Análise das diretrizes do plano de gestão de logística sustentável nas universidades federais da Amazônia Legal

Abstract

Mundialmente tem-se investigado soluções para a promoção da sustentabilidade ambiental. O Brasil acompanha o movimento mundial e instituiu programas e projetos para implementar ações de sustentabilidade ambiental na Administração Pública Federal (APF). Esses programas são de adesão voluntária, contudo, em 2012 foi criado o Plano de Gestão de Logística Sustentável (PLS) por meio do Decreto nº 7.746, de 05 de junho de 2012, a ser elaborado por toda a APF, compulsoriamente. Com isso, a pesquisa teve como objetivo analisar as ações de sustentabilidade ambiental promovidas pelas Universidades Federais da Amazônia Legal, a partir das diretrizes do PLS. Para esse fim, realizou-se uma pesquisa com características descritivas, com abordagem essencialmente qualitativa e estudo de caso nas 14 Universidades Federais da Amazônia Legal. Os resultados demonstraram que nem todas as universidades analisadas elaboraram o PLS. Verificou-se que as ações de sustentabilidade ambiental promovidas pelas referidas instituições estão alinhadas com as práticas de sustentabilidade e racionalização impostas pela norma. Ademais, a pesquisa demonstrou, também, que a maioria dos PLS analisados adere aos requisitos mínimos estabelecidos na IN MPOG Nº 10/2012, que estabelece regras para elaboração dos Planos de Gestão de Logística Sustentável. Contudo, apenas oito das 14 instituições analisadas elaboraram o PLS e, destas apenas três elaboraram o Relatório de Acompanhamento exigido pela norma, o que demonstra a baixa implementação das diretrizes do PLS. Considerando a região da Amazônia Legal, em razão da sua localização e apelo ambiental, era esperado que essa adesão entre suas Universidades Federais fosse maior, mas, apenas confirmou os achados de outras pesquisas que já sinalizavam um desempenho inferior da região em questões ambientais em comparação ao restante do país e, mais especificamente, quanto ao tema, reproduziu o que já havia sido observado nas demais entidades da APF, ou seja, a baixa implementação das ações de sustentabilidade nos órgãos federais. Como sugestões de pesquisas futuras, pode-se verificar os fatores críticos de sucesso na implementação e avaliação do PLS na APF.