Cartaz : subjetividades e protagonismo nas manifestações políticas

Abstract

O cartaz tem funções históricas devido a sua aplicação em pequenos empreendimentos, busca por objetos perdidos, animais ou pessoas desaparecidas, por isso é uma forma de publicidade explorada por empresas de pequeno e grande porte. Nesta pesquisa, será destacada a vertente política do cartaz, partindo de teorias a respeito dos conceitos formais. Submergindo no território político, as análises são introduzidas a partir das primeiras décadas do século XX, período de implementação de ideologias como o socialismo e o nazismo, época em que o cartaz, aliado a outros meios de informação tem um papel relevante para os desdobramentos dos acontecimentos históricos, políticos e sociais. Também são levados em consideração os artefatos produzidos na Primeira Guerra Mundial por países que visavam à adesão ao conflito por parte de sua população. No Brasil, os cartazes também ocupam espaços e protagonismo em diferentes eventos. Aqui sua utilidade está pautada na repressão do regime militar em 1964, também no ativismo contrário ao governo militar no Brasil e na América Latina. No período de transição do regime militar para a redemocratização, o cartaz também se fez presente como um artificio midiático e esteve ao alcance da massa. Outro momento seleto para o trabalho são as duas primeiras décadas do século XXI com cartazes que, de certo modo, influenciam produções gráficas contemporâneas. Também faz parte desta pesquisa, um estudo de caso sobre os cartazes das manifestações que ocorreram nos anos de 2021 e 2022 no Brasil e em outros países do mundo. Para isso, foi feita uma adaptação na Estrutura de Análise de Comunicação Visual Política, proposta pelos autores Ghosh e Tewari (2021). As conclusões da pesquisa são oriundas dos elementos semânticos, objeto, significado e pragmática dos cartazes analisados.