Avaliação do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), Brasil, 2014-2020

Abstract

Introdução: O Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua) realiza o permanente monitoramento da qualidade da água para consumo humano em articulação com as secretarias estaduais e municipais de saúde. Um dos instrumentos deste programa é o Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), disponibilizado na internet para que as secretarias de saúde e as empresas prestadoras de serviço de abastecimento de água insiram os respectivos dados de monitoramento. Trata-se de um sistema de informação em saúde relativamente recente, que está em constante evolução. Até o momento, não foram encontrados estudos que avaliassem o Sisagua. Objetivo: Avaliar o Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua) no Brasil no período de 2014 a 2020. Métodos: Avaliação do Sisagua conforme preconizado pela metodologia do Updated Guidelines for Evaluating Public Health Systems do Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Foram utilizados os dados secundários produzidos pelo Sisagua, esses dados da vigilância estão disponíveis em relatórios do próprio sistema, em conjuntos de dados disponíveis no Portal Brasileiro de Dados Aberto, ou foram cedidos pelo Ministério da Saúde. A avaliação foi de abrangência nacional para o período entre 2014 a 2020. Foram avaliados os atributos simplicidade, flexibilidade, qualidade de dados, aceitabilidade, representatividade, oportunidade e também a utilidade do sistema. Resultados: O Sisagua foi considerado um sistema complexo, flexível, com excelente qualidade dos dados, possui uma aceitabilidade e representatividade regulares e uma oportunidade ruim. Trata-se de um sistema útil tendo-se como referências os objetivos estabelecidos para a vigilância da qualidade da água para consumo humano. Conclusão: Foi possível identificar potencialidades, inconsistências e fragilidades do sistema, e, portanto, apontar pontos que exigem maior esforço para propiciar o contínuo aperfeiçoamento do Sisagua.