http://repositorio.unb.br/handle/10482/4320
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2009_MariaIzabelBarbozadeMoraisOliveira.pdf | 4,35 MB | Adobe PDF | Voir/Ouvrir |
Titre: | O príncipe pacífico : Bossuet, Luís XIV e Antônio Vieira |
Auteur(s): | Oliveira, Maria Izabel Barboza de Morais |
Orientador(es):: | Martins, Estevão Chaves de Rezende |
Assunto:: | Pacifismo Bossuet, Jacques Bénigne, 1627-1704 França - história |
Date de publication: | 2009 |
Data de defesa:: | 2009 |
Référence bibliographique: | OLIVEIRA, Maria Izabel Barboza de Morais. O príncipe pacífico: Bossuet, Luís XIV e Antônio Vieira. 2009. 411 f. Tese (Doutorado em História)-Universidade de Brasília, Brasília, 2009. |
Résumé: | Nesta pesquisa, que traz por tema o pacifismo em Bossuet, busca-se demonstrar que, ao defender a imagem de um príncipe pacífico, o objetivo de Bossuet era fortalecer o poder real na França, de 1661 a 1701 – período que se estende do início do reinado pessoal de Luís XIV ao ano em que Bossuet concebeu o livro nono da Politique tirée des propres paroles de l’Ecriture Sainte. Ao perceber a ameaça que a religião protestante representava para o poder constituído, Bossuet lutou para promover a unidade religiosa na França. Jamais aprovou, contudo, os métodos violentos utilizados pelos oficiais do Estado para converter os protestantes ao catolicismo; como também não influenciou Luís XIV a revogar o Edito de Nantes, que estabelecera a tolerância religiosa na França. Sentindo que, durante e após as guerras de conquista empreendidas por Luís XIV, as críticas internas e externas dirigidas a ele eram mais intensas, Bossuet esforçou-se por mostrar ao monarca o quanto as guerras de conquista eram prejudiciais aos reis. Baseado no Antigo Testamento e em Santo Agostinho, Bossuet adverte que os príncipes que empreendem guerras somente pelo amor ao poder e à glória são terrivelmente castigados por Deus. Por outro lado, partindo da hipótese de que, se toda a Europa se lançasse contra a França, o empreendimento da guerra justa, para defender o reino de ataques externos, no entender de Bossuet, seria abençoado por Deus. Diante de um inimigo mais poderoso, o príncipe não deve temê-lo, deve confiar em Deus e ir ao combate, pois Deus o ajudará nos campos de batalha, concedendo-lhe a vitória. Bossuet lembra, todavia, que Deus prefere os príncipes pacíficos aos guerreiros. Na galeria de reis do Antigo Testamento, o pacífico Salomão é a imagem buscada por Bossuet para ser seguida por Luís XIV. Diante dos ataques que a soberania real sofrera por parte dos monarcômacos da Revolução Inglesa de 1640 e da Fronda (1648-1653), como também de Pierre Jurieu, em 1689, Bossuet empenhou-se em refutar as ideias de soberania do povo, de contrato e de direito de resistência ao poder constituído defendidas por eles. Sustentado em São Paulo e em Santo Agostinho, Bossuet afirma que o poder dos reis vem diretamente de Deus e não do povo. Este deve obedecer aos príncipes independentemente de serem eles bons ou maus, pois todos eles foram estabelecidos por Deus. O povo não tem nenhum direito de empreender a guerra contra os seus governantes. O poder, a ordem e a paz pública somente são assegurados em um reino em que o direito de fazer a guerra pertence somente ao príncipe. Nos seis primeiros livros da Politique, a soberania é exaltada por Bossuet. Ele defende as características sagrada e absoluta da autoridade real. Sendo assim, participou do movimento de exaltação à glória de Luís XIV, dirigido por Colbert na década de 1660. Para ilustrar a compreensão das especificidades do pensamento teológico-político de Bossuet a respeito da defesa do pacifismo visando o fortalecimento do poder real, estabelecemos uma comparação com o que Luís XIV e Antônio Vieira refletiram sobre este assunto em suas obras; particularmente as Memórias de Luís XIV, redigidas entre 1668 e 1672, e o livro anteprimeiro da História do Futuro de Antônio Vieira, escrito