sociaux différents et des contextes différents, où se croisent des aspects de nature jurilinguistique. Dès lors, un dialogue théorique entre écolinguistique et Droit se construit, puisque le public présente des règles à la fois juridiques, interactionnelles et systématiques. Sur la base théorique de l’écolinguistique, nous nous basons sur Capra (2020) ; Capra et Mattei (2018), Couto (2007 ; 2009 ; 2014 ; 2016), Araújo (2014 ; 2016), Bang & Døør (2016), Fill (2016) et autres. Sur le plan juridique, nous nous basons sur Cappelletti et Garth (1988), Lyra Filho (1995) ; Sousa Junior (2008, 2009, 2016) ; Sousa Santos (1994 ; 2007 ; 2014). Toujours dans la perspective interactionnelle, nous avons repris les travaux de Del Corona (2009) Drew et Heritage (1992), Goffman (2010 ; 2011 ; 2013) et autres. La recherche nous a permis d’adopter une vue macro de la vulnérabilité communicative du consommateur lors des audiences, car les interactions dans les contextes forensiques sont plus larges que celles définies par la loi de l’État. Nous démontrons également que les obstacles linguistiques, sociaux, culturels, politiques et économiques aggravent la vulnérabilité communicative du citoyen profane, éloignent l’environnement forensique de la réalité de la personne sous juridiction ; ils génèrent des relations asymétriques en violant les droits linguistiques.
Unidade Acadêmica: Instituto de Letras (IL)
Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas (IL LIP)
Informações adicionais: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2021.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Linguística
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.