Estudo de caso : EduAVC : metodologia de concepção e avaliação de aplicativo mHealth

Abstract

O AVE - Acidente Vascular Encefálico, ocorre quando um vaso sanguíneo no cérebro é rompido ou bloqueado, interrompendo o fluxo sanguíneo e o oxigênio cerebral, sendo a 2ª principal causa de morte no mundo. Em virtude da popularização e acessibilidade dos celulares no Brasil, sugerimos que é possível desenvolver aplicativos inovadores para educação em AVE. O objetivo desse estudo, foi elaborar uma metodologia de concepção e avaliação de aplicativo, identificando e apresentando as percepções sobre aprendizado e uso do app EduAVC. Sobre a metodologia, trata-se de uma pesquisa de natureza aplicada, de abordagem qualitativa, com objetivo descritivo conforme orientam os autores Maria Cecília de Souza Minayo e John W. Creswell, em que optamos pela modalidade estudo de caso, assim como orienta Robert Yin. Consistiu no desenvolvimento do aplicativo EduAVC para sistemas Android, em língua portuguesa, para as lojas Google Play. O app possuí informações cientificas, vídeos animados e ilustrações sobre a doença, sendo uma tecnologia para aplicativo do tipo mHealth. A partir das referências e inspirações dos instrumentos MAUQ, PSSUQ e SUS, criamos um instrumento personalizado, objetivando coletar as percepções dos participantes da pesquisa, em relação aos 37 itens, em 4 seções, que visavam mensurar o aprendizado, facilidade de uso, organização das informações e utilidade do aplicativo, sendo uma pesquisa aprovada pelo comitê de Ética em Pesquisa (CEP) em Ciências da Saúde, da Universidade de Brasília, com CAAE - Certificado de Apresentação de Apreciação Ética número: 40507820.4.0000.0030. Nos resultados, observamos a predominância de usuários “Muito satisfeitos” e “Satisfeitos” com o app EduAVC, e percepções que indicaram uma maioria de usuários que possuem pós graduação, tendo presenciado um AVE na família. Nas conclusões, indicamos que o aplicativo registrou aceitabilidade de uso pelos participantes e alguma eficácia na educação sobre a doença, podendo ser uma tecnologia adequada para o aprendizado e autocuidado em AVE no Brasil, e em países emergentes.