Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Rodrigues, Guilherme Scotti | - |
dc.contributor.author | Gomes, Rodrigo Portela | - |
dc.date.accessioned | 2022-08-15T21:49:19Z | - |
dc.date.available | 2022-08-15T21:49:19Z | - |
dc.date.issued | 2022-08-15 | - |
dc.date.submitted | 2022-03-28 | - |
dc.identifier.citation | GOMES, Rodrigo Portela. Kilombo: uma força constituinte. 2022. 594 f., il. Tese (Doutorado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unb.br/handle/10482/44523 | - |
dc.description | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2022. | pt_BR |
dc.description.abstract | O que os quilombos têm elaborado em termos de cultura constitucional? Partindo dessa
pergunta, a presente tese é apresentada em quatro atos para enunciar a força coletiva da
agência quilombola – sobreviver, desfazer, recriar e renascer. O objetivo da pesquisa é
fazer uma releitura do projeto constitucional de 1988 a partir das lutas por direitos das
comunidades mocambeiras, nas últimas quatro décadas. A atuação dos quilombos para o
continuum da vida negra tem evidenciado o desenvolvimento de uma práxis que contêm
uma potência criativa, da qual não pode ficar retida à interpretação sobre “quem são os
quilombos” e “quais são os seus direitos”. Nesses termos, a tese é desenvolvida a partir
de três premissas – ética, epistêmica e metodológica – explicitadas na primeira parte da
pesquisa. Em termos metodológicos, essas orientações tiveram como ponto de partida um
processo de revisão de literatura das pesquisas empíricas do campo do direito aqui
nomeadas de agenda “quilombos e direitos”. Como fundamentação teórica dos
pressupostos, utilizei conceitos do pensamento diaspórico, que apresentam as
contribuições do mocambo na formação social, na histórica, na estética, na ciência, na
cultural e na economia do Brasil, dialogando com “quilombagem”, de Clóvis Moura,
como ética da pesquisa; com o “quilombismo”, de Abdias Nascimento, como orientação
epistêmica e; com a “paz quilombola”, de Beatriz Nascimento, como método analítico. A
experiência constitucional do quilombo é levada à efeito na segunda parte da tese,
momento em que apresento os resultados da pesquisa empírica, desenvolvida a partir de
técnicas de descrição e análise documental, aliada aos registros memoriais acessados
noutras pesquisas sobre a experiência quilombola, especialmente dos campos etnográfico
e historiográfico. A narrativa de eventos demonstra que essa potência criativa é latente na
historicidade quilombola, por isso foram privilegiados registros nos quais a luta por
direitos é protagonizada pelas comunidades, pelas redes políticas e pelos movimentos
sociais quilombolas. São narrativas que buscam nos saberes e nas práticas quilombolas o
estabelecimento de formas de organização e de comunicação com a esfera pública,
inclusive tensionando-a em relação aos agentes, conteúdos, instrumentos e espaços de
mediação constitucional. A análise da agência da comunidade política para elaborar,
interpretar e aplicar a Constituição, foi fundamental para perceber a conexão entre as
micropolíticas dos quilombos a partir de suas estratégias e agendas de resistência: i) a
política da reterritorialização; ii) a política da memória; iii) a política da autonomia.
Considerando o desenvolvimento dos ciclos da luta mocambeira, concluo que a força
constituinte do kilombo enraizou na nossa experiência significações e modos para recriar
a vida negra, que se traduzem nos valores da ancestralidade, territorialidade e oralidade. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Kilombo : uma força constituinte | pt_BR |
dc.title.alternative | Kilombo : a constituent force | pt_BR |
dc.title.alternative | Kilombo : una fuerza constitutiva | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Quilombos | pt_BR |
dc.subject.keyword | Ancestralidade | pt_BR |
dc.subject.keyword | Territorialidade | pt_BR |
dc.subject.keyword | Oralidade | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.contributor.advisorco | Sousa, Maria Sueli Rodrigues de | - |
dc.description.abstract1 | What have the quilombos elaborated in terms of constitutional culture? Based on this
question, this thesis is presented in four actions to enunciate the collective force of
quilombola’s agency - survive, undo, recreate, and be reborn. The research aims to reread
the constitutional project of 1988 based on the struggles for rights of the quilombola
communities in the last four decades. The quilombos’ action for the continuum of black
life has evidenced the development of a praxis that contains a creative potency, which
one cannot be held back to the interpretations of “who are the quilombos” and “what are
their rights”. In these terms, the thesis is based on three assumptions - ethical, epistemic,
and methodological - explained in the first part of the research. In methodological terms,
these guidelines begin with a literature review of empirical research from the field of law
here named “quilombos and rights” agenda. As a theoretical foundation, I used concepts
of the diasporic thought, which present the contributions of the quilombo in the social,
historical, esthetic, scientific, cultural, and economic formation of Brazil, dialoguing with
Clóvis Moura's category of “quilombagem”, as research ethics; with Abdias
Nascimento’s category of “quilombismo”, as epistemic orientation and with Beatriz
Nascimento’s category of “quilombola peace”, as analytical method. The constitutional
quilombo’s experience is brought into effect in the second part of the thesis, at which time
I present the results of the empirical research, developed from techniques of description
and documental analysis, allied to the memorial records accessed in other research on the
quilombola experience, especially from the ethnographic and historiographic fields. The
narrative of events demonstrates that this creative potency is suppressed in quilombola
historicity, that is why we privileged records in which the struggle for rights is
protagonized by communities, political networks, and quilombola social movements.
