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Título: Ultrassom de alta frequência como instrumento de avaliação diagnóstica no hemangioma infantil : um estudo transversal
Autor(es): Pompeu, Marcelo Faro
Orientador(es): Costa, Izelda Maria Carvalho
Coorientador(es): Regatieri, Neysa Aparecida Tinoco
Assunto: Hemangioma infantil - diagnóstico
Ultrassonografia de alta frequência
Anomalias vasculares
Data de publicação: 5-Mai-2022
Referência: POMPEU, Marcelo Faro. Ultrassom de alta frequência como instrumento de avaliação diagnóstica no hemangioma infantil: um estudo transversal. 2021. 68 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Resumo: Introdução: O hemangioma infantil (HI) pertence ao grupo dos tumores vasculares e se distingue dessas malformações por sua natureza dinâmica. Os HIs são os tumores vasculares benignos mais comuns na infância e, em média, 30% deles estão presentes no nascimento ou surgem no primeiro dia de vida. Na maioria dos casos, o diagnóstico desse hemangioma é realizado por meio de uma anamnese completa, aliada a um exame clínico. No entanto, exames de imagem podem ser utilizados para auxiliar na diferenciação entre alterações, avaliar a extensão da lesão e planejar o tratamento de forma mais assertiva. A ultrassonografia de alta frequência (USAF) é uma ferramenta promissora, sem emissão de radiação ionizante, utilizada no consultório por um dermatologista treinado ou, então, realizada no leito, para minimização de atrasos no diagnóstico, na sedação e nos retornos ambulatoriais. De acordo com o objetivo do presente estudo, foi feita a descrição dos achados iniciais ultrassonográficos, realizada com USAF, em lesões de hemangioma infantil (HI) em sua fase proliferativa. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, observacional e analítico, baseado na análise de dados primários da avaliação clínica e ultrassonográfica de crianças, com diagnóstico de HI. Foram incluídos pacientes de 0 a 4 anos de idade, com diagnóstico de HI, acompanhados no ambulatório de dermatologia pediátrica do Hospital Universitário de Brasília (HUB). Os desfechos primários de análise, na presente pesquisa, foram divididos em clínicos e ultrassonográficos. Como desfechos clínicos, foram considerados: A) idade do surgimento da lesão; B) localização/região acometida; C) tamanho; D) tipos de tratamento (sistêmicos, tópicos ou outros tipos de tratamento); E) sexo da criança. Como desfechos ultrassonográficos: A) tipo de ecogenicidade; B) camada da pele acometida; C) características das margens da lesão; D) mensuração da profundidade; e E) densidade de vasos por cm². A análise estatística foi realizada no programa RStudio, versão 1.1.456, por meio do teste de Mann-Whitney e da correlação de Spearman, e os valores, estatisticamente significativos, foram considerados quando p < 0,05. Resultados: No estudo, foram incluídas 35 crianças com diagnóstico de HI cuja média, na escala de gravidade, foi de 7,1. Dos achados ultrassonográficos, a maior parte dos pacientes apresentou lesões hipoecogênicas (66%), de limites mal definidos (86%) e de alta densidade de vasos (86%). Todos os pacientes da amostra apresentaram acometimento até o tecido celular subcutâneo (TCSC) e a análise estatística não evidenciou correlação positiva entre os achados ultrassonográficos e os valores da escala clínica de gravidade do hemangioma (HSS). Conclusão: Na pesquisa, foi demonstrado que o USAF auxilia na confirmação diagnóstica do HI, assim como contribui com o diagnóstico diferencial entre outras anomalias vasculares. A utilização do HFUS foi importante para o entendimento da angioarquitetura da anomalia vascular e para a avaliação das camadas acometidas, parâmetros fundamentais à confirmação diagnóstica e à estratégia terapêutica a ser adotada.
Abstract: Introduction: Infantile hemangioma (HI) belongs to the group of vascular tumors, and is distinguished from vascular malformations by its dynamic nature. HIs are the most common benign vascular tumors in childhood. About 30% of HIs are present at birth or on the first day of life. In most cases, the diagnosis of HI is made through a complete anamnesis combined with a clinical examination. However, imaging tests can be used to help differentiate between changes, assess the extent of the lesion and plan treatment more assertively. High-frequency ultrasound (HFUS) is a promising tool, with no emission of ionizing radiation, and can be used in the office by a trained dermatologist, or even performed at the bedside, avoiding delays in diagnosis, sedation and multiple outpatient visits. According to the present study, a description was made of the initial sonographic findings, performed with HFUS, in HI lesions in their proliferated phase. Methodology: This is an analytical observational cross-sectional study, based on the analysis of primary data from the clinical and ultrasound evaluation of children diagnosed with HI. Patients aged 0 to 4 years, diagnosed with HI followed at the pediatric dermatology clinic of the University Hospital of Brasília (HUB) were included. The primary analysis endpoints of the present study were divided into clinical and ultrasonographic. Clinical outcomes: A) age of onset of the lesion; B) location/region affected; C) size; D) types of treatments (systemic, topical or other types of treatment); E) age. Ultrasound outcomes: A) type of echogenicity; B) affected skin layer; C) characteristics of the lesion margins; D) depth measurement; E) vessel density per cm². Statistical analysis was performed using RStudio version 1.1.456. Analytical statistics were performed using the Mann-Whitney test and Spearman correlation. Statistically significant values were considered when p < 0.05. Results: 35 children diagnosed with HI were included. It is noteworthy that the mean severity scale was 7.1. Of the ultrasound findings, most patients had hypoechogenic (66%), ill-defined (86%) and high vessel density (86%) lesions. All patients in the sample showed involvement up to the subcutaneous cellular tissue (TCSC). The statistical analysis did not show a positive correlation between the ultrasound findings and the values of the clinical scale of hemangioma severity (HSS). Conclusion: Our study demonstrated that HFUS helps in the diagnostic confirmation of HI, as well as contributes to the differential diagnosis among other vascular anomalies. The use of the HFUS was important to understand the angioarchitecture of the vascular anomaly and to assess which layers were affected, fundamental parameters for diagnostic confirmation and the therapeutic strategy to be adopted.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Medicina (FMD)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, 2021.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
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