Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Rezende, Beatriz Vargas Ramos Gonçalves de | - |
dc.contributor.author | Chaves, Álvaro Guilherme de Oliveira | - |
dc.date.accessioned | 2022-03-18T23:41:22Z | - |
dc.date.available | 2022-03-18T23:41:22Z | - |
dc.date.issued | 2022-03-18 | - |
dc.date.submitted | 2021-12-13 | - |
dc.identifier.citation | CHAVES, Álvaro Guilherme de Oliveira. Prisões preventivas da operação lava jato (2014-2017): pesquisa empírica e crítica garantista. 2021. 249 f., il. Dissertação (Mestrado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unb.br/handle/10482/43096 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2021. | pt_BR |
dc.description.abstract | A Operação Lava Jato trouxe novamente para o holofote a decretação de prisões preventivas
em investigações envolvendo a criminalidade econômica e a discussão sobre o garantismo penal
no Brasil. As decisões oriundas da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária do Paraná foram
publicamente discutidas pelos tribunais e pela comunidade jurídica, existindo certa
compreensão no imaginário popular ligando a efetividade dessa apuração criminal às prisões
preventivas e ao alegado baixo índice de revogação pelos tribunais de revisão. O garantismo
penal, por sua vez, veio à tona ante as possíveis violações de direitos fundamentais dos
investigados e, no caso das prisões cautelares, ganha especial relevância a presunção de
inocência. Este trabalho está inserido nesse contexto e resulta da pesquisa quantitativa e
qualitativa das decisões públicas de prisão preventiva proferidas na Operação Lava Jato entre
2014 e 2017. São igualmente estudados os acórdãos e as decisões dos tribunais de revisão e do
próprio juiz da causa no sentido de revogar ou de substituir o cárcere no curso do processo por
medidas cautelares menos restritivas. O marco teórico é o garantismo penal de Luigi Ferrajoli,
teoria legitimadora do poder punitivo estatal, mas que busca racionalizá-lo e contê-lo, por meio
das garantias penais e processuais penais. Sob esse prisma, é feita a análise de conteúdo das
decisões, adotando-se o contato direto entre o pesquisador e os pronunciamentos judiciais por
meio da leitura integral de todos eles. Do ponto de vista quantitativo, foi constatada a ampla
utilização do fundamento da garantia da ordem pública nas decisões de prisão preventiva, o
qual é fortemente criticado pelo garantismo penal. De igual forma, chamou atenção a
revogação, pelos tribunais de revisão, de 32% (trinta e dois por cento) das prisões preventivas
que fazem parte do espaço amostral, com destaque para a atuação do Supremo Tribunal Federal.
Ainda nessa perspectiva, o próprio juízo de primeiro grau foi responsável pela substituição de
um número considerável de custódias preventivas por cautelares diversas. Qualitativamente,
ficaram demonstradas as várias justificativas utilizadas para preencher a hipótese legal de
garantia da ordem pública, bem como a atuação do juízo de primeiro grau para fomentar as
colaborações a partir da fundamentação das decisões concessivas de liberdade. Por fim, o
argumento exposto para revogar o recolhimento domiciliar de alguns investigados apresentou
flagrante contradição e indicou a utilização da medida como cumprimento antecipado de pena. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Prisões preventivas da operação lava jato (2014-2017) : pesquisa empírica e crítica garantista | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Processo penal | pt_BR |
dc.subject.keyword | Garantismo penal | pt_BR |
dc.subject.keyword | Ferrajoli, Luigi, 1940- crítica e interpretação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Operação Lava Jato | pt_BR |
dc.subject.keyword | Prisão preventiva | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | The Car Wash Operation once again brought to the spotlight the decree of preventive detention
in investigations involving economic criminality and the discussion on penal “guarantism” in
Brazil. The decisions from the 13th Federal Court of the Judiciary Section of Paraná were
publicly debated not only by Brazilian courts but by the legal community as a whole. Not rarely,
the effectiveness of this criminal investigations has been linked to the usage of preventive
detentions and the apparent low rate of revision by the higher courts. On the other hand, the
issue of penal “guarantism” emerged in the face of potential violations of fundamental rights of
those under investigation and, in the case of pretrial detention, the presumption of innocence
gains special relevance. The present work fits into this context, and it is a result of quantitative
and qualitative research of publicly available decisions related to preventive detention handed
down within the Car Wash Operation from 2014 to 2017. Judgments by appeal courts and first
instance courts that abrogate or replace the imprisonment orders with less restraining measures
have been analyzed. The theoretical framework of the thesis is Luigi Ferrajoli’s penal
“guarantism” - a theory that legitimizes the punitive power by the State, whilst seeking to
rationalize and restrain it through the penal and criminal procedural guarantees. From this
perspective, the content of the decisions was analyzed through direct contact between
researcher and the relevant court rulings through the reading of all of them in full. In the
quantitative point of view, it was possible to observe a considerable use of the public order
argument to justify preventive detention, which is heavily criticized by the penal “guarantism”.
Likewise, attention was drawn to the abrogation by the higher courts of 32% (thirty-two
percent) of the preventive detentions in the sample space, with emphasis in the role of the
Brazilian Supreme Court. The fact that the lower court itself was responsible for replacing a
considerable number of preventive detention orders with different precautionary measures is
also noteworthy. Qualitatively, the various justifications used to fulfil the legal hypothesis of
public ordered were demonstrated, as well as the role of the lower court in encouraging the
accession to cooperation by the person under investigation based on the grounds for decisions
awarding freedom. Finally, the argument put forward to abrogate the house-arrest imposed to
some of those under investigation showed a flagrant contradiction, evidencing the use of the
measure as an early execution of the sentence. | pt_BR |
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