These are narratives that seek in quilombola knowledge and practices the establishment
of forms of organization and communication with the public sphere, including by
intending it in relation to agents, contents, instruments, and spaces of constitutional
mediation. The analysis of the agency of the political community to elaborate, interpret,
and apply the Constitution was fundamental to understand the connection between the
quilombos’ micropolitics based on their resistance strategies and agendas: i) the politics
of reterritorialization; ii) the politics of memory; iii) the politics of autonomy.
Considering the development of the cycles of the quilombolas struggle, I conclude that
the constituent force of the kilombo has rooted in our experience meanings and ways to
recreate black life, which translate into the values of ancestry, territoriality, and orality. | pt_BR |
dc.description.abstract2 | ¿Qué han elaborado los quilombos en términos de cultura constitucional? Partiendo de
esta cuestión, la presente tesis se presenta en cuatro actos para enunciar la fuerza colectiva
de la agencia quilombola: sobrevivir, deshacer, recrear y renacer. El objetivo de la
investigación es releer el proyecto constitucional de 1988 a partir de las luchas por los
derechos de las comunidades quilombolas en las últimas cuatro décadas. Las acciones de
los quilombos para la continuidad de la vida negra han evidenciado el desarrollo de una
praxis que contiene una potencia creativa, que no puede dejarse a la interpretación de
"quiénes son los quilombos" y "cuáles son sus derechos". En estos términos, la tesis se
desarrolla a partir de tres premisas -éticas, epistémicas y metodológicas- explicadas en la
primera parte de la investigación. En términos metodológicos, estas orientaciones
tuvieron como punto de partida un proceso de revisión bibliográfica de la investigación
empírica en el campo del derecho, aquí denominado agenda de "quilombos y derechos".
Como fundamento teórico de las hipótesis, utilicé conceptos del pensamiento diaspórico,
que presentan las contribuciones del mocambo en la formación social, histórica, estética,
científica, cultural y económica de Brasil, dialogando con la "quilombagem", de Clóvis
Moura, como ética de la investigación; con el "quilombismo", de Abdias Nascimento,
como orientación epistémica y; con la "paz quilombola", de Beatriz Nascimento, como
método analítico. La experiencia constitucional del quilombo se hace efectiva en la
segunda parte de la tesis, en la que presento los resultados de la investigación empírica,
desarrollada a partir de técnicas de descripción y análisis documental, aliadas a los
registros memorísticos a los que se ha accedido en otras investigaciones sobre la
experiencia quilombola, especialmente en el ámbito etnográfico e historiográfico. El
relato de los hechos demuestra que ese poder creativo está latente en la historicidad
quilombola, por lo que se privilegiaron los registros en los que la lucha por los derechos
es protagonizada por las comunidades quilombolas, las redes políticas y los movimientos
sociales. Son narrativas que buscan establecer formas de organización y comunicación
con la esfera pública a través de conocimientos y prácticas quilombolas, incluso poniendo
en tensión la esfera pública en relación con los agentes, contenidos, instrumentos y
espacios de mediación constitucional. El análisis de la agencia de la comunidad política
para elaborar, interpretar y aplicar la Constitución fue fundamental para entender la
conexión entre las micropolíticas de los quilombos a partir de sus estrategias y agendas
de resistencia: i) la política de reterritorialización; ii) la política de la memoria; iii) la
política de la autonomía. Considerando el desarrollo de los ciclos de la lucha mocambeira,
concluyo que la fuerza constitutiva del kilombo ha arraigado en nuestra experiencia
significados y formas de recrear la vida negra, que se traducen en los valores de la
ancestralidad, la territorialidad y la oralidad. | pt_BR |
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