de 1664 a 1665. ____________________________________________________________________________________________ RÉSUMÉ L’objet de cette thèse est le pacifisme en Bossuet. L’on cherche à démontrer qu’en, soutenant l'image d'un prince pacifique, l’objectif de Bossuet a été celui de fortifier le pouvoir royall en France, de 1661 à 1701 - période qui va du début du règne personnel de Louis XIV à l'année où Bossuet a conçu le livre neuvième de la Politique tirée des propres paroles de l'Ecriture Sainte. Pour percevoir la menace que la religion protestante représentait pour le pouvoir établi, Bossuet s'est engagé à promouvoir l'unité religieuse en France. Mais il n'a jamais approuvé les méthodes violentes utilisées par les fonctionnaires de l'Etat pour convertir les protestants au catholicisme; tout aussi comme il n'a pas usé d'influence sur Louis XIV avec le but de révoquer l'Édit de Nantes, qui avait établi la tolérance religieuse en France. Sentant que pendant et après les guerres de conquête entreprises par Louis XIV les critiques internes et externes contre le roi étaient de plus en plus intenses, Bossuet s’est consacré à démontrer au monarque comment les guerres de conquête seraient nuisibles aux rois. Sur la base de l'Ancien Testament et fondé sur Saint- Augustin, Bossuet met en garde les princes à ne pas entreprendre la guerre par l'amour de la puissance et de la gloire – ceux qui le fot sont terriblement punis par Dieu. En outre, en s’appuyant sur l'hypothèse que l'ensemble de l'Europe se fut lancé contre la France, Bossuet observe que les guerres entreprises par les princes pour défendre leur royaumes d'attaques externes, sont justes et donc bénies par Dieu. Face à un ennemi plus puissant, le prince ne devrait pas le craindre, mais confier en Dieu et aller au combat, car Dieu les aidera sur le champ de bataille, en leur donnant la victoire. Bossuet rappele cependant que Dieu préfère les princes pacifiques aux guerriers. Dans la galerie des rois de l'Ancien Testament, le pacifique Salomon est l'image recherchée par Bossuet à être suivie par Louis XIV. Face aux attaques à la souveraineté royale lancées par les monarcomaques de la Révolution Anglaise de 1640 et de la Fronde (1648-1653), ainsi que par Pierre Jurieu, en 1689, Bossuet s’est engagé à réfuter l’idée de la souveraineté du peuple, du contrat et du droit de résistance au pouvoir établi, soutenues par eux. En faisant appel à Saint Paul et à Saint Augustin, Bossuet affirme que le pouvoir des rois vient directement de Dieu et non pas du peuple. Celui-ci doit obéissance aux princes indépendamment qu’ils soient bons ou mauvais, parce qu'ils ont été établis par Dieu. Les gens n'ont pas le droit d’entreprendre la guerre contre leurs dirigeants. Le pouvoir, l'ordre public et la paix n’existent que dans un royaume où le droit de faire la guerre n’appartient qu’au prince. Dans les six premiers livres de la Politique, la souveraineté est exaltée par Bossuet. Il défend les caractéristiques sacrée et absolue de la autorité royale. Ainsi, il a participé au mouvement d’exaltation à la gloire de Louis XIV, dirigée par Colbert au cours de la décennie de 1660. Pour illustrer les particularités de la pensée théologico-politique de Bossuet concernant la défense du pacifisme et le renforcement de la puissance royale, nous avons établi une comparaison avec Louis XIV et Antônio Vieira lesquels ont réfléchi sur ce point dans leurs oeuvres, notamment les Mémoires de Louis XIV, écrites entre 1668 et 1672, et le livre antepremier de l'Histoire de l'Avenir d'Antônio Vieira, écrit de 1664 à 1665. |
metadata.dc.description.unidade: | Instituto de Ciências Humanas (ICH) Departamento de História (ICH HIS) |
Description: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, 2009. |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em História |
Collection(s) : | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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