Transposição do físico para o virtual : as publicações de quatro museus no Instagram face aos 100 primeiros dias de pandemia de covid-19

Abstract

Em 12 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reclassificou um surto de uma gripe que leva a sintomas de Síndrome de Respiratória Aguda (SARS) como uma epidemia de caráter mundial, denominada pandemia de SARS-CoV-2, ou simplesmente pandemia de covid-19, e recomendou fortemente que o mundo inteiro se distanciasse fisicamente para impedir a propagação do vírus. Isso repercutiu no fechamento de vários setores do comércio, inclusive de museus, que se viram na necessidade de voltar seus esforços para o virtual, a fim de continuarem se comunicando com seu público, agora impedido de sair de casa. Esta dissertação tem como objetivo explorar o comportamento de quatro museus de compartilhamento de arte contemporânea via aplicativo Instagram (®Meta Platforms, Inc.) nos primeiros 100 dias da pandemia de covid-19, transcorridos entre 12 de março e 20 de junho de 2020, período marcado pela impossibilidade de aglomeração social em locais públicos. Os perfis virtuais – ativos – selecionados foram aqueles do Museu de Arte Moderna–MoMA, de Nova York (EUA); do Instituto de Arte contemporânea–ICA, em Boston (EUA); do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo–MAC-USP (Brasil); e da Pinacoteca do Estado de São Paulo (Brasil), a fim de compará-los, em algumas de suas características gerais, como orçamento em 2019 e número estimado de funcionários, e posturas no compartilhamento de publicações no Instagram. Exploro ainda temáticas de publicações comuns a eles. Diante da hipótese de que museus com maiores orçamento e força de trabalho tiveram melhor desempenho na transposição do físico para o virtual, concluo que o método estabelecido por mim sugere que a hipótese é verdadeira, porém critérios subjetivos a impedem de ser uma conclusão categórica.