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IDENTIDADES INDÍGENAS NOS MOVIMENTOS SOCIAIS POPULARES E URB.pdf2,1 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Título : Identidades indígenas nos movimemtos sociais populares e urbanos da Bolívia
Autor : Teixeira, Rita de Cássia Martins
Orientador(es):: Nascimento, Paulo César
Assunto:: Movimentos sociais
Indígenas da América do Sul
Nacionalismo
Fecha de publicación : mar-2009
Citación : TEIXEIRA, Rita de Cássia Martins. Identidades indígenas nos movimemtos sociais populares e urbanos da Bolívia. 2009. 137 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Política)-Universidade de Brasília, Brasília, 2009.
Resumen : O objetivo dessa dissertação é apresentar causas que explicam porque, desde os anos 1990, setores sociais urbanos e populares da Bolívia altiplânica e de Cochabamba, anteriormente organizados em movimentos sociais portadores de identidades e demandas fundamentadas em concepções socialistas universalistas de classe e luta social e nos quais prevalecia auto-percepção étnica de seus integrantes como mestiços passaram a se organizar em novos movimentos, os quais adotaram discurso indígena e demandas por justiça social concebidas em termos de redistribuição material e também de reconhecimento identitário. A metodologia utilizada é de cunho qualitativo com ênfase em entrevistas não direcionadas com líderes dos movimentos sociais e interpretação de documentos de fontes primárias. Os objetos de estudo são as organizações de mineiros, as associações de bairros de El Alto e La Paz e as federações de plantadores de folha de coca. Os movimentos estudados se valem de discurso identitário indígena como estratégia de re-significação e atualização de sua luta por democratização política e sócio-econômica e, por conseguinte, de recuperação de capacidade de mobilização das suas bases em novo contexto ideológico e social. Esse contexto é de consolidação do pós-modernismo na academia e na política, o que gerou valorização do direito à diferença como princípio definidor das identidades políticas, e justificou a defesa do direito dos indígenas ao desenvolvimento social autônomo e diferenciado, incorporado às leis internacionais e às legislações internas de vários países, inclusive Bolívia. Por outro lado, antigas demandas, discursos e noções de justiça inspirados por concepções universalistas e socialistas de luta social foram deslegitimados nos planos interno e externo, contribuindo para perda de representatividade dos movimentos baseados em identidades de classe. Outra causa da transformação estratégica dos movimentos sociais foi sua reação (e adaptação) ao fortalecimento de laços de identificação e de lealdade políticas indígenas, os quais se tornaram (ou estão se tornando) gradualmente mais importantes para os atores envolvidos que a própria identidade nacional boliviana. O protonacionalismo étnico é resultado de reação à histórica exclusão econômica, política e social dos indígenas, intensificada pela crise conjuntural dos anos 1980 e 1990, e à discriminação étnica. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT
The objective of this dissertation is to present causes that explain why, since the years 1990, urban and popular social sectors of the bolivian Altiplano and Cochabamba, previously organized in social movements bearers of identities and demands based on socialists and universalist concepts of class and social struggle, and in which prevailed an ethnic selfperception of its members as mestizos, began to organise themselves in new movements, which have adopted an indigenous speech and demands for social justice designed in terms of material redistribution and also recognition. The used methodology is qualitative, with emphasis in not conducted interviews with leaders of social movements and interpretation of documents from primary sources. The objects of study are the organizations of miners, associations of neighborhoods of El Alto and La Paz and federations of growers of coca leaf. These movements use the indigenous identity discourse as a strategy for re-signification and updating of their fight for political and socio-economic democratisation and, therefore, recovery of the capacity of mobilization of its bases in a new ideological and social context. This context is characterised by the consolidation of post-modernism in academia and politics, which led to appreciation of the right to difference as a principle of the definition of pollitical identities, and justified the defense of the right of the indigenous peoples to autonomous and differentiated social development, incorporated in international laws and domestic legislation of several countries, including Bolivia. On the other hand, old demands, speeches and notions of justice inspired by socialists and universalist concepts of social fight were delegitimized, contributing to a loss of representativeness of movements based on class identities. Another cause of the strategic transformation of the social movements was their reaction (and adaptation) to the strengthening of indigenous identification and loyalty of links, which became (or are becoming) gradually more important for the refered actors than the bolivian national identity itself. The ethnic protonacionalism is the result of the reaction to historic economic, political and social exclusion and to ethnic discrimination of the indigenous peoples, intensified by the economic crisis of the years 1980 and 1990.
metadata.dc.description.unidade: Instituto de Ciência Política (IPOL)
Descripción : Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciência Política, Programa de Pós-Graduação, 2009.
metadata.dc.description.ppg: Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
Aparece en las colecciones: Